Será que Ficaremos Para Trás?

Eu e mais dezenas de Professores Punidos pelo DESgoverno Pezão, em razão da Greve de 2014 ( de 12/05 a 27/06 ) até esse  momento FICAMOS PARA TRÁS , pois muitos de nós foram obrigados a mudar de escola(s) logo após a Copa ( no retorno do recesso do meio de ano ), em pleno mês de julho, o que alterou o cotidiano e a vida desses profissionais, haja visto as novas escolas serem distantes, horários diversos e nem sempre compatíveis com os de compromissos em outras redes de ensino, além do que TODOS perderam a antiguidade.

Os fatores que contribuíram para a queda do histórico slogan, a meu ver foram :

    A falta da participação da grande maioria da categoria na Greve ( que ocorreu única e exclusivamente pela intolerância e prepotência de um governo que se negou a negociar seriamente com a categoria a  pauta de reivindicações, cujas propostas foram aprovadas em assembleia democrática, pelos Servidores que participaram ).

Obs.:  Tenho ouvido ao longo desses anos, de  muitos desses que não participam das assembleias, atos e  que deixam de se inteirarem do que o sindicato trata, por não se sentirem representados pelo mesmo, seja por falta de presença eventual nas escolas, seja pelo aparelhamento partidário do mesmo, e por aí vai.

    Outro fator foi que muitos diretores não trabalharam a mobilização na rede estadual. De forma explicita  priorizaram trabalharem pelas  redes municipais. Teve diretor de núcleo que além de não trabalhar pela mobilização, trabalhou para desmobilizar, e entre esses teve um  que postou no facebook ( depois deletou a postagem, mas já era tarde, pois foi devidamente copiada ) :  na próxima assembleia temos que acabar com essa ‘putaria’, se referindo evidentemente à Greve em vigência. Fato VERGONHOSO para um diretor  do sindicato, pois cabe a ele cumprir o que foi aprovado em assembleia. Afinal é a categoria que deve ditar o rumo do sindicato, e não à direção. Esse e outros diretores da rede estadual, será que foram PUNIDOS?

       O governo  do alto de sua arrogância e poder sobre o TJ, com maioria na AleRJ, cumplicidade com o ministro Fux do STF, principalmente tendo pela frente uma categoria DESunida, e uma direção sindical sem a confiança da categoria, deitou e rolou.

Acabamos 2014 PUNIDOS, e pior , a categoria da educação e as demais, cientes do ocorrido. Por isso será muito difícil , mas necessário construir de fato “ Um  Movimento Único dos Servidores Estaduais” com vista a enfrentar as imposições que virão. O governo foi hábil, capaz , eficiente  e deu um recado : Não façam Greve, senão serão PUNIDOS.


Cada vez mais tenho consciência de que estamos ferrados, pois a  direção tem de forma desesperadora procurado a Seeduc para que as punições sejam anuladas , uma vez que de forma ditatorial Acaba com  o Direito do Servidor Lutar por seus pleitos, e estar também contrariando o Decreto nº 44.877 de 15/07/14,  onde o governador Pezão anula toda e qualquer punição ao Servidor que fora PUNIDO pela Greve, mas a Seeduc tem se mantido irredutível em Obedecer o Decreto do seu superior, o governador.  Estranho???

Por outro lado os deputados amiguinhos da direção do sindicato e que sempre se disseram preocupados com a educação e solidários à categoria, de concreto nada fizeram. Na minha opinião se quisessem realmente agir, se reuniriam e teriam partido para o Palácio Guanabara e cobrariam do governador o cumprimento do Decreto em sua integra. Ou será o Decreto um novo A.I.5 disfarçado???


Em 22/12/14 ,
servidores e direção do sindicato forçaram uma audiência na Seeduc, mais uma vez foram ignorados e não recebidos pelo novo secretário , pois os representantes do governo afirmaram que não poderiam receber a direção do Sepe naquela data, mas disseram que será marcada uma audiência em janeiro assim que o novo secretário, Antonio Neto, assumir a pasta.
A direção do  Sepe afirma que vai continuar a lutar pelos direitos dos profissionais de educação das escolas estaduais e exigir o cumprimento do direito de greve e do direito à Antiguidade, pois  Greve é um direito. 

E lutar por reivindicações para uma escola de qualidade e valorizada não é crime!