Sindicalismo NÃO DEVE SER profissão.
Sindicalismo NÃO DEVE SER Profissão. ( Texto do Prof.Ricardo Victal )
O ARTIGO 64, III, DO ESTATUTO DO SEPE É MALDITO! ACABEMOS COM ELE, ANTES QUE ELE ACABE COM A CATEGORIA!
O
Estatuto do SEPE
é burocrático e possibilita que o sindicalista após se reeleger mude de
cargo, após o término do seu segundo mandato e continue exercendo a
direção em outra função. Daí que com isso pode ocorrer dele vir a ficar
nele até uma vida toda. Isso se chama: Carreirismo Sindical, o qual é
uma terrível doença.
Qualquer pessoa, por mais bem intencionada que seja, em face do art. 64, III, do Estatuto do SEPE -http://www.seperj.org.br/admin/fotos/estatuto/estatuto1.pdf - é incentivada a ser um burocrata e a se perpetuar no poder.
Não estou criticando pessoas, mas o modelo de gestão que é contrário à democracia e à formação de novas lideranças.
A
permanência por muito tempo no poder nos elitiza e infelizmente leva ao
aparelhamento, à burocracia, às ditaduras, ao afastamento da base e
dificulta a alternância de poder.
De
modo que os sindicalistas, não importando o grupo a que pertençam, acabam ficando presos ao cargos e a se perpetuarem neles.
No
que diz respeito ao mandato, sou pessoalmente contrário à reeleição.
Por quê? Porque estou convencido que três anos é um bom tempo.
Só
na última eleição 4 chapas, se não estou errado, concorreram à eleição
do SEPE. Portanto, não faltarão colegas professores querendo montar
chapas para concorrer.
Isso felizmente é muito bom, maravilhoso. Seguramente, não há motivo, creio eu, para se preocupar ou ter medo.
Foi a base que segurou a greve em 2013. Por isso não devemos ter medo dela. Por isso, nada melhor do que a alternância no poder.
Admiro
muito o princípio anarquista de alternância no poder. É que devemos
aprender as lições da história para saber que a longa
permanência no poder desvirtua as pessoas e fortalece cada vez mais um
Estado centralizador e burocrático que nada tem de democrático.
Em
se tratando do Art. 64, inciso III, ele hoje possibilita que o diretor
assuma indefinidamente o cargo, bastando para tanto, somente mudar de
função. VERGONHOSO ISSO!
Leiamos abaixo a forma como o artigo e inciso citado do Estatuto do SEPE, hoje vigora:
Art. 64 - Não poderão candidatar-se aos cargos eletivos do SEPE/RJ:
III
- o diretor reeleito por dois mandatos consecutivos para idêntico
cargo, não se tornando impedimento sua candidatura para outro cargo que
não tenha sido ocupado por este nas duas últimas diretorias.
Razão pela qual proponho a seguinte modificação no inciso maldito, a fim de que o inciso passe a vigorar do seguinte modo:
(...)
III - o diretor eleito, mesmo que não cumpra seu mandato, independente
do cargo ocupado, após esgotado seu mandato, não poderá se candidatar
aos cargos de direção do SEPE, seja ele qual for, nas duas eleições
seguintes.
Isso sim seria uma mudança significativa e possibilitaria real alternância no poder.
Um sindicalista simples, amigo que não vejo faz tempo, com muita sabedoria escreveu o seguinte:
Se
a gente levar em conta que trata-se de uma categoria que tem
estabilidade no emprego e por isso não corre o risco de perder o emprego
ao voltar à sala de aula. Vê que é um absurdo ainda maior. Felizmente
me antecipei a isso e ao completar meu terceiro mandato no sindicato dos
vidreiros, saí por decisão pessoal entendendo que sindicalista não é
profissão. É boa questão a ser levada ao debate no movimento sindical
para renovar seus estatutos
A mudança e alternância de poder
são fundamentais, uma vez que o sindicato deve ser um local de luta,
aprendizado e de oportunidades para que surjam novas lideranças.
Em 12/10/2015 o comp@nheiro Ricardo Victal De Lima postou no facebook grupo Professores unidos :
ResponderExcluirA ideia de alguns é a seguinte. O sindicato é um espaço burguês que deve ser instrumentalizado, usado, para combater o capitalismo. Daí que para esses os fins justificam o meios! Tudo pelo poder. É triste o apego aos cargos e a falta de alternância no poder.
O sindicato que poderia ser um espaço de formação de: a) lideranças; b) alternância no poder; c) aprendizado e d) lutas; fica sempre com as mesmas figuras no poder.
A reeleição não deveria existir e pessoas que encerraram seus mandatos deveriam ir para a sala de aula. Não deveriam assumir nenhum outro cargo de direção no SEPE ou emprego vinculado ao sindicato.
Mas infelizmente Isso não acontece. Muitos que se dizem democráticos são ditadores disfarçados que estão nos sindicatos e fizeram disso uma carreira profissional e estão contaminados por uma doença burocrática chamada CARREIRISMO SINDICAL. Imaginem se determinadas pessoas dessas tivessem maior poder politico? Certamente seriam ditadores!
Alguns criticam e condenam a ditadura militar, que deve ser condenada e criticada mesmo, entretanto se estas figuras, tristemente apegadas aos cargos sindicais, estivessem no poder também seriam ditadores burocratas de extrema esquerda iguais ou piores ainda do que os horríveis ditadores de direita!
Para MUDAR o SEPE só trocando esse aparelhamento partidário que está aí a décadas por um Sepe Classista é necessário que ao invés de reclamarem virtualmente nas redes sociais, se filiem e formem chapas da base da categoria (e que sejam várias) caso contrário NADA mudará. E saibam que não é fácil, pois cada chapa deverá ter no mínimo secenta (60) filiados. Na última eleição foi um parto a formação de uma única chapa de oposição ( Chapa Quente), pois encontramos muitos obstáculos das elementos das eternas chapas que estavam e estão diretores, pois se perpetuam no sindicato. Conseguimos emplacar quatro membros no Sepe Central, um na coordenação geral e outros três em direções do Sepe Central, e em algumas regionais do Sepe também, mas de forma minoritária, o que é muito pouco, portanto incapaz de realizar as mudanças necessárias.
ResponderExcluir#NÃOasCentraisSindicaisnoSEPE
Por isso se faz necessário adequarmos o que Kennedy disse pra nação :
"Não pergunte o que o Sepe pode fazer por você, e sim que o que vc pode fazer pelo Sepe".
Mais em: http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2017/03/congresso-do-sepe-chegando-filiem-se.html