A Folha de São Paulo on line em 25/10/17 :
Maioria dos estudantes de oito anos não sabe ler
nem fazer conta direito
Eduardo
Knapp/Folhapress
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Sala de aula de turma do 3º ano em
escola municipal na zona norte da cidade de São Paulo
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PAULO SALDAÑA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
25/10/2017 12h44 - Atualizado às 23h21
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Mais da metade dos alunos do 3º
ano do ensino fundamental da rede pública do Brasil têm níveis de leitura e
matemática considerados insuficientes, segundo dados de avaliação nacional de
alfabetização realizada no ano passado. Em escrita, mais de um terço estão
defasados.
Na comparação com a última
edição, em 2014, a situação é de estagnação em leitura: 56% dos alunos estavam
em níveis insuficientes em 2014, e agora são 55%. Esses alunos não teriam a
competência de localizar uma informação explícita em textos como lenda e cantiga
folclórica.
Mais de 2 milhões de crianças
participaram da avaliação (ANA). Quase 90% dos alunos possuíam 8 anos ou mais
no momento da aplicação, em novembro de 2016.
O MEC divide os resultados de
desempenho em leitura em quatro níveis (elementar, básico, adequado e
desejável), sendo os dois primeiros considerados como insuficientes e os dois
últimos, suficientes. Só 13% dos alunos alcançam o patamar
"desejável" –em 2014, eram 11%.
A média nacional esconde fortes
desigualdades regionais. Mais de um terço dos alunos do Norte e do Nordeste
ficaram posicionados no nível 1, considerado elementar. Na região Sul, são 12%.
Somente oito Estados têm menos da
metade dos alunos nos dois piores níveis. Minas Gerais tem a menor proporção de
crianças nessas condições, mesmo com resultados desfavoráveis: 38% não
ultrapassam o nível básico.
São Paulo aparece com o terceiro
melhor resultado. Entretanto, 41% dos alunos têm desempenho inadequado.
Para o economista Ernesto Faria,
as desigualdades são muito altas. "É reflexo de questões socioeconômicas,
mas também de uma escola que reproduz desigualdade e oferece menos a quem mais
precisa", diz ele, diretor do Iede (Instituto Interdisciplinaridade e
Evidências no Debate Educacional).
Segundo a presidente do Inep,
Maria Inês Fini, a Base Nacional Comum Curricular pode ajudar. "Ela
definirá melhor o que é o processo de alfabetização", afirma.
A base define o que os alunos têm
de aprender a cada série e deverá sustentar os currículos de todas as escolas
do país, públicas e privadas. O bloco que vai da educação infantil ao ensino
fundamental está em análise final no Conselho Nacional de Educação e deve ficar
pronto neste ano. A parte do ensino médio permanece no MEC, sem previsão de
conclusão.
ESCRITA
Em escrita, 34% dos alunos estão
em nível insuficiente. Não conseguem, por exemplo, fazer uso adequado da
pontuação, de modo a comprometer uma narrativa.
Os dados de escrita de 2016 não
são comparáveis com a avaliação de 2014, segundo o ministério, que não expôs
quais foram as alterações.
Enquanto no Norte e Nordeste um
quarto dos estudantes não passou do nível elementar, por exemplo, esse índice
na região Sul é de 6%.
Já em matemática 55% dos alunos
têm desempenho insuficiente. Não resolvem, por exemplo, contas de subtração com
dois algarismos. Eram 57% em 2014.
O comportamento de desigualdade
se repete. Norte e Nordeste têm mais de um terço no primeiro nível. No Sudeste,
são 15%.
O MEC ainda anunciou um programa
de reforço para a alfabetização. Entre as ações está prevista a inclusão de
professores assistentes para atuar em conjunto com os docentes que já estão em
sala.
A expectativa é atingir 200 mil
turmas de 1º e 2º anos no ano que vem, com o investimento de R$ 523 milhões.
Caberá às redes e escolas organizar as formas de atuação dos assistentes, que
vão dedicar cinco horas
semanais para turmas de 5.000 escolas.
semanais para turmas de 5.000 escolas.
Esse programa será articulado com
a Política de Formação de Professores, lançada na semana passada, e que prevê
80 mil vagas da chamada "residência pedagógica".
Tanto a política de alfabetização
quanto a de formação docente incluem a repaginação de programas já existentes
no próprio MEC, como o de iniciação à docência e o de formação de professores
dentro do chamado (PNAIC) Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
A avaliação de alfabetização foi
criada no âmbito do PNAIC e a primeira edição ocorreu em 2014. Em 2015, a
realização foi cancelada por falta de recursos, sendo retomada no ano passado.
Fonte :http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2017/10/1930040-metade-dos-alunos-de-8-anos-tem-nivel-insuficiente-de-leitura-e-matematica.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha
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Comentei em 26/10/17 no facebook :
Não é Novidade, um exemplo é o que ocorre a anos no estado do RJ, pois a grande maioria dos alunos recebidos no ensino médio são de analfabetos funcionais, não conseguem intrepretar o enunciado de um texto por mais simples que este seja, além de não dominarem a matemática do fundamental, e muitos não sabem executar nem mesmo as quatro operações.
Enquanto a educação pública não for levada a sério pelos governos municipais e estaduais, e houver a preocupação VERGONHOSA de manipulação de índices de aprovações, maquiando os índices com vistas a obterem mais recursos do governo federal, o caos educacional perdurará.
Mais em:
http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2016/09/o-baixo-rendimento-do-ensino-basico-do.html
http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2017/04/desgoverno-pezao-mantem-o-desprezo-pela.html
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