domingo, 17 de abril de 2016

Demagogia do Secretário de Educação Estadual do RJ.

Demagogia Educacional da Seeduc / DESgoverno estadual do RJ.

O secretario estadual de educação, prof. Antônio Neto tem dito em seus pronunciamentos sobre a GREVE dos professores da rede estadual que sua maior preocupação é com o prejuízo educacional dos alunos, mas isso não é verdade, ‘ele mente’, pois os alunos já vem sendo prejudicados a muito anos, como:
- pela eterna carência de docentes de Física, Química, Matemática, etc...na grande maioria das turmas / escolas do ensino médio regular;
- por uma grade curricular fraquíssima se comparada com a de boas escolas privadas;
- por um currículo mínimo, que deveria ser pleno;
- por avaliações como saerjinhos / saerj que na verdade não servem de referência para o ENEM, devido as suas fragilidades;
- a grande maioria das escolas apresentam necessidades estruturais para que possam permitir condições satisfatórias à aprendizagem dos alunos;
- etc...

Pelo exposto se conclui que é pura demagogia o discurso de preocupação com relação aos alunos devido a GREVE. Na verdade o que mais preocupa o secretário é a exposição das deficiências e fragilidade das escolas estaduais expostas pelas OCUPAÇÕES dos alunos conscientes que perceberam essa FARSA.

O secretário Antônio Neto embora seja por formação professor de Sociologia da rede estadual, foi picado pela mosca azul do poder governamental estadual, e não atua para realizar as necessidades da categoria, como :
- cumprir a Lei de 1/3 para atividades extra classes para os docentes de 16h e 40h semanais;
- nenhuma disciplina com menos de dois (2)tempos de aulas semanais, como são o caso de Sociologia, Filosofia e Língua estrangeira;
- atender o pleito da categoria de cada matricula uma escola;
- repor as perdas inflacionárias já que a categoria permanece com o mesmo salário de 2014, pois foi 0% em 2015;
- reajustar os valores dos dois (2) auxílios VERGONHOSOS que recebemos e que NUNCA foram reajustados, isso desde a sua criação ( anterior a 2014), que são o de alimentação de R$160,00/ mês e de transporte na faixa de R$100,00/mês , que devido aos seus ridículos valores são mais conhecidos respectivamente como auxílios coxinha e carroça.

Logo é de fácil entendimento que o secretário não luta pela valorização da docência estadual, de forma torná-la atrativa, na verdade contribui para a eterna carência de professores concursados e aprovados, mas facilitando a contratação temporária de professores não concursados  de forma a atender os interesses de políticos. Essa falta de atratividade  na docência básica estadual se traduz hoje a um piso salarial de um docente do ensino médio de 16h / semanais de irrisórios R$1.179,35 ( valor bruto) e nenhum benefício decente ( significativo) , a não ser os dois auxílios vergonhosos citados anteriormente.

Cabe ressaltar ainda que o governo estadual ‘NUNCA’ repassou aos docentes a parte que nos cabe do FUNDEB, i.e., 60% do FUNDEB deveria ser distribuído aos docentes em seus contra cheques como parte da valorização da docência.


Finalizando, o governo/Seeduc  na verdade não está preocupado com a GREVE dos professores, pois os filhos, netos, sobrinhos desses senhores e amigos não estudam nas escolas públicas estaduais/municipais. 

Estão preocupados são com as OCUPAÇÕES das escolas, onde estão sendo expostos os descasos, as precarizações das mesmas com o objetivo claro de sucateá-las e entregar as gestões às organizações sociais (O.Ss) de seus amigos empresários que manipularão a seu bel prazer a verba pública destinada a educação, como estão fazendo na área da saúde municipal do RJ, onde o caos é visível e casos como a apropriação da verba de R$48.000.000,00 foi noticiada recentemente por gestores sem fins lucrativos. Imagine se tivesse fim lucrativo!



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Posteriormente à postagem acima, tomei conhecimento da seguinte matéria :


16/04/2016 06h24 - Atualizado em 16/04/2016 06h26

Ocupação de escolas é legítima, diz secretário de educação do RJ

Antonio Neto reconhece problemas de infraestrutura em 50 colégios.
Titular da Seeduc, no entanto, diz temer politização do movimento.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio

Alunos cuidam da limpeza da Escola Estadual Prefeito Mendes de Moraes na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro. A escola está ocupada pelos estudantes desde o dia 21 de março por melhorias no sistema de ensino e mais verbas  (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)Alunos cuidam da limpeza da Escola Estadual Prefeito Mendes de Moraes na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro. A escola está ocupada pelos estudantes desde o dia 21 de março por melhorias no sistema de ensino e mais verbas (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
O secretário estadual de educação do Rio, Antonio José Vieira Neto, afirmou ao G1 que considera legítimo o movimento de estudantes que já ocuparam 40 escolas em todo o estado. Ele disse, no entanto, temer que os interesses do movimento sucumbam a uma "política de enfrentamento" contra o Governo e pediu diálogo.
"Todo movimento de jovens, de estudantes, é sempre legítimo. Se o jovem se propõe a colocar uma questão, ele tem legitimidade nisso. Até porque me alinho com os jovens quando fazem crítica ao modelo do Ensino Médio. Eu trabalho na criação de uma base nacional comum de um novo Ensino Médio que dê ao jovem a centralidade da escola. Isto é um valor enorme", defendeu.
A entrevista exclusiva foi concedida após uma audiência pública no Ministério Público do Rio, na sexta (15), sobre a superlotação de unidades de internação para menores infratores.
Antonio José Vieira Neto, secretário estadual de educação do RJ (Foto: Reprodução/ TV Globo)Antonio José Vieira Neto, secretário estadual de
educação do RJ (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Em relação às reivindicações, Neto garante que ao menos uma delas é "ponto pacífico": a eleição para diretores nas escolas. O secretário reconhece, porém, problemas de infraestrutura nos colégios, que levaram os funcionários da educação a entrarem em greve no início de março. Segundo ele, em sua gestão, o número de escolas em "péssimo estado" estrutural caiu de 200 para 50.
"O cenário era muito ruim. Para avançar, a gente precisa de mais investimento e estamos vivendo dificuldades. Pedimos desculpas públicas a sociedade por isso. Mas a gestão pedagógica não parou. Tem recurso para manutenção, para merenda e para transporte, que são o coração da educação", diz.
A partir de segunda-feira (18), Neto disse que vai pôr em prática um cronograma de visitas para encontrar pais, alunos e professores dos colégios ocupados.
Cartaz é visto na grade do Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado, na zona sul do Rio de Janeiro. A escola está ocupada por estudantes (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)Cartaz na grade do Colégio Estadual Amaro
Cavalcanti, no Largo do Machado, na zona sul
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
O titular da Secretaria de Educação (Seeduc) diz que alguns líderes foram demovidos da ocupação por ele, mas que acabaram sendo convencidos a permanecer no local por diretórios acadêmicos de universidades e outras associações.
"O risco que estamos vendo é ver esse movimento submergir numa discussão que é política de enfrentamento. É real, é claro: o jovem milita. Mas se o movimento político contra um governo for colocado como carro de frente vai dificultar a discussão qualitativa. Eu quero propôr a mudança necessária", disse.
Neto garantiu ainda que a secretaria de educação jamais admitiu a entrada de policiais nos colégios ocupados e que a reintegração de posse, determinada pela Justiça, não seria executada por militares. "Temos a determinação de que a polícia fique longe das unidades".

Fonte : 
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/04/ocupacao-de-escolas-e-legitima-diz-secretario-de-educacao-do-rj.html
















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