Início do
Ano Letivo de 2017
Crise empurrou alunos para a rede estadual. Foram 32.350 novas
matrículas de jovens saídos de colégios privados, um aumento de 18,2%. (Em O Globo de 17/01/17)
E sobre isso o
secretário de educação estadual do RJ, Wagner Victer disse :
"Isso não me preocupa, porque eu sabia que esse aumento
viria e estava me planejando nesse sentido. Estamos fazendo um trabalho de
adequação da rede."
Logo :
I) Cabe
aos docentes no início do ano letivo verificarem se as turmas estão super lotadas. O ideal para uma relação
ensino/aprendizagem satisfatória é na faixa de 30 alunos;
II) Cabe aos docentes orientarem alunos e pais para observarem se a distância da residência do aluno à escola está excessiva em relação a anterior devido ao fechamento de escolas, turmas e/ou turnos, devido as mudanças determinadas pela SEEDUC, a tal adequação dita pelo secretário. DENUNCIEM, não se calem, informem ao Sepe, ao Ministério Público, às mídias. A propósito coloco-me a disposição para divulgar.
Obs. : A reportagem citada de O Globo está em:
http://oglobo.globo.com/rio/crise-empurra-alunos-para-rede-estadual-20784291#ixzz4WKVAcctU ---
O fato é que o DESgoverno estadual do pmdb no RJ
tem DEsprezo pela Educação Pública.
Ver em :
http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2017/04/desgoverno-pezao-mantem-o-desprezo-pela.html
---
Em 16/02/2017 O professor
PROVIDÊNCIAS a Serem Tomadas :
- Denunciem ao MP RJ
> Tel 127
> Endereço :Av. Marechal
Câmara, 370 – Centro – Rio de Janeiro – Cep: 20.020-080
- Denunciem aos Coordenadores Gerais do Sepe Central ou a diretores do Sindicato
http://www.seperj.org.br/sindicalizacao.php
JURIDICO : juridico@seperj.org.br ( ou no
fale conosco do site do Sepe ).
Jurídico
do Sepe: (21) 2195 0457
Coordenadoria Geral : Tel. 2195 9450
http://www.seperj.org.br/index.php
---
INSPEÇÕES nas Escolas Estaduais a partir de 27/03/17
Estas Inspeções "OBJETIVAM OTIMIZAR MAIS AINDA" as Turmas. Isso mesmo, depois do fechamento de centenas de turmas, turnos e escolas, a Seeduc indo na Contra-Mão de uma Educação de Qualidade, não se importa que haja aprendizagem, pois Turmas Super-lotadas dificultam o binômio Ensino / Aprendizagem. Eis a integra da circular enviada às direções :
Prezados Diretores,
a partir de hoje, dia 27/03/2017, terá início o acompanhamento in loco das unidades com a visita dos Professores Inspetores Escolares e Agente de Acompanhamento.
Neste ano, temos algumas mudanças que merecem atenção especial:
a) a campanha de 30 dias 2017 é censitária, ou seja, TODAS as turmas de TODOS OS CURSOS que tenham 30 dias corridos de funcionamento no dia da visita do Inspetor/Agente serão auditadas;
b) Serão analisados os registros de frequência das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática dos alunos de TODAS as turmas para indicar as matrículas passíveis de cancelamento;
c) As legislações pertinentes à esta ação são:
- Decreto nº 30.151, de 13 de dezembro de 2001, que institui o Programa Estadual de Controle da Evasão Escolar ;
- Termo de Compromisso celebrado entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Associação dos Conselheiros Tutelares/RJ em 13 de fevereiro de 2004;
- Inciso III do Art. 4º da Deliberação CEE nº 239/99;
- Art. 23 da Resolução SEEDUC Nº 5.491 de 16 de novembro de 2016;
- Portaria Conjunta SUGEN/SUBGP nº 05/2013.
Segue em anexo a legislação .........
Neste ano, temos algumas mudanças que merecem atenção especial:
a) a campanha de 30 dias 2017 é censitária, ou seja, TODAS as turmas de TODOS OS CURSOS que tenham 30 dias corridos de funcionamento no dia da visita do Inspetor/Agente serão auditadas;
b) Serão analisados os registros de frequência das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática dos alunos de TODAS as turmas para indicar as matrículas passíveis de cancelamento;
c) As legislações pertinentes à esta ação são:
- Decreto nº 30.151, de 13 de dezembro de 2001, que institui o Programa Estadual de Controle da Evasão Escolar ;
- Termo de Compromisso celebrado entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Associação dos Conselheiros Tutelares/RJ em 13 de fevereiro de 2004;
- Inciso III do Art. 4º da Deliberação CEE nº 239/99;
- Art. 23 da Resolução SEEDUC Nº 5.491 de 16 de novembro de 2016;
- Portaria Conjunta SUGEN/SUBGP nº 05/2013.
Segue em anexo a legislação .........
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ANTERIORMENTE
Postei em 01/12/2016 o link :
Comentários no facebook :
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Mas como esse DESgoverno e a sua Seeduc que tem como
secretario o Wagner Victer não são confiáveis em 19/04/16
emitiram a circular interna nº 33. Ei-la:
E para o cumprimento dessa circular a Seeduc começou a habilitar professores em disciplinas para as quais os docentes não tenha habilitação plena ou cursos de extensão nas mesmas, e convocando docentes P II, docentes fora da sala de aula por diversos motivos, até mesmo neurológicos para que estejam em sala de aula com vista a suprir a real carência de docentes.
Vejamos alguns fatos que postei nas redes sociais:
SEEDUC do Pezão É Rídicula.
A comp@nheira Jane Mary postou a pouco :
Vamos escrachar a Seeduc. Uma amiga é Doc II, formada em fonoaudiologia e fez há alguns atrás aquele curso de complementação para poder dar aula no Segundo Segmento do Fundamental, lecionando Ciências. Já tem algum tempo que essa amiga é dirigente de turno. Bom, a Seeduc agora, para não chamar concursado e nem liberar GLP quer que essa amiga lecione Sociologia ou Filosofia no EM só porque ela tem pós em Psicopedagogia. É isso aí. A Seeduc, que não está nem aí para a formação dos nossos alunos, porque os filhos do secretário e os filhos dos aspones da Secretaria e das Regionais não estudam em escola pública, pensa que qualquer um pode entrar em sala de aula e fingir que dá aula. Minha amiga já disse que se obrigarem ela a qualquer coisa vai denunciar. Eu penso que todos nós devemos denunciar todas essas arbitrariedades. Fecharam turnos, fecharam escolas, bagunçaram com a vida de muitos professores. Agora acham que podem resolver as coisas de qualquer jeito. Vai ter que ter briga!! Porque este governo peca pelo excesso de safadeza!
Vamos escrachar a Seeduc. Uma amiga é Doc II, formada em fonoaudiologia e fez há alguns atrás aquele curso de complementação para poder dar aula no Segundo Segmento do Fundamental, lecionando Ciências. Já tem algum tempo que essa amiga é dirigente de turno. Bom, a Seeduc agora, para não chamar concursado e nem liberar GLP quer que essa amiga lecione Sociologia ou Filosofia no EM só porque ela tem pós em Psicopedagogia. É isso aí. A Seeduc, que não está nem aí para a formação dos nossos alunos, porque os filhos do secretário e os filhos dos aspones da Secretaria e das Regionais não estudam em escola pública, pensa que qualquer um pode entrar em sala de aula e fingir que dá aula. Minha amiga já disse que se obrigarem ela a qualquer coisa vai denunciar. Eu penso que todos nós devemos denunciar todas essas arbitrariedades. Fecharam turnos, fecharam escolas, bagunçaram com a vida de muitos professores. Agora acham que podem resolver as coisas de qualquer jeito. Vai ter que ter briga!! Porque este governo peca pelo excesso de safadeza!
> 14/06/17 às 12:09
DENÚNCIA CONTRA A SEEDUC RJ.
Denúncia da colega Profª Viviane Amorim :
COMO MUITOS SABEM VENHO DECLARADAMENTE LUTANDO CONTRA AS ARBITRARIEDAES DA C.I 33 E SEM MOTIVO ALGUM A NÃO SER CARÁTER DE PERSEGUIÇÃO DENOMINADO ABUSO DE PODER. A SEEDUC SOLICITOU QUE TODOS OS DIRETORES DE ESCOLAS PRISIONAIS POR ONDE PASSEI AO LONGO DE 8 ANOS FIZESSEM UM RELATÓRIO DETALHADO SOBRE MINHA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL.
NÃO TENHO NADA A TEMER E NEM PRECISO ME ESCONDER POIS SEMPRE FUI BOA PROFISSIONAL E TRABALHEI ARDUAMENTE E COM MUITO AMOR. QUALQUER RELATÓRIO AO MEU RESPEITO DE FOR PAUTADO NA VERDADE NÃO TERÁ NADA QUE NAO TENHA DE ME ALEGRAR E ORGULHAR, NO ENTANTO É BASTANTE CONSTRANGEDOR ESTAR VIVENCIANDO UMA SITUAÇÃO DESTA DEPOIS DE TANTOS ANOS DE ESTADO ,PRINCIPALMENTE COM A CONSCIÊNCIA TRANQUILA QUE TENHO DIANTE DE DEUS E DOS HOMENS.TRISTE ...NA VERDADE PARECE UM PESADELO,TUDO PORQUE EXIGI TRABALHAR PERTO DE CASA E LECIONAR A DISCIPLINA PARA A QUAL PRESTEI CONCURSO "ESPANHOL"
LAMENTÁVEL COMO ESTE ESTADO VEM TRATANDO ÓTIMOS PROFISSIONAIS E FAZENDO COM QUE SE ENCONTREM DOENTES E DESMOTIVADOS PERDENDO TODA A PAIXÃO PELA PROFISSAO MAIS LINDA QUE EXISTE.A PROFISSÃO QUE FORMA TODAS AS OUTRAS!
BOM, NO MÍNIMO SOLÍCITO CÓPIA DE TODOS OS RELATÓRIOS AFINAL SÃO SOBRE MIM E EXIJO QUE ME RESPONDAM O MOTIVO E OBJETIVO DE TAL AÇÃO. ELES PRECISAM CONTER VERDADES E SE HOUVER ALGO QUE RECONHEÇA COMO INVERDADE TENHO O DIREITO DE EXIGIR JUDICIALMENTE QUE SEJA APRESENTADA PROVAS. ME COLOCO TAMBÉM A DISPOSIÇÃO DO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E SUA EQUIPE PARA RESPONDER E ESCLARECER QUALQUER PERGUNTA SOBRE MINHA VIDA PROFISSIONAL. DA MESMA MANEIRA TAMBÉM POSSO APRESENTAR MEUS RELATÓRIOS PARA QUE POSSA CONHECER DETALHES DE TODA A MINHA HISTÓRIA DESDE QUE INGRESSEI NO ESTADO DO RJ.
NADA QUE FAÇO É ANÔNIMO, QUEM FALA A VERDADE NÃO PRECISA SE ESCONDER.
ASSINO EMBAIXO COM NOME E ID FUNCIONAL.
COMO MUITOS SABEM VENHO DECLARADAMENTE LUTANDO CONTRA AS ARBITRARIEDAES DA C.I 33 E SEM MOTIVO ALGUM A NÃO SER CARÁTER DE PERSEGUIÇÃO DENOMINADO ABUSO DE PODER. A SEEDUC SOLICITOU QUE TODOS OS DIRETORES DE ESCOLAS PRISIONAIS POR ONDE PASSEI AO LONGO DE 8 ANOS FIZESSEM UM RELATÓRIO DETALHADO SOBRE MINHA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL.
NÃO TENHO NADA A TEMER E NEM PRECISO ME ESCONDER POIS SEMPRE FUI BOA PROFISSIONAL E TRABALHEI ARDUAMENTE E COM MUITO AMOR. QUALQUER RELATÓRIO AO MEU RESPEITO DE FOR PAUTADO NA VERDADE NÃO TERÁ NADA QUE NAO TENHA DE ME ALEGRAR E ORGULHAR, NO ENTANTO É BASTANTE CONSTRANGEDOR ESTAR VIVENCIANDO UMA SITUAÇÃO DESTA DEPOIS DE TANTOS ANOS DE ESTADO ,PRINCIPALMENTE COM A CONSCIÊNCIA TRANQUILA QUE TENHO DIANTE DE DEUS E DOS HOMENS.TRISTE ...NA VERDADE PARECE UM PESADELO,TUDO PORQUE EXIGI TRABALHAR PERTO DE CASA E LECIONAR A DISCIPLINA PARA A QUAL PRESTEI CONCURSO "ESPANHOL"
LAMENTÁVEL COMO ESTE ESTADO VEM TRATANDO ÓTIMOS PROFISSIONAIS E FAZENDO COM QUE SE ENCONTREM DOENTES E DESMOTIVADOS PERDENDO TODA A PAIXÃO PELA PROFISSAO MAIS LINDA QUE EXISTE.A PROFISSÃO QUE FORMA TODAS AS OUTRAS!
BOM, NO MÍNIMO SOLÍCITO CÓPIA DE TODOS OS RELATÓRIOS AFINAL SÃO SOBRE MIM E EXIJO QUE ME RESPONDAM O MOTIVO E OBJETIVO DE TAL AÇÃO. ELES PRECISAM CONTER VERDADES E SE HOUVER ALGO QUE RECONHEÇA COMO INVERDADE TENHO O DIREITO DE EXIGIR JUDICIALMENTE QUE SEJA APRESENTADA PROVAS. ME COLOCO TAMBÉM A DISPOSIÇÃO DO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E SUA EQUIPE PARA RESPONDER E ESCLARECER QUALQUER PERGUNTA SOBRE MINHA VIDA PROFISSIONAL. DA MESMA MANEIRA TAMBÉM POSSO APRESENTAR MEUS RELATÓRIOS PARA QUE POSSA CONHECER DETALHES DE TODA A MINHA HISTÓRIA DESDE QUE INGRESSEI NO ESTADO DO RJ.
NADA QUE FAÇO É ANÔNIMO, QUEM FALA A VERDADE NÃO PRECISA SE ESCONDER.
ASSINO EMBAIXO COM NOME E ID FUNCIONAL.
VIVIANE AMORIM (PROFESSORA DE ESPANHOL- ID 420 1378)
COMPARTILHEM E ME AJUDE A DIVULGAR ESTE ABSURDO!
> Em 14/06/17 às 08;45
SEEDUC Manipula a Farsa na Educação Estadual do RJ.
- Profa. Flavia Lopes -
> Em 16/06/17 a colega Profª Cris Leal comentou : Professores Doc.II estão sendo obrigados a saírem das suas funções de extra-classes como articuladores e agentes de leitura , sem serem excedentes , e obrigadas e pegarem turmas de Ensino Médio em licenciaturas habilitadas pela Metro.
SEEDUC Manipula a Farsa na Educação Estadual do RJ.
A Profª Flávia Lopes descreveu: Sou professora de Artes do Estado há 10 anos. Nesse tempo fui acompanhando as mudanças e a morte anunciada da disciplina. O estado começou a atender só o Ensino Médio e há alguns anos que o ensino de artes passou a ser obrigatório somente no 2°ano.
Professores de artes sem salas de aula ficam como "articuladores", isso significa fazer qualquer coisa na escola menos Arte.
Hoje (13/06/17) tive que me apresentar na regional...
Diálogo com a funcionária que me atendeu, e eu, a professora de Artes.
Ela: Não temos mais lugar pra você como professora de artes.
Eu: Posso continuar na minha escola como "articuladora"?
Ela: Não. Você vai ser habilitada e pode dar aula em outras disciplinas.
Eu: Oi? Eu não quero dar aula em outras disciplinas. Sou contra e...
Ela: (sorrindo) Olha, estou vendo aqui que você já é habilitada em inglês. Você vai dar aulas de inglês então.
Eu: Como assim? É claro que não vou!!! Quem disse que sou habilitada?
Ela: A equipe técnica habilitou você. Talvez tenha no seu diploma algumas horas de inglês...
Eu: Olha só... Tenho um diploma de artes cênicas - Interpretação teatral e outro de licenciatura em Teatro Educação e com certeza nenhum deles tem inglês. E eu sou horrorosaaaaa em inglês e eu odeio inglês e eu NÃO quero fazer isso!!!
Ela: Então você vai dar 4 horas de arte no Rio das Pedras. E vai ter que ...
Eu: Mas isso é ilegal!!! Vocês não podem fazer isso. (Acabei falando da minha situação com os cuidados com o Marcos, e toda a questão da leucemia, mostrei todos os papéis do hospital com as necessidades dele e da necessidade de um acompanhante... Expliquei que ele só pode contar comigo...) Enfim...
Ela: Então, aceita boba. Você pode dar aulas de inglês do lado da sua casa, no Catete. Resolve seu problema com seu marido.
Eu: (Já exausta da burocracia, exausta do Estado e exausta de toda essa merda que temos que engolir disse que não) NÃOOOOOO. Eu não sou professora de inglês!!! Isso é um absurdo!!!
Ela: E português?... Dá de português então...
Eu: (Rindo e já chorando ao mesmo tempo...) Eu não vou dar aula de inglês e nem de português. Eu sou contra isso!!! Não vou fazer isso!!! Eu vou no Sindicato.
Ela: Pode ir, mas agora é assim. Eu estou querendo te ajudar. Não adianta você não querer. Você está habilitada para inglês, o sistema vai te colocar em alguma escola e se você não for vai receber falta!!!
- Profa. Flavia Lopes -
Resumindo : Como veem os ABSURDOS da Seeduc não param. enquanto isso as escolas estaduais continuam ainda Sem Professores em pleno meio do mês de Junho.
Cabe a Seeduc informar quando proverá a reposição das aulas que deixaram de serem dadas devido a incompetente gestão da secretaria?
E ainda dá avaliações e notas como se os estudantes tivessem tido aulas normalmente. Isso é CRIMINOSO, e também estelionato.
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Em 15/06/17 no jornal O Dia :
Sepe denuncia que estado junta turmas
para suprir a falta de professores.
Medida prejudica os estudantes. Secretaria de Educação diz que medida é para otimizar espaços
- ATUALIZADA ÀS
Rio - A decisão do governo estadual de encerrar turmas do Ensino Médio em pelo menos nove colégios da capital pegou de surpresa estudantes que deram de cara com as portas trancadas ao chegar para assistir as aulas ontem.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), a justificativa da Secretaria de Estado de Educação é a “otimização de espaços”, mas é uma “medida errada para enfrentar a falta de professores”. Em alguns casos, os alunos ficaram sabendo do cancelamento de suas matrículas ao tentar recarregar o RioCard nas máquinas instaladas nos colégios.
“O governo está enxugando tudo. Em vez de contratar professor para suprir a carência, pega os que já existem e junta as turmas. Com isso, fica sobrando professor na escola e ele é obrigado a ser remanejado para outras unidades, se não tiver como ser alocado. Aí o professor é obrigado a trabalhar em duas ou três escolas, gastar mais de passagem”, disse o diretor do Sepe, Alex Trentino.
A decisão foi comunicada aos funcionários das unidades segunda-feira. No Colégio Estadual Souza Aguiar, na Lapa, onde três turmas do turno da noite foram encerradas, os professores fizeram uma reunião ontem para definir o futuro dos estudantes.
“Tudo isso foi decidido pela Secretaria de Educação da noite para o dia, sem consulta aos professores ou aviso prévio aos alunos. Grande parte dos alunos do turno da noite trabalha de dia para ajudar os pais. Essa mudança no calendário pode provocar uma grande evasão escolar”, alertou o professor de História Rafael Mendes, de 26 anos.
J., de 16 anos, que cursa o 1° ano do Ensino Médio no turno da manhã, lamentou o fim das turmas noturnas e demonstrou preocupação com uma possível superlotação das salas de aula. Segundo ele, faltam professores de Fisica e Filosofia no 2º e 3º anos.
Foram fechadas turmas também nos colégios Júlia Kubistchek e Caic Tiradentes, no Centro; Amaro Cavalcante, no Largo do Machado; Olavo Bilac, em São Cristóvão; André Maurois, no Leblon, e Inácio Azevedo do Amaral, no Jardim Botânico. Alex estima que 700 alunos sejam afetados nessas unidades.
Um professor, que pediu para não ter a identidade revelada, disse que o Colégio Estadual Professor Daltro Santos, em Bangu, também teve o turno da noite extinto no ano passado e os alunos foram transferidos para outra unidade do bairro, o Colégio Estadual Bangu. Ainda segundo o profissional, a mudança, desta vez, deve afetar alunos do Colégio Bangu.
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Ainda segundo ele, “com a fusão, estão sendo formadas turmas com mais de 60 alunos em salas com iluminação deficiente e sem climatização”. “O governo desconsidera que mesmo em locais geograficamente próximos, alunos de um determinado quarteirão não podem frequentar escolas localizadas a um quilômetro de distância, pois quadrilhas rivais do tráfico os ameaçam”, alertou.
Enquanto faltam professores de ensino regular, escola oferece até Coreano
Procurada, a Secretaria de Educação (Seeduc) esclareceu que não há fechamento de turma e sim “otimização”, já que nestas unidades havia turmas com 10 ou 20 alunos, quando o número estipulado é de 35 por turma.
“A Seeduc tem acompanhado a frequência dos alunos e realizado a enturmação dos estudantes em suas turmas por série e turno. Algumas turmas dos colégios citados que contavam com menos de 20 alunos da mesma série e mesmo turno foram otimizadas, sem exceder a capacidade física da sala e sem transferência de unidade ou turno”.
Com relação ao RioCard, informou que “todos os estudantes permanecem ativos no sistema, não havendo qualquer cancelamento ou impedimento para uso do RioCard”. Ainda na nota, a Secretaria de Educação destaca que “está concluindo a alocação de docentes no quadro de horários após esse replanejamento e reestruturação da rede estadual de ensino, aproveitando professores excedentes em determinadas unidades para suprir eventuais carências. Informa, ainda, que funcionários do Colégio Estadual Souza Aguiar controlam a entrada e saída de alunos.
Enquanto alunos desta unidade reclamam que estão sem professores de disciplinas regulares, 25 estudantes do Colégio Estadual Olga Benário Prestes, em Bonsucesso, começaram a aprender o idioma coreano esta semana.
Dão duas aulas por semana, às terças e quintas, no turno da manhã, utilizando material didático específico. Não são os únicos na rede estadual a ter aulas de línguas pouco conhecidas e praticadas no país. Cinco escolas chamadas de “interculturais” ofertam línguas estrangeiras como Mandarim e Turco, além de outras línguas mais tradicionais, como Inglês, Francês e Espanhol.
Em maio, o Colégio Professor Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, abriu turmas para o ensino do Árabe. Até o fim deste ano, mais três cursos de idiomas serão ofertados em escolas públicas estaduais. O Colégio Monteiro de Carvalho, em Santa Teresa, abrirá turmas para o ensino de Italiano, e no Colégio Professora Maria de Lourdes de Oliveira Tia Lavor, na Ilha, será ensinado o Japonês. Aulas de Alemão estão em planejamento. Serão ofertadas 40 vagas em duas turmas, com aulas duas vezes por semana.
http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-06-15/sepe-denuncia-que-estado-junta-turmas-para-suprir-a-falta-de-professores.html
Em 20/06/17 :
SEEDUC X Educação de Qualidade.
Vejam um dos infinitos casos que a Seeduc está impondo aos Docentes: A professora Ana Carlla Guilherme,formada em Biologia, passou a se desdobrar em três (3) desde que, na semana passada, três (3) turmas foram fechadas no Colégio Estadual Souza Aguiar, na Lapa. Com a mudança, docentes que ‘sobraram’ tiveram que mudar de escola, ficar sem turmas ou até, como no caso dela," lecionar fora de sua licenciatura".
Ana Carlla tem seis turmas, com cinco planejamentos de aula diferentes — sem receber nenhum valor a mais. “Dá seis tempos na segunda: dois de Biologia, dois de Física e dois de Química. Não dá nem tempo de ‘trocar o chip’. Nunca fiquei tão sobrecarregada”, conta.
Sepe reprova medida do estado que determina acúmulo de disciplinas após a fusão de turmas.
A professora não é a única: o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) estima que pelo menos 70 escolas estejam passando por remanejamentos parecidos em todo o estado. Em cada unidade, até três turmas são fechadas, gerando ‘sobras’ de profissionais.
No Souza Aguiar, pelo menos outros três professores também estão dando aulas fora da licenciatura. “Nem temos como medir como isso está afetando os alunos. Desde o início do ano não temos coordenador pedagógico, nem orientador educacional”, disse o diretor do colégio, Marco Aurélio Cunha. “Sou formado em Filosofia e tive que dar aula de Sociologia. Não é a mesma coisa”.
O coordenador-geral do Sepe, Gilberto Rodrigues, explicou que a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) analisa o histórico escolar da faculdade dos professores para liberá-los a outras habilitações. É preciso ter cursado 120 horas, ou dois semestres, de uma matéria para lecionar o conteúdo. “É uma afronta às questões trabalhistas. Como alguém pode preparar uma boa aula dessa maneira?”, questionou Rodrigues.
A medida gerou fatos inusitados. Um professor de Informática que não quis se identificar contou que estava habilitado a dar aulas de Matemática. Já Flávia Lopes, professora de Artes, poderia lecionar Inglês no Colégio Estadual Roma, em Copacabana. “Tenho um diploma de Artes Cênicas — Interpretação Teatral e outro de licenciatura em Teatro Educação e com certeza nenhum deles tem inglês”, escreveu no Facebook.
A Seeduc disse que os casos problemáticos são isolados e que a proposta “faz parte de uma prática rotineira de alocação de professores para melhor organização e estruturação da rede”. Segundo a pasta, a greve de professores do ano passado adiou a “reprogramação”, fazendo com que as turmas mudassem no meio do bimestre.
Professores ficam sem turmas
Enquanto alguns professores têm matérias demais, outros têm turmas ‘de menos’. Heloísa Coelho, que leciona Português no Colégio Souza Aguiar, tinha sete turmas até a quarta-feira passada; agora, ela só dá aulas para duas. “Sem aviso. Uma turma comprou pizza para se despedir de mim”, contou.
Outra professora de Português que não quis se identificar tem cinco tempos de aula ‘sobrando’ no Colégio Alfredo Balthazar, em Magé. “Tenho matrícula em Niterói e em Piabetá. Me ofereceram para trabalhar em São Gonçalo, mas em três municípios não dá”.
A Seeduc afirmou que não houve fechamento, mas “otimização” em classes de menos de 20 alunos. “Neste ano, do total de vagas ofertadas, 150 mil não foram ocupadas”, informou a pasta.
- Reportagem da estagiária Alessandra Monnerat, sob supervisão de Joana Costa.-
Publicado também em :
http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2017/04/desgoverno-pezao-mantem-o-desprezo-pela.html
OBS. :
O companheiro Martinho Fernandes comentou : A SEEDUC - RJ tentou fazer com que eu, graduado em Biologia assumisse turmas para lecionar Física. Fui até o Ministério da Educação com minha documentação e embora tivesse tido muitas disciplinas ligadas à Física, como a Biofísica, Bioquímica e Física propriamente dita, muitas vezes I, II, III e IV, não estava habilitado para tal. Acredito que muitos desses casos que estão acontecendo podem ser resolvido assim.
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Roberta Pennafort,
22 Junho 2017 | 05h00
No Rio de Janeiro, professor de História dá aula de Sociologia e o de Artes ensina Inglês.
Acúmulo de disciplinas é rotina na rede pública estadual; profissionais se sentem sobrecarregados com o acréscimo de trabalho.
Secretaria negou que haja acúmulo de funções Foto: Alessandra Coelho/PMRJ
Professor de Artes dando também aula de Inglês, os de História ensinando Sociologia e os de Sociologia no lugar dos colegas de Filosofia. O acúmulo de disciplinas é rotina na rede pública estadual do Rio, relatam profissionais ouvidos pelo Estado, que se sentem sobrecarregados com o acréscimo de trabalho trazido pelas novas atribuições. Eles se ressentem também do encerramento de turmas no meio do ano, o que faz com que recebam classes novas de mais de 50 alunos.
Mestre em Infectologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a bióloga Anna Carla Guilherme, de 39 anos, fez concurso para ensinar apenas Biologia, mas foi transformada em professora de Química e Física. São 12 turmas para alunos do 1.º, do 2.º e do 3.º ano do ensino médio, o que demanda dedicação extra em casa para preparação das aulas.
“Já é o segundo ano assim. Tenho de estudar antes de dar aula de Física, fazer o meu dever de casa”, conta Anna Carla, que tem seis grupos com cerca de 30 alunos cada. “É muito injusto com o aluno, porque eu estou preparada para dar aula só de Biologia. Óbvio que se perde qualidade. Estão destruindo a educação do Estado. Não nos respeitam, é humilhante.”
Professores afirmam que o sistema vem funcionando assim: a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) analisa o histórico de disciplinas que o professor cursou na faculdade e o habilita a dar aulas de outras disciplinas que não são as suas de origem. Áreas consideradas afins, como a Sociologia e a Filosofia, e a Física e a Matemática, têm sido unidas preferencialmente. Mas também há casos inusitados, como professor de Educação Física ensinando Artes e de Artes dando aula de Inglês. Nesse caso específico, a profissional de Artes se recusou a dobrar a disciplina, e a situação foi revertida.
A Seeduc negou, porém, que haja acúmulo de funções pelos professores e informou que a prática tem previsão legal, é “rotineira”, utilizada “há muitos anos” e não resulta em mais horas de trabalho. “O professor habilitado em sua formação pode dar aula em diversas disciplinas, o que é uma prática em qualquer Estado e também em escolas privadas. É o próprio professor que pede enquadramento, demonstrando a sua habilitação.”
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) do Rio, cerca de cem das mais de mil escolas da rede já estão com esse remanejamento. O déficit da rede, que tem mais de 50 mil professores, chega a 10 mil, nas contas da entidade (a Seeduc não forneceu o dado oficial). De acordo com a Seeduc, “professores excedentes em determinadas unidades” estão sendo realocados “para suprir eventuais carências”.
Abandono. “O Estado decidiu fazer uma gambiarra e está inviabilizando o projeto pedagógico”, afirma a coordenadora-geral do Sepe, Marta Moraes. “Se toda hora muda o professor, a tendência, cada vez mais, é o aluno abandonar a escola.”
Fonte : http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,no-rio-professor-de-historia-da-aula-de-sociologia-e-o-de-artes-ensina-ingles,70001854745?from=whatsapp
estou procurando vaga pro segundo ano do ensino medio e não tem em lugar nenhum.. depois quando os alunos viram bandido a culpa não é do estado
ResponderExcluirOmar, não deixe de divulgar o caso dos quase 1000 (mil) professores que foram convocados e passaram na perícia do estado e ainda aguardam serem nomeados há mais de 1 ano, dizem eles por causa da crise!
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirOs professores que aguardam empossamento precisaram judicializar esta demanda, inclusive a ALERJ provocou audiência pública sobre esse tema.
ResponderExcluirParabéns por abordar esse questão!