> Profª. Sandra Borges : As manchetes de jornais começam a minimizar os efeitos do arrocho querendo que a gente acredite que houve vitórias para os servidores com o plano de massacre.
Política é realmente um jogo de morde e assopra. Agora eles querem nos convencer que saímos ganhando, mas uma parte dos objetivos foram alcançados com êxito. Não tivemos os reajustes garantidos em nossa constituição. Vão aumentar a alíquota de contribuição arrochando mais ainda nossos parcos salários. A precarização nunca esteve neste nível tão exorbitante. As maracutaias continuam e as almas do outro mundo precisam se manter no poder. E talvez continuem. Sangrando o trabalhador que não encontra neste modelo perverso muita alternativa, pois precisa sobreviver e ainda não reconhece sua força e capacidade para mudar tudo isso. Neste jogo cruel, não temos como dizer que houve alguma vitória. Não conseguimos fazer valer nossos direitos conquistados com luta e massacre. Estamos longe do Brasil que queremos e esticaram a estrada das conquistas. Voltamos muitas casas neste jogo e os bandidos ainda estão no poder. Não tenho certeza se isso vai servir de lição para as próximas eleições. Mas a luta continua! Ela é necessária e indispensável. A Educação tem um papel fundamental neste país. Acredito que seja o caminho, a longo prazo, para reverter esta situação caótica. Tenho certeza que matam muitas flores, mas nunca conseguirão matar o jardim inteiro! Tenho confiança e acredito no poder do conhecimento como mecanismo de transformação e libertação. Tenho orgulho dos meus companheiros de luta, que mesmo cansados, não deixam de se indignar e se abater. Estamos na luta e só vamos sair quando não houver motivos para lutar! Não adianta querer nos enganar!!!
Dá repulsa ler nos jornais que o servidores foram poupados do plano de roubalheira fiscal no RJ.
> Tiago Paz publicou no facebook em 6 de junho às 21:34 :
Boa noite!
Vergonha dessa nota ( ver a seguir) do SEPE que comemora a vitória do governo contra os trabalhadores. Não existe nada pra ser comemorado, o PMDB roubou, matou e destruiu, porém coloca a conta da crise nas costas dos seus servidores e da população que necessita dos seus serviços.
As táticas precisam ser modificadas e algumas peças dessa atual (de sempre) direção do SEPE precisam sair do palanque e analisar com honestidade o seu papel dentro do sindicato, pois atualmente estão desconstruindo, desmobilizando e facilitando muito os ataques do governo contra os seus servidores.
Eu lutei muito para chegar onde cheguei, nada foi fácil na minha vida, contrariei todas as estatísticas, fui o primeiro da minha família aqui no Rio a concluir o Ensino Médio, chegar na faculdade foi algo absurdo numa época que pra filho de pobre isso não era opção, mas sim sonho. Quando amigos estavam curtindo eu estava devorando livros e apostilas, acordei cedo para fazer estágios, por várias vezes tive a minha marmita revirada por abordagens erradas de PMS que não acreditavam que eu estava indo para o Alemão trabalhar, ouvi de familiares que eu era um merda por ser professor e mesmo com tantos obstáculos me formei, passei em dois concursos públicos, virei coordenador de área na Vila Olímpica que me abriu as portas para um estágio e hoje além de alguns bens materiais, construí uma linda família e venho ajudando uma molecada a sonhar e não ver como impossível os seus sonhos.
Essa realidade de sacrifícios e perrengues não é de exclusividade minha, muitos companheiros passaram coisas até piores do que eu, mas estão lá pontualmente trabalhando e dando o seu melhor em sala de aula, porém está muito complicado para nós, os ataques são intensos e o apoio está cada vez menor.
A educação pública estadual do Rio de Janeiro corre um sério risco de acabar, pois esse é o plano da quadrilha organizada por Cabral, Pezão e Picciani, os filhos deles não precisam da rede pública de ensino, por isso na mente deles o filho de pobre tem mais é que se foder mesmo, com escolas sem porteiros, turmas sem professores de diversas matérias, fechamento de turnos e escolas, cancelamento de matrículas sem nenhuma explicação e o sucateamento de salas, laboratórios, quadras e da escola pública como um todo.
Peço que reflitam sobre o que foi exposto aqui, tanto colegas de profissão (por mim está mais do que na hora de conversamos sobre greve, mudanças de estratégias e posturas e até mudanças na direção do sindicato) que não receberam a carreira pública como promoção de raspadinha, alunos que acham coisa de otário pensar sobre o que anda acontecendo com a escola pública e os pais de alunos da rede pública de ensino que não se preocupam com o quadro precarizado da educação e ainda não pararam pra pensar que se os professores largarem isso tudo, eles terão que importar o Professor Girafales ou escolher entre o Professor Raimundo ou o ex Professor Gugu da fraca escolinha do Gugu.
Um abração e até mais!
Obs.:
A nota do Sepe a qual o comp@nheiro fez menção é :
Alerj aprovou a convocação de concursados e manteve triênios, licenças prêmios e bonificações
O Sepe esteve hoje (06) na Alerj, em conjunto com o Muspe, em mais um dia de luta:
A Alerj aprovou hoje (06) o projeto de lei que autoriza o governo a aderir ao termo de recuperação fiscal do governo Temer.
Graças à nossa pressão, foi garantido no projeto a convocação de todos os servidores aprovados em concursos públicos homologados antes de junho de 2016, além da manutenção de direitos adquiridos como triênios, licenças e bonificações.
Foram 50 votos favoráveis e nove contrários.
Com isso, o projeto vai para a sanção de Pezão.
Temos que ficar atentos ainda esta semana, pois poderá entrar em pauta o projeto que congela o adicional por tempo de serviço.
Graças à nossa pressão, foi garantido no projeto a convocação de todos os servidores aprovados em concursos públicos homologados antes de junho de 2016, além da manutenção de direitos adquiridos como triênios, licenças e bonificações.
Foram 50 votos favoráveis e nove contrários.
Com isso, o projeto vai para a sanção de Pezão.
Temos que ficar atentos ainda esta semana, pois poderá entrar em pauta o projeto que congela o adicional por tempo de serviço.
Comentários pertinentes a postagem do Tiago Paz :
- Ana De Amorim Quintanilha : Não dá para comemorar com certeza. Mas é preciso mostrar para a categoria que temos que lutar e continuar impedindo mais ataques.
- Tiago Paz : Sim, mas no cenário que parte da direção desmobiliza a categoria, é cada vez mais complicado lutar. Infelizmente muitos estão acuados e é preciso uma grande mudança para reconquistar uma imensa parcela da base.
- Eu : " Lutar contra esse(s) DESgoverno(s) Opressor(es) não é opção é obrigação"
- Omar Costa -
Cabe lembrar que esse DESgoverno Quebrou o Rio Prev.
