Destruindo a educação pública
O projeto de terceirização ( PL nº 4.330/2004 ) em votação no Congresso brasileiro associado à decisão do Supremo Tribunal Federal de permitir que ONG – organizações sociais sem fins lucrativos – assumam a educação sem
licitação, acelera a destruição da educação pública e a migração dos
escândalos de propinas para esta área. Há muito dinheiro em jogo. Só no
MEC, são 100 bilhões. Sem contar as prefeituras e os estados. E vem aí o
pré-sal.
Campinas,
no Estado de São Paulo, já adotou a modalidade e aprovou em sua Câmara
de vereadores a transferência das atividades do serviço público para
ONGs, sem licitação. Este caminho agora é confirmado pela decisão do
STF.
A
privatização do serviço público vai construindo, desta forma, sua base
legal e com isso viabilizando o aparecimento de um mercado potencial que
deverá estimular a atuação de entidades não governamentais nesta área –
nacionais e estrangeiras.
Com
a lei de terceirização isso deverá ser ampliado. As greves deverão ser
atacadas com o recurso às ONGs que colocarão professores temporários nas
escolas em greve, por exemplo. Sem contar a própria transferência da
administração das escolas para elas.
Fica
faltando ainda avançar o credenciamento de professores, o qual se
configura a partir do ensaio com o Exame Nacional de Docentes, em
preparação no INEP.
Este
conjunto de medidas constitui a maior agressão que se tem notícia ao
serviço público e à educação nas últimas décadas, no Brasil.
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