sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Alunos Notas DEZ de Escolas Públicas Estaduais.

Em 05/03/2017 postei :

"Exemplo de Quem Realmente Quer alcançar seu objetivo."

Com rotina pesada de estudos, Thamiris assistia ao conteúdo transmitido ao vivo pela manhã. À tarde, ela resolvia os exercícios propostos pelos professores. De segunda a sexta-feira, a estudante organizava o tempo para resolver provas antigas do Enem, dividindo as quatro partes de 45 questões e a redação pelos cinco dias da semana. Com tamanha dedicação, Thamiris alcançou a pontuação de 91,75.

Aliada à internet, a disciplina foi o fator decisivo para que Thamiris Ferreira, de 18 anos, passasse em 8º lugar em Medicina na Universidade do Estado do Rio...






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Postei em 07/02/2017.


Aluna negra e da periferia supera preconceitos para estudar na Poli

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RESUMO Em seu primeiro ano de engenharia civil na USP, Larissa Mendes, 19, ouviu de um colega: "Você não tem cara de quem estuda na Politécnica. Não tem muitas meninas assim aqui". "Assim como?", retrucou ela, hoje no 3º período do curso. Não obteve resposta. Pesquisa Datafolha apontou que, por lá, 82% são homens e 59% pertencem à classe A. Mulher, negra, Larissa foi criada no Capão Redondo. Levantamento de aluna do Poligen (Grupo de Estudos de Gênero da Escola Politécnica) apontou que, durante 121 anos, só sete mulheres negras se formaram na Poli.
Eduardo Anizelli - 24.nov.2016/Folhapress
A estudante de engenharia da USP Larissa Mendes, 19
A estudante de engenharia da USP Larissa Mendes, 19
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Sempre gostei de exatas e decidi fazer engenharia na 5ª série [do ensino fundamental]. É comum ver menos mulheres que homens com afinidade para matemática, e as pessoas acabam achando que é algo natural. Não é. É uma construção social.
Desde pequenos, os meninos têm a criatividade e o raciocínio lógicos estimulados, brincam com carros, com blocos de construção.
Já os brinquedos femininos são ligados ao instinto materno e familiar: brincamos de boneca, de cozinhar.
No primeiro vestibular, recém-formada, acertei 45 questões -para passar em engenharia, tem que acertar 60. Na época, eu queria mesmo era passar no ITA. Só que minha prova nem chegou a ser corrigida, porque não atingi a pontuação mínima.
No começo eu ainda pensava: vou fazer um ano de cursinho, vou estudar muito e vai dar tudo certo. Fiz a prova do cursinho e consegui bolsa de quase 100%.
Quando começaram as aulas, foi um choque muito grande. O primeiro foi o social. As pessoas viviam em uma realidade muito diferente da minha. A maioria da turma dos cursos de exatas era homem. De 200 alunos, só eu e um outro éramos negros.
Naquele período, não conseguia me relacionar. Uma vez uma menina olhou para mim e perguntou: "Você não tem medo que um bicho entre no seu cabelo?". Outra vez ouvi um menino dizer: "Toda vez que vejo esses pretos com dread [dreadlocks], tenho vontade de atropelar".
Se eu reclamasse, diziam que era mimimi, que eu estava fazendo drama. Eu me sentia sozinha e completamente isolada. Por causa do primeiro ano de cursinho, comecei a fazer terapia.
O segundo choque foi em relação ao ensino. Fui perceber o quanto a escola pública era insuficiente para a Fuvest só depois de entrar no cursinho. Eu estava muito atrás dos outros alunos.
Algumas matérias eu nunca tinha visto nem ouvido falar na minha vida. Pensei muito em desistir. A certa altura do primeiro ano de cursinho, percebi que o ITA não era uma opção para mim. Mesmo para quem vem de escola particular, a prova não é fácil. Para gente que veio de escola pública, então, é um negócio de outro mundo.
Hoje vejo que a USP sempre foi a melhor alternativa. Se já foi difícil lidar com as pessoas do cursinho, imagina como seria estudar numa faculdade elitista do Exército?
Mesmo com um ano de cursinho, não consegui entrar na engenharia. Me matriculei de novo, mas pagava o dobro, porque não tinha mais o desconto. Ainda assim era uma fração muito pequena da mensalidade real de lá, que, sem bolsa, é de mais de R$ 2.000. Eu pagava R$ 400.
Foi só na terceira tentativa que passei -e muito bem. Precisava acertar 60, consegui 75. Com o bônus da escola pública, minha nota passou de 80, mas eu teria entrado mesmo sem ele.
IGUAIS
As duas primeiras semanas na USP foram muito boas. É muito sensacional. Meus pais estavam muito felizes. Você acha tudo maravilhoso, aí começam a vir as matérias.
O curso é de certa forma limitante. Ele não te ensina a raciocinar, a pensar, ele te ensina a fazer uma prova, uma questão específica de uma matéria. Vai se dar bem quem teve acesso a um bom ensino médio. Nos colégios tradicionais de São Paulo, é ensinado pré-cálculo no ensino médio, coisa que nunca estudei na vida.
A gente acha que a Fuvest iguala, que, a partir do momento em que você passa na prova, todas as pessoas que estão aqui são iguais. Não é isso que acontece.
Sinto muita dificuldade. Tive uma crise de ansiedade e não consegui fazer uma prova de mecânica. Estava estudando ao longo do semestre inteiro, mas não conseguia entender a matéria. Fiquei mal, chorei muito. Como a gente é meio estimulado a competir, às vezes fico com vergonha de pedir ajuda.
Acordo umas 5h40 para chegar às 7h30. Tenho aula em período integral. A volta demora e, quando chego em casa, não tenho disposição para estudar tanto. As pessoas falam como se fosse natural você virar várias noites, tomar não sei quantos copos de café, estudando.
Penso em desistir quase todo dia. O tempo todo há muitas barreiras jogadas na nossa cara, dizendo "você não vai conseguir se formar".
Às vezes, no ônibus circular de manhã, as pessoas passam me empurrando para descer no ponto da Politécnica. Por quê? Porque não acham que vou descer na Poli. Porque as únicas pessoas negras aqui dentro são os funcionários terceirizados da faxina.
No meu ano, somos eu e mais dois meninos negros. Na engenharia inteira, conheço outros dois. Não tem nem como você discutir a questão racial aqui dentro. Simplesmente não há negros.
Os professores pedem entrevistas com engenheiros, visitas técnicas a obras, de um dia para o outro. Só consegue fazer quem tem um engenheiro próximo. Quando questionei isso, uma colega de sala perguntou: "Mas você não tem nenhum engenheiro na sua família?"
As pessoas não têm muita noção do que acontece fora dessa bolha social da faculdade. Por isso que, mesmo com todos esses problemas, fico feliz em ter estudado na rede pública. Não fui ensinada a fazer uma prova, mas a ser uma cidadã consciente e a entender a realidade do próximo. Na minha escola tinha gente de diferentes classes sociais.
A sociedade é muito limitante. Desde pequeno, é como se nos ensinassem a pensar de um único jeito: ciência exata não é para mim. Faculdade não é para mim. A USP não é para mim. É como se as pessoas não fossem estimuladas a sonhar.
Por isso a representatividade é tão importante. Ver uma mulher negra que chegou até lá faz a diferença na vida de outras pessoas. 


Comentei :
Exemplo p/ os nossos alunos, pois quem realmente se dedica consegue seu objetivo.



Fonte :
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2017/02/1856050-negra-pobre-e-da-rede-publica-fica-em-1-em-curso-mais-concorrido-da-fuvest.shtml?cmpid=newsfolha


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Outros Alunos Notas DEZ oriundos de escolas públicas :


> Aluno de Escola Pública tem 95% de Acertos no ENEM.

A Globo teve que engulir ontem no programa Encontro com Fátima Bernardes de 04/12/14, quando ele disse que as Escolas DEVEM  ser pública, devem ser de TODOS, e não particulares.
A comp@nheira Nadja Mara Barbosa, postou : Este garoto disse o que nós gritamos nas ruas:
"Educação não é pra ser privatizada."
Vale assistir o tapa na cara que ele deu na Globo em :
http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/v/estudante-que-acertou-95-do-enem-eu-consegui-tocar-as-pessoas/3808924/


> Outro aluno Nota  Dez (10 ), que me levou a comentar em postagem no facebook :
Aquele que realmente quer , não vive de sonho , esforça-se para alcançar seus objetivos. Mais um aluno oriundo de escola pública , morador do Capão Redondo, SP é aprovado em Stanford, EUA.
Gustavo Torres da Silva, de 17 anos, quer inspirar jovens da comunidade. ... O menino era aluno da Escola Estadual Miguel Munhoz Filho. Depois de um bom desempenho dele em uma olimpíada de matemática, Gustavo ganhou a indicação da professora para disputar uma bolsa do Ismart, instituto que apoia estudantes talentosos de baixa renda, e oferece bolsas de estudo em colégios particulares de excelência de São Paulo e do Rio de Janeiro. “A gente identificava nele um aluno com potencial extraordinário, com muita vontade de crescer, sonho de grandeza”, destaca Inês França, gerente de Projetos do Ismart.


Gustavo Torres da Silva, de 17 anos, quer inspirar jovens da comunidade. ‘Tem muita gente com potencial. Os jovens podem sonhar mais alto’, diz. Paulo Guilherme no G1...

http://www.geledes.org.br/morador-capao-redondo-aluno-de-sp-e-aprovado-em-stanford-eua/?utm_source=Atualiza%C3%A7%C3%B5es+Portal+Geled%C3%A9s&utm_medium=email&utm_campaign=bb2077a3fc-RSS-NEWS-Portal-Geledes&utm_term=0_449908e143-bb2077a3fc-353098113#axzz3MGmFkKM0



> Aluno nota 1000 no ENEM.

Francisco Castro

Aluno nota mil do Enem 2014, o maranhense Luis Henrique sonhava em entrar em curso superiorFoto Divulgação
Depois de um ano dividindo o tempo entre curso técnico, cursinho e estudos em casa, Luis Henrique Sales, de 19 anos, conquistou, junto com 249 estudantes em todo o Brasil a nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O estudante, que tem paralisia cerebral, conta que dormia apenas das 2h30 às 6h30 na preparação para o exame. A nota máxima foi a melhor recompensa que poderia ter.

“Foi uma alegria. Ele disse: mãe a senhora não acredita. Eu disse, parabéns. E pronto, não conseguimos nos dizer mais nada”, diz a mãe, Dourizan de Sales Santos, emocionada. Caso consiga uma vaga em uma faculdade, Luis Henrique será o primeiro da família a entrar no ensino superior. Ele já havia conseguido uma vaga no Instituto Federal do Maranhão (Ifma) para técnico em mecânica.

O sonho era, no entanto, entrar no ensino superior e, para isso, fazer o Enem. Ele terminou o ensino médio em 2013, se inscreveu no exame, mas não conseguiu fazer a prova porque havia esquecido a identidade em um stand onde fez a inscrição para o vestibular da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). “Pense numa pessoa que chorou. Ele queria muito fazer o Enem. Mas esse ano acabou o sofrimento”, conta o pai, Luis Carlos Magalhães Santos.
A família mora em Garapa, região da periferia da capital maranhense São Luís. Luis Henrique sempre estudou em escola pública. O pai conta que no ensino fundamental o rapaz sofreu preconceito por parte dos outros alunos. “Ele sempre quis provar que pode. No ensino fundamental teve a questão da discriminação, pelo jeito de falar, de andar. Sempre disse para ele iriaa e ainda vai passar por esses momentos, mas que ele pode fazer qualquer coisa que quiser”, diz o pai. O esforço lhe rendeu uma vaga no Colégio de Aplicação da Ufma, o Colégio Universitário, onde cursou o ensino médio.

Agora, o que Luis Henrique quer é cursar engenharia da computação na instituição de ensino superior. Ele espera o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que será divulgado nesta segunda-feira (26). “Estou feliz [com o resultado no Enem] foi muito estudo. Eu escolhi o curso porque é o que eu gosto, o que sempre gostei”, diz o estudante.

Para ele, o segredo de ter tirado nota mil foi ter estudado e aplicado as regras do Enem, que eram discutidas em sala pelos professores do cursinho, além de praticar. “Eu acho que o diferencial foi ter abordado os dois lados, tanto a pessoa que emite o anúncio quanto quem recebe, que são as crianças”, diz. O tema da redação foi Publicidade Infantil, assunto em questão no Brasil.

O diretor do curso preparatório Wellington, Carlos Wellington de Castro, disse que o aluno é motivo de orgulho. “Só dois alunos tiraram a nota máxima no estado”, ressalta. Ele era um dos estudantes beneficiados pelas vagas reservadas no cursinho para ex-alunos de escolas públicas, a preços acessíveis. “Almoçava e ficava ininterruptamente estudando”, conta.

Os estudos sem fim não davam descanso a mãe. Dourizan diz que ficava muito preocupada com a alimentação do filho, que esquecia de comer enquanto estudava. “Eu tinha que fazer lanche, levar para ele”. Agora, ele pode descansar um pouco, andar de bicicleta e comer um prato de macarronada com tranquilidade, prato e atividade preferidos segundo a mãe. (Da Agência Brasil)

http://www.blogdefranciscocastro.com.br/2015/01/o-jovem-maranhense-luis-henrique-sales.html


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