domingo, 6 de agosto de 2017

A Destruição da Educação Pública Estadual do RJ

ACORDEM : Saber Pra Mudar.
Primeiro, Cabral extinguiu os cargos de servente, merendeira, vigia e zelador nas escolas estaduais.
Mas não me importei com isso.
Eu não exercia nenhuma dessas funções.
Em seguida, o PMDB contratou empresas de terceirização que deixaram de pagar vários meses de salários aos terceirizados.
Mas não me importei com isso.
Eu também não era terceirizado.
Depois, alocaram professores em duas, três, quatro escolas.
Mas não me importei com isso.
Porque a minha matrícula estava em uma única escola.
Depois, transferiram uns professores de coordenadoria e obrigaram outros a lecionar disciplinas para as quais não prestaram concurso.
Mas como estava alocado satisfatoriamente no quadro de horários,
também não me importei.
Agora estão fechando minhas turmas e me tirando da escola.
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém.
Ninguém se importa comigo.

Fonte : [Adaptação livre que a professora Marcela Almeida fez do poema Intertexto, de Brecht.]

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1323924501038235&set=a.314846971945998.68535.100002620932276&type=3&theater


Nenhum texto alternativo automático disponível.
Cabe ressaltar : enfim... ou reagimos, ou nossa profissão, nossas

carreiras e a própria educação pública estarão liquidadas num

futuro breve.


À luta.
Por nós.
Por nossa classe.
E, principalmente, pelos filhos da população que utilizam as escolas estaduais do Rio de Janeiro.

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Em 03/08/18 postei no facebook:

A Destruição da Educação (Pública) principalmente.

ACORDEM : Saber Pra Mudar.
No estado do RJ primeiro Cabral extinguiu os cargos de servente, merendeira, vigia e zelador nas escolas estaduais.
Mas não me importei com isso.
Eu não exercia nenhuma dessas funções.
Em seguida, o PMDB contratou empresas de terceirização que deixaram de pagar vários meses de salários aos terceirizados.
Mas não me importei com isso.
Eu também não era terceirizado.
Depois, alocaram professores em duas, três, quatro escolas.
Mas não me importei com isso.
Porque a minha matrícula estava em uma única escola.
Depois, transferiram uns professores de coordenadoria e obrigaram outros a lecionar disciplinas para as quais não prestaram concurso.
Mas como estava alocado satisfatoriamente no quadro de horários,
também não me importei.
E em breve, graças à reforma do ensino médio e da Base Nacional Curricular Comum não terei lugar no currículo, nem na escola, nem na educação pública.
Mas já é tarde.Como eu não me importei com ninguém. Ninguém se importa comigo.


Obs.:
A colega Virginia Maria já aposentada da rede estadual de educação postou:
Virginia Maria Faltou dizer no poema, os aposentados ficaram sem receber, eu com salário em dia tb não me importei com isso...

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As perguntas que não calam são:
- Até quando aceitaremos passivamente o projeto de Estado de desmonte da educação pública e das nossas carreiras?
- Até quando aceitaremos passivamente que os filhos da classe trabalhadora tenham uma educação pensada pela classe dominante para transformá-los em mão de obra barata e descartável?
- Até quando aceitaremos passivamente sermos nós mesmos peças de descarte numa engrenagem que só nos precariza, nos fragiliza e, ao mesmo tempo, dá sustentaçao aos que nos exploram e oprimem?
- Até quando???

Fonte : [Adaptação livre que a professora Marcela Almeida fez do poema Intertexto, de Brecht.] e Anaeum (zap)

Inicialmente em :
http://observacoeseducacionais.blogspot.com/2017/08/a-destruicao-da-educacao-publica.html



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