PARA SE PENSAR ( - Texto de Gilberto Maringoni - )
O mais relevante desse imbróglio filho-assessor-esposa-grana não é o fato em si. O Coaf rastreia contas a partir de suspeitas ou denuncias. Assim, as questões relevantes que se colocam são:
1º) Quem fez a denuncia?
2º) Por que fez?
3º) Por que agora?
Seguramente não foi a oposição que deu curso à acusação. Trata-se de tiroteio palaciano, realizado antes mesmo de se entrar em palácio.
Se nos lembrarmos do tuite de Carlos Bolsonaro há quatro dias, insinuando que seu pai correria risco de vida, com ataques oriundos de quem está ao seu lado, podemos concluir que os petardos se originam dos grupos da coalizão eleita, numa feroz luta pelo poder.
Quais os grupos nessa luta? Há pelo menos três:
1º) O condomínio Moro-Guedes, que representa o grande capital internacional. É daí que vem o real projeto de governo;
2º) O partido fardado, de contornos ainda imprecisos, a unir a turma do porão à direita do aparelho de Estado. Apesar de tudo, é gente que não rasga dinheiro;
3º) A família Bolsonaro, que inclui Olavo de Carvalho, o chanceler Araújo, o aloprado da Educação, a ministra da Família e outros tipos bizarros. É a face mais visível da nova gestão. Com todos os senões, é o único que tem votos.
O partido fardado parece ser - até agora - quem mais externa desconforto com as peripécias da família.
Mesmo assim, é difícil identificar claramente de onde partiu o torpedo.
A única coisa clara é que o jogo intestino - sem trocadilhos - que já é pesado tende a piorar quando o governo tiver início.
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