Autora: Luciana Pereira de Andrade Mesquita
Já dura muitos anos. Ontem, dia 8 de
outubro de 2015, foi mais uma dessas situações de falta de ética nos movimentos
de rua do SEPE/RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do estado
do Rio de Janeiro). Lá estava a bandeira do PSTU. Na verdade, várias bandeiras.
Mais bandeiras que as bandeiras do SEPE. Na falta de bandeiras com temas
político-pedagógicos, os manifestantes estavam cantarolando em grupo alguma
coisa, para que quem passasse na rua soubesse o que se reivindicava ao governo,
na caminhada escoltada por policiais entre o Largo do Machado e o Palácio
Guanabara. Tínhamos vindo do Instituto Metodista Bennett, onde houve uma
assembleia da rede estadual do SEPE. Entramos numa nova gestão colegiada
proporcional em agosto. Estou fazendo parte agora da direção, dando os
primeiros passos de gestão sindical.
Já tinha visto outras bandeiras
político-ideológicas ou político-partidárias ou com linhas ideológicas, nos
movimentos de rua do SEPE, não assumidas por suas assembleias, e eram muitas.
Notou-se, contudo, que a categoria dos profissionais de educação estava se
afastando do sindicato por causa desse uso dos recursos do sindicato para dar
visibilidade a um grupo político, a pretexto da luta político-pedagógica. Quais
seriam os uso desses recursos? Uso de recursos financeiros, como carro de som
pago na rua com chamadas para que a população fique atenta à passeata, aluguel
de auditórios para reunir pessoas para melhor se organizarem em consenso;
recursos humanos, como várias pessoas envolvidas para promover um ato, entre
voluntários, sindicalistas voluntários e com licença sindical, e funcionários
remunerados pelo sindicato; e recursos do apelo temático, como é a causa da
educação sofrendo descaso do governo, que faz as pessoas comuns se comoverem e
darem atenção a quem passa na rua; dentre outros recursos. Daí o uso da
expressão aparelhamento político do
sindicato para dado grupo político-partidário ou político-ideológico ser
promovido diante da população.
O aparelhamento político ou o tal
corporativismo inevitavelmente ocorre em níveis variados, e é usual quando uma
direção sindical possui governo majoritário: a chapa com mais votos leva o
direito de gerir o aparelho ou a instituição sindical. Mas, quando se trata de
uma direção colegiada, onde todas as chapas que recebem votos passam a fazer
parte da direção de forma proporcional ao voto recebido, então o aparelhamento
político do sindicato torna-se indecente e desrespeitoso em extremo. Um exemplo
não sindical é o aparelhamento político do governo pelos grupos políticos que
entram majoritariamente. O uso do aparelho administrativo tem sido tão abusivo
que a verba pública é desviada ao ponto de superfaturamento das contas públicas
com ampla divulgação na grande mídia. E parece que nada acontece.
Mas, pela
ética administrativa, há leis que impedem que a mídia da administração pública
e a grande mídia sejam usadas, após as eleições, pelo grupo político vencedor,
para divulgar sua bandeira política em sua gestão. Alguns sabem qual é a
bandeira política em função da propaganda política anterior, mas de fato não se
vê, em função da proibição e da penalidade aplicada se houver denúncia nesse
sentido. Ao menos isso é acatado. E é ético quem luta contra os abusos dos
governos na educação agir de forma semelhante ou proporcionalmente semelhante?
Proporcionalmente semelhante? Como
assim? Proporcional? Simples. Grupos políticos financeiros desviam muitas
verbas públicas porque possuem muitos recursos em seu poder. Possuem a gestão
da verba pública, possuem o direito de terceirizar (e fazer acordos com as
empresas que terceirizam, e fazer o tal caixa dois, e quem não sabe? mas tem
que provar), possuem o poder de constranger o poder jurídico nas suas
instâncias governamentais a fazer a tal ‘vista grossa’, e et cetera, só até aí. Então... proporcionalmente um grupo político
possui menos poder... não tanto...
mas um poder de gerir algo com recursos de um sindicato e resolve se aparelhar
por meio do sindicato, para promover a sua ideologia que (para seus
componentes) é a melhor de todas e é a solução do abuso de poder dos governos
de “direita” (e aí vai todo um discurso de ‘esquerda’, do abuso da burguesia...
do capital...), e... aí... o argumento vai descambar para? “Então o partido de
direita tal faz, e nós que somos a classe trabalhadora...” Obviamente oprimida
(como eu e você, pessoas comuns), pelo opressor capitalista (burguês). E continua
o raciocínio do discurso para justificar o aparelhamento sindical... “Nós
trabalhadores não temos outra saída contra a opressão, que não seja fazer o
mesmo.” Que é!!... aparelhar também, usando os recursos disponíveis também da
classe trabalhadora que optou por um sindicato ‘não pelego’ (compreendido como
aquele que não faz acordos com os governos contra o direito trabalhista, e realiza
os enfrentamentos necessários e viáveis para denunciar os abusos de poder dos
governos contra a classe trabalhadora), e... plural politico-ideologicamente,
como o SEPE. Essa última parte do raciocínio é que nos interessa. O grupo
político que resolver usar um sindicato como o SEPE para se aparelhar ao
extremo, obviamente desrespeitando os outros grupos políticos que ali compõem a
direção (já que existem outros níveis de aparelhamento político do sindicato,
menos explícitos e menos ‘perniciosos’), sabe que está realizando um
aparelhamento político não contra os que estão no governo abusando do poder (já
que há os que não abusam), mas contra seus colegas sindicalistas: os outros
grupos políticos que compõem a direção colegiada. E existe essa coisa de
sindicalista abusar do poder contra o outro sindicalista, e ainda ter cara de
reclamar do governo com seus abusos? Tem, lógico que tem. As formas de
corrupção estão em toda parte. Não só no PT. Cruz credo. Fazendo uma salvaguarda:
tem gente muito militante no PT lutando contra os abusos de poder dos governos.
Desculpa, mas nem todo filho tem que puxar sempre ao pai, em seus atos. Claro
que tem alguns que saem de casa e vão morar em outro lugar. (Tentar defender
alguma face de petistas é um risco à própria face, por causa dos pré-conceitos
e preconceitos políticos formados em função dos escândalos do partido. Mas só
estou querendo ser justa com quem não faz parte disso.)
Você pode pensar sobre quem aparelha
politicamente contra o outro sindicalista: “Mas vai que estão lutando contra
aqueles que podem ser uma ameaça à luta sindical, e estão querendo fazer algo
para anular essas forças ameaçadoras, dando a entender com sua bandeira
político-partidária na passeata, que eles estão ali com o apoio dos demais sindicalistas
e que os outros grupos políticos são usurpadores (os outros sindicalistas que
receberam voto também para ali estar gerindo o sindicato). Esse é um
raciocínio. Podemos partir para um raciocínio menos radical da leitura da
bandeira política em passeata. Talvez eles apenas queiram dar ‘visibilidade’
para a bandeira político-partidária que luta pela educação (a deles), dando a
entender isso por quem passa na rua. Se esse for o raciocínio, então os demais
grupos político-partidários e político-ideológico deveriam hastear suas
bandeiras também em passeatas do SEPE. Claro que teríamos um verdadeiro
Carnaval de bandeiras que apagariam a luta político-pedagógica. Quem passasse
pela rua vendo a passeata iria entender que a ênfase da passeata seria qualquer
coisa, menos uma pauta político-pedagógica clara, ainda que se gritasse ao
microfone a pauta. Quem sabe o que é poluição visual sabe do que estou falando.
Mas os demais grupos políticos do sindicato não têm feito isso, porque estão
cumprindo o acordo de cavalheiros, de camaradas, de sindicalistas, de colegas
da educação, para trazer a categoria de volta para as ruas. Categoria bem
decepcionada com os níveis de aparelhamento político no SEPE, que deveria estar
acima dos demais sindicatos por sua proposta de pluralidade política.
Mas há quem não se importe com a
categoria de volta às ruas, de volta aos fóruns de diálogo do sindicato. O fato
é que quem faz o aparelhamento político em questão não se importa com a grande
maioria da categoria nos diálogos e nas ruas com o sindicato. Trazer a maioria
é ter que lidar com o consenso ou senso comum. E o senso comum é voto que vence
o senso não comum. Óbvio? Não. Talvez você não tenha entendido. Os grupos que
fazem nível de aparelhamento extremo, usando a mídia sindical realizada por
meio das passeatas para levar a informação de denúncia para a população
(informação que a grande mídia não costuma levar), não se importam em fazer uso
negativo dessa mídia (a passeata). Não se assuste. É isso mesmo. Eles fazem de
propósito. Não há ingenuidade, alienação ou ignorância. Pelo contrário, há
doutrinação dos militantes nesse sentido. O não atender ao acordo de camaradas
ou de sindicalistas é com essa finalidade de afastar a categoria. Eu explico.
O sindicato faz a chamada para a
categoria ir para as ruas quando não está sendo feliz nas negociações com o
governo. Por exemplo, a de ontem, dentre tantas reivindicações urgentes, possui
como urgência o reajuste salarial que não ocorreu desde o início do ano. É um
exemplo. Logo, nós sindicalistas (estou iniciando a experiência de) precisamos
que a categoria vá para as ruas nos ajudar a fazer pressão política contra o
abuso do governo. O que faz um grupo político inserido no meio sindical que
entende que precisa estar onde os governos estão por meio do lema ‘os fins
justificam os meios’? Usam um trampolim: o aparelhamento político. Mas podem
querer um trampolim mais rápido (e bem menos ético): aparelhamento ao extremo,
e levantam sua bandeira em passeatas do sindicato (várias e várias vezes). E...
a categoria (a população como um todo) que já não gosta do aparelhamento que o
governo faz, quando vê esse nível de aparelhamento explícito (usando a mídia
sindical das passeatas), se afasta das ruas, do sindicato, e ainda pode deixar
de contribuir financeiramente para o mesmo, se dessindicalizando. (Segue o
raciocínio.) Quem faz o aparelhamento (em especial com bandeira partidária
levantada nas ruas) sabe disso? Sabe!... E por que faz? Interessa afastar a
categoria? Sim! A lógica é a seguinte: essa maioria de senso comum costuma ir
contra a ideologia político-partidária do grupo político que faz esse nível de
aparelhamento, e por isso essa maioria da
categoria tem que ser afastada dos movimentos sociais (nessa lógica), ainda
que se atraia apenas uma minoria capaz de tolerar a ausência de senso comum,
para ajudar (direta ou indiretamente por meio da omissão) impor a ideologia de
dado grupo político. Por traz desse comportamento, existe a ideia que a grande
maioria, seja lá de que categoria de trabalhadores pertença, é uma maioria alienada, incapaz de seguir o raciocínio maravilhoso e salvador da pátria do tal
grupo politico que faz o aparelhamento político de afastar as massas. Então...
esqueçamos a passeata de grande adesão,
enquanto houver esse ou aquele grupo político levantando sua bandeira para
dizer que não está a fim de respeitar a
pluralidade política sindical
proposta pelo estatuto do SEPE (ou de outro sindicato semelhante). Vai que
todo mundo se acostume ao abuso e falta de ética e entenda a questão como coisa
cultural do SEPE. (Tipo um caso perdido.) Para quem aparelha, a massa (essa
maioria de trabalhadores) não pode ser salva da influência do capital ou da
burguesia. E, se essa grande maioria estiver presente nos fóruns de discussão
do sindicato, como as assembleias, os conselhos de representantes, os conselhos
fiscais ou entrando para a direção do sindicato, esses grupos do aparelhamento
extremo (vamos dizer assim) serão “extremamente ameaçados” em sua ‘hegemonia’.
Qual é a diferença da prática política
de grupos que usam as instituições públicas, quando conseguem entrar no governo
e realizam o uso leviano das verbas públicas e de outros recursos para se
aparelhar e para continuar no governo?
Resposta: Não
há nenhuma diferença, exceto do discurso dito de esquerda. Diga-me o quanto tu usas o aparelho sindical
para dar hegemonia ao seu grupo político nas instâncias sindicais que eu te
direi o quanto usarás o aparelho governamental para dar hegemonia para seu
grupo político, se ali instalado. O maior nível de hegemonia política tem sido
conseguido ao se usar a democracia e a grande mídia de forma a seduzir a
população para que os votos sejam dados e esses grupos, e os mesmos permaneçam
sugando os recursos públicos. Não é isso que criticamos? O maior nível de
hegemonia sempre foi expresso nas ditaduras. Não é contra isso que nos
colocamos? Nem todos. Alguns acham que a solução é usar métodos semelhantes.
Respeito à pluralidade sociocultural e político-ideológico não combina com
ditadura. E as duas coisas não podem ocupar o mesmo espaço político-social.
Esses grupos do aparelhamento máximo sabem disso; tanto os que estão em
sindicatos quanto os que estão exercendo o governo público.
A discussão contra o corporativismo (o
aparelhamento político) ― uso do sindicato para promover uma dada bandeira
política ― apagando a luta pela pauta político-trabalhista de dada categoria
tem sido o alvo das discussões quando se fala de gestão sindical para atrair a
categoria dos profissionais de educação para o sindicato, e essa discussão tem
ocorrido no SEPE. E os movimentos de rua do sindicato são, nesse sentido, a
menina dos olhos. Mas, apesar dos apelos, das solicitações, dos acordos entre
diretores de várias tendências políticas, lá estavam militantes do PSTU impondo
sua bandeira, e várias, na passeata de ontem, mas já algum tempo. Em algumas
bandeiras vinham inclusive o número do partido: 16. Até eu gravei. O que
significa a sigla? O rótulo? Não importa. Importa o que está por trás e o que
dificulta ou facilita a luta sindical. E a luta sindical sem a presença da
grande maioria dos trabalhadores não é luta sindical eficaz. Declarar que se
quer essa maioria e na prática demonstrar que não se quer é o que se chama de
discurso demagógico.
Como diretora sindical que está
iniciando uma jornada sei é da prática política, da falta de ética com os
apelos, os rogos, as solicitações, os acordos de camaradas, de sindicalistas
dentro do SEPE, para não se levantar bandeiras político-partidárias em
passeatas. Mas não adiantam os clamores. Estamos vencidos na luta para trazer a
categoria? Eu decidi ir às passeatas, mas vou me retirar se a falta de ética se
instalar. E vou denunciar. Retirada completa? Não. O silêncio seria um ato de
conivência. Poderia pegar o tal do microfone do carro de som e denunciar, mas
cabe à direção geral do sindicato fazer essa denúncia ao público que passa e vê
a passeata, para tentar constranger o grupo político que constrange a presença
da categoria.
Quando eu reclamei com alguns líderes do SEPE, um me disse que
não seria bom denunciar para não afastar a categoria. Eu disse que daria no
mesmo e seria pior não denunciar, pois vindo alguns dessa categoria (não
sindicalistas e ignorantes da complexidade da questão) para o ato e vendo a
situação que os afasta ali insistentemente colocada e desrespeitosamente presente
se sentiriam traídos, voltariam para as escolas e ainda diriam que o SEPE é um
caso perdido para se ter a categoria nas ruas. Ninguém pode ser constrangido a
estar num ato, porque precisa ajudar o SEPE a negociar os direitos trabalhistas
da educação, e, por isso, ter que aceitar isso. Eis o dilema. Quem segurava as
bandeiras partidárias citadas não estão nem aí para o dilema. Abordei um que
sorriu, tirei várias fotos das bandeiras, e um grupo desse partido ainda pousou
sorridente para as fotos. Obviamente, se eu postar essas fotos, colocarei
tarjas nos rostos. Essas pessoas ficariam marcadas diante da grande maioria da
categoria que é contra esse aparelhamento, e que vissem as fotos. Mas os
sorrisos dos militantes do tal partido, ao pousarem para as fotos de denúncia,
demonstravam de fato o quanto não se importavam.
Chamar polícia? Vai contra a prática política
sindical chamar polícia para outro grupo sindicalista, em especial interno.
Tirar a bandeira na marra? É chato ficar nessa picuinha na frente das pessoas e
com o “colega” camarada de luta. Então se continua solicitando, pedindo,
fazendo reuniões com rogos. Até quando? Até percebermos que não teremos a tal
grande adesão, e, no desespero de luta, alguns terão que deflagrar greve sem
essa maioria para não admitir o fracasso? Ano após anos, nada os move de seu
posicionamento antiético em relação à pluralidade político-ideológica do
sindicato SEPE. Haveria conivência da direção do SEPE Central? Qual seria uma
outra saída? Em protestos todos sairmos da passeata, irmos para a calçada,
sentarmos no chão e cantarmos algo como “Tira a sua bandeira, nossa bandeira é
a político-pedagógica!” Isso diante da população para que se envergonhassem e a
população e a categoria saiba que nós outros sindicalistas não estamos sendo
conviventes? A quem interessa mesmo um movimento sindical esvaziado? Você
pensaria que seria um governo de direita qualquer que abusa do poder, mas (se
não sabia) agora sabe que não necessariamente.
E quanto aos outros grupos políticos
sindicais? Seria solução todo mundo levar a sua bandeira
político-sócio-ideológica? Eu levaria a minha ‘Cristãos na educação’. Mas
talvez os ateus antirreligiosos não fossem gostar muito. Como existe uma
maioria de sindicalistas do PSOL, simpatizantes e filiados, seria legal ver a
bandeira do PSOL também. Pra não dizer que eu nunca vi a bandeira do PSOL, de
2011 pra cá, quando eu passei a participar de atos nas ruas do SEPE, vi uma
vez. Era uma bandeira modesta, pequena, mas logo foi retirada da passeata pelos
militantes do PSOL. É... PSOL, PSOL, PSOL. Vale a pena criticá-lo e elogiá-lo,
já que eles conseguem preservar a pluralidade sociocultural em seu meio,
conseguem estar no sindicato, e nos governos, e demonstrar um menor
aparelhamento político, já que os núcleos sindicais, onde há gente do PSOL, tem
possuído grande adesão da categoria. A maioria da categoria consegue se
aproximar e deglutir o discurso, contestando. Mal ou bem o espaço para a
contestação é dado. Não estou dizendo que não haja nível de aparelhamento no
PSOL, mas tenho testemunhado que é bem menor. Vale citá-lo como exemplo, e vale
a pena dar o crédito. Ah! Não poderia esquecer de citar os anarquistas. Já vi
poucas bandeiras dos anarquistas, mais bandeiras do que do PSOL. No entanto, os
anarquistas têm atendido ao apelo para dar espaço à categoria nas ruas,
retirando sua bandeira das passeatas.
Você sabia que as passeatas do SEPE
possuem militantes voluntários que lutam pela educação de qualidade e lutam por
direitos trabalhistas e contra o abuso de poder que são do PSOL, que são
anarquistas, de outras tendências políticas, como o PT, PDT, e outros grupos
político-ideológicos? Sabia que há muitos cristãos ali, que há religiosos de
denominações afrodescendentes, além de ateus, que se convivem respeitosamente?
Você sabia que todos esses grupos estão se esforçando para ter a maioria da
categoria no sindicato? Mas há quem não queira essa maioria. Não se engane.
Quem aparelha a níveis altos seu grupo político usando um sindicato; vai
aparelhar seu grupo, se tiver oportunidade, usando os recursos públicos. E a
dinâmica do grande aparelhamento político não é só realizar apadrinhamentos, é
afastar quem é contra o que se faz, é exaurir recursos para os “adversários”
(em que se saiba), é desinformar, não dar a informação para esses “adversários”.
Para esses, os fins justificam os meios, e esqueça os apelos, os rogos, os
clamores. Eles se fazem sempre de desentendidos.
Link : http://gestaosindical-chapa3embelfordroxo.blogspot.com.br/2015/10/o-aparelhamento-politico-nos-movimentos.html?showComment=1444594492918