domingo, 11 de setembro de 2016

O Baixo Rendimento do Ensino Básico do RJ no IDEB.


Rio, 08/09/16.
Comentei nas redes sociais: Sobre o Baixo Rendimento do Ensino Médio no IDEB.

A Verdade é que os DESgovernos Não se Importam com a Educação Básica Pública, principalmente nas redes estaduais / municipais.
Como todos sabem não se começa uma construção pela parte superior, e sim pela base. Logo é importante que os DESgovernos municipais propiciem educação infantil e fundamental de qualidade, assim como os estados ao ensino médio. E isso passa por valorizar a docência, mas infelizmente isso não ocorre, e como se não bastasse anualmente os profissionais da educação são obrigados a entrarem em Greves para exigirem valorização salarial, cumprimento dos DEVERES que os governantes se negam a realizarem. Aqui no estado do RJ não é diferente, estivemos em greve por 146 dias, desde 02/03/16 até 26/07/16, e ainda continuamos com o mesmo salário desde julho/2014, e o governo não cumpre a Lei de 1/3 para Atividades Extra-Classes em vigor desde 2008, nunca repassou aos docentes a parcela que nos cabe do FUNDEB, não cumpre a Lei da Data Base (mês de maio) para repor as perdas salariais com vista a manter o poder de compra dos Servidores, etc...

O DESgoverno do RJ esperava o quê?


O baixo rendimento do Rio de Janeiro no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2015 pode ter surpreendido a sociedade, mas não os…
CONEXAOJORNALISMO.COM.BR


O baixo rendimento do Rio de Janeiro no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2015 pode ter surpreendido a sociedade, mas não os professores. E a situação é das mais graves. Afinal, o estado não atingiu as metas estipuladas pelo Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em nenhum dos níveis analisados.




Escolas sem infraestrutura de ensino, em condições precárias, violência, alunos despreparados e professores mal remunerados formam uma equação difícil de se imaginar bons resultados.

De acordo com os resultados obtidos em 2015, os estudantes fluminenses da 4ª série do ensino fundamental obtiveram média 5,5, ficando um décimo abaixo da meta de 5,6. Já os alunos da 8ª série atingiram 4,4, o que representa meio ponto a menos que o resultado esperado, que era de 4,9.

Outra comprovação que vai além dos números é que, embora baixos, os indicadores revelam que a situação escolar no Estado do Rio piorou no último ciclo analisado: além de não ter atingido a meta estabelecida, que era de 4,2, a nota 4,0 obtida mostra que não houve evolução desde o exame anterior, feito em 2013.

Para o professor Omar Costa, colaborador de Conexão Jornalismo, o baixo rendimento do ensino Médio no IDEB deve-se ao que chama de DESgovernos que se sucedem no Estado. "Não se Importam com a Educação Básica Pública, principalmente nas redes estaduais / municipais" - diz.

Leia seu texto:

Omar Costa:

"Como todos sabem não se começa uma construção pela parte superior, e sim pela base. Logo é importante que os DESgovernos municipais propiciem educação infantil e fundamental de qualidade, assim como os estados ao ensino médio. 

E isso passa por valorizar a docência, mas infelizmente isso não ocorre, e como se não bastasse anualmente os profissionais da educação são obrigados a entrar em Greve para exigir valorização salarial, cumprimento dos DEVERES que os governantes se negam a realizarem. 

No Estado do Rio de Janeiro não é diferente. Estivemos em greve por 146 dias, desde 02/03/16 até 26/07/16. Apesar disso continuamos com o mesmo salário desde julho/2014, e o governo não cumpre a Lei de 1/3 para Atividades Extra-Classes em vigor desde 2008. O Estado nunca repassou aos docentes a parcela que nos cabe do FUNDEB ou tampouco cumpre a Lei da Data Base (mês de maio) para repor as perdas salariais com vista a manter o poder de compra dos Servidores".
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- Prof. Omar Costa -

Fonte : http://www.conexaojornalismo.com.br/colunas/educacao/fraco-resultado-no-ideb-revela-mazela-do-ensino-publico-no-estado-do-rio-54-45022


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08/09/2016 20h38 - Atualizado em 08/09/2016 20h38

RJ fica abaixo da meta estipulada pelo





 

MEC em todos os níveis do Ideb


Pior resultado é do ensino médio, que se mantém sem avanço desde 2013.
Dos municípios da Região Metropolitana, capital ficou em primeiro lugar.



Alessandro FerreiraDo G1 Rio


Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2015, divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Ministério da Educação, mostram que o Rio de Janeiro não tem o que comemorar: o estado não atingiu as metas estipuladas pelo Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em nenhum dos níveis analisados.
Para piorar o panorama, os resultados também destacam que a evolução das notas a cada avaliação – um dos pilares do índice, criado para facilitar o monitoramento do sistema educacional brasileiro - diminui à medida que os estudantes mudam de série.

Na 4ª série, a evolução em relação a 2013 foi de 0,3 ponto, suficiente para manter o estado na oitava colocação entre todas as unidades da federação – São Paulo encabeça a lista, com média 6,4. Já os alunos da 8ª série melhoraram a média em apenas um décimo, fazendo o Rio cair da quinta para a sétima posição na tabela nacional, que tem Santa Catarina na liderança, graças à média de 5,1.
De acordo com os resultados obtidos em 2015, os estudantes fluminenses da 4ª série do ensino fundamental obtiveram média 5,5, ficando um décimo abaixo da meta de 5,6. Já os alunos da 8ª série atingiram 4,4, o que representa meio ponto a menos que o resultado esperado, que era de 4,9.
Mas é o desempenho dos estudantes do ensino médio que mais preocupa: além de não ter atingido a meta estabelecida, que era de 4,2, a nota 4,0 obtida mostra que não houve evolução desde o exame anterior, feito em 2013.

Por fim, no terceiro ano do ensino médio, em que não houve avanço em relação a 2013, o estado permanece na segunda colocação do ranking, com a mesma média 4,0 de Distrito Federal, Espírito Santo e Pernambuco – com a ressalva de que o estado do Nordeste foi um dos dois que alcançaram a meta fixada para este segmento: além de Pernambuco, o Amazonas atingiu a meta.
Apesar dos índices, o secretário Estadual de Educação Wagner Victer avaliou a posição do Rio de Janeiro como positiva em relação a outros estados.
“O Rio desde 2009 foi o segundo estado da federação no ensino médio que mais cresceu na avaliação. Manter o 3,6 do ponto de vista relativo em relação a outros estados acaba sendo uma posição boa porque é a quarta maior nota do Brasil e o quinto do ranking. Mesmo com a crise nós conseguimos manter a nota, coisa que outros estados não conseguiram. Isso não quer dizer que não tenha que se avançar mais, tem que avançar mais”, disse o secretário.

Ensino fundamental
A capital fluminense ficou em primeiro lugar no ranking estadual no primeiro segmento de avaliação, até o quinto ano do ensino fundamental, com nota 5,6. Já do sexto ao nono ano, ficou em segundo, com nota 4,3. Desde 2011 a nota do Rio nesse segmento não sobre. E caiu um décimo da última pesquisa, em 2013, para 2015.
“Nós temos trabalhado insistentemente para a escola rever os seus modelos de avaliação do aluno. Nossos alunos em termos de aprendizado chegaram a nota de 5,1, portanto nó0s passamos da meta, então em termos de aprendizado nossas escolas deram bom resultado, mas quando você tem a cultura da reprovação na escola isso interfere, então são dois parâmetros: você aprende, mas você por outro lado é reprovado, isso é um mecanismo que nós temos que lidar com isso com as escolas”, avaliou a secretária municipal de educação Helena Bomení. .
Fonte : Veja o vídeo acessando o link abaixo:

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/09/rj-fica-abaixo-da-meta-estipulada-pelo-mec-em-todos-os-niveis-do-ideb.html


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Ideb: o ensino médio, que já era ruim, conseguiu piorar

Mapa do ensino divulgado pelo MEC é um sinal inequívoco de que é preciso repensar o modelo brasileiro

Nos países que primam pela excelência, os anos finais do ciclo escolar consolidam o conhecimento acumulado ao longo do trajeto e mais: preparam os estudantes para se tornar gente pensante, produtiva, inovadora. Oferecer um bom ensino médio é, portanto, crucial para pavimentar o caminho do jovem, seja para a vida acadêmica ou qualquer ofício que lhe dê bom rumo na vida. Essa é a história contada do ponto de vista do ideal. A realidade no Brasil é muito mais árida, como mostra o novo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgado nesta quinta-feira.

LEIA MAIS:
Que país é esse?
Um dado apenas já dá o tom da catástrofe: a matemática no ensino médio obteve o pior resultado desde 2005. Não avançou um décimo. Ao contrário, retrocedeu. Na última avaliação, referente a 2013, apenas 9% dos alunos apresentavam aprendizado considerado adequado na disciplina, número que junta as escolas públicas às privadas. Segundo os números de hoje, o porcentual é menor, entre 8% e 9%. Em 1999, eram mais: 12%. Já em português, houve leve melhora, considerada insignificante do ponto de vista estatístico. Vista ao longo do tempo, inclusive, a média caiu: em 2009 chegou a ser melhor.
Não resta dúvida de que há algo de muito errado no ensino como um todo – afinal, o adolescente que chega ao nível médio vem, em geral, com base fraca para enfrentar os novos desafios intelectuais que se apresentam. Também não há dúvida de que este modelo de ensino médio, uma “jabuticaba brasileira”, é um grande equívoco. “O Brasil precisa fazer uma mudança radical aí, e já”, afirma Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna. “O retrocesso em matemática significa uma queda no preparo dos alunos para o século XXI, em que as matérias de exatas são fundamentais para inserir o estudante no mundo”, reforça Priscila Cruz, diretora da ONG Todos pela Educação.
O ensino médio brasileiro é o menos flexível do mundo. Todos os alunos seguem o mesmíssimo enfadonho roteiro, independentemente de suas aptidões e interesses. O problema começa com a engessada e volumosa grade de matérias: são treze disciplinas obrigatórias, espremidas em um turno de quatro horas de aula. Na prática, já se mediu, contando-se toda a perda de tempo na escola, a jornada de estudos não passa de duas horas e meia, em média, no Brasil. Em alguns países, o aluno tem mais liberdade para escolher as matérias; noutros, pode optar entre tipos de escola diferentes, das mais acadêmicas às mais técnicas.
Os outros dois níveis testados pelo MEC foram o quinto e o nono ano do ensino fundamental. Os mais novos tiveram avanço. Aumentaram 12 pontos a proficiência em língua portuguesa e oito em matemática. Parte do progresso está ligado ao programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que ensina a criança a ler e a escrever até os oito anos. Presidente do Instituto Alfa e Beto, o especialista João Batista Oliveira faz uma ponderação: “Nas séries iniciais fatores externos ao ensino, como melhoria de renda e de escolaridade dos pais, pesam mais. Não é conclusivo, portanto, dizer que houve um avanço no ensino propriamente.” E completa: “Se estivéssemos diante de uma melhora relevante na sala de aula, isso se refletiria também nas outras séries.” De fato, o segundo ciclo do ensino fundamental, antigo ginásio, segue avançando, mas em ritmo lento.
Quanto ao ensino médio, já em 1950 o sistema daqui espantou o prêmio Nobel de Física Richard Feynman (1918-1988), em viagem ao Brasil. Em nenhuma outra parte Feynman vira tanta matéria e tão pouco aprendizado – “um paradoxo fadado ao fracasso”, concluiu. Passou da hora de mudar. A boa notícia é que o atual ministro, Mendonça Filho, trabalha por isso no Congresso, onde tramita um projeto de lei flexibilizando o atual modelo. “Urge a reforma do ensino médio. Não se pode ficar passivo aguardando o ano letivo do próximo ano”, diz o ministro. É preciso vencer a resistência de corporações que preferem deixar tudo como está. Que não seja preciso esperar mais décadas e mais resultados ruins para fazer o que parece óbvio.  










Fonte : http://veja.abril.com.br/educacao/ideb-o-ensino-medio-que-ja-era-ruim-conseguiu-piorar/


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No Brasil, 1 a cada 5 alunos do 3º ano não está alfabetizado

Karina Yamamoto
Do UOL, em São Paulo

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Ao menos um a cada cinco estudantes no 3º ano do ensino fundamental da escola pública não atinge níveis mínimos de alfabetização em leitura, escrita e matemática. Esse número foi obtido com base nos dados da ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização), divulgados nesta quinta (17) pelo MEC (Ministério da Educação). A ANA é uma avaliação diagnóstica para o Pnaic (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa).
O MEC apresentou os resultados da ANA em percentuais por nível de proficiência (o quanto os alunos sabem): em leitura, 22,21% estão no nível 1 -- o que significa que 1 a cada 5 alunos não está no padrão mínimo. Na área de escrita, 34,46% deles estão nos níveis 1, 2 e 3 de escrita -- ou seja, 1 a cada 3 estudantes não atende o padrão mínimo. Já em matemática, o resultado é mais dramático: 57,07% estão nos níveis 1 e 2. 
Para se ter uma ideia, uma criança que esteja no nível 3 de escrita já consegue escrever uma frase, mas não alcança a produção de um texto. Em leitura, um aluno no nível 1 consegue ler as palavras, mas não compreende o texto. No caso de matemática, o aluno abaixo do nível 4 não fazer contas com números de três algarismos, como 345 + 220.

Parâmetro dos professores

No programa de formação dos professores do Pnaic, os parâmetros são mais modestos -- apesar de a meta ser a excelência, com o nível 4.
Dentro do Pnaic, o aluno que estiver no nível 2 de leitura e de matemática e no nível 3 de escrita são considerados alfabetizados. Esse é o parâmetro utilizado no trabalho de formação dos professores das escolas públicas, segundo a coordenadora da formação de professores do Pnaic em Pernambuco, a professora Telma Ferraz Leal da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e o coordenador no Paraná, Emerson Rolkouski, da UFPR (Universidade Federal do Paraná). 
"Quando se fala em alfabetização, há várias formas de conceber [esse conceito]", diz Telma. Ela explica que, por exemplo, no senso comum, um aluno está alfabetizado quando reconhece as letras e forma palavras -- o que estaria no nível 1 de leitura. No entanto, dentro do Pnaic, há uma concepção de que deve haver leitura e produção de textos num nível mais avançado.
O mesmo vale para matemática: o nível 2 é considerado suficiente. Mas os professores são formados para atingir o nível 4, conta Emerson. "O percentual no nível 4 representa uma parcela que acertou as questões mais difíceis. Um aluno que chegue ao nível 4 é excepcional", diz o professor da UFPR.
A ANA foi aplicada a todos os alunos do 3º ano do ensino fundamental -- ano que finaliza o ciclo de alfabetização nos padrões do governo. O aluno dessa etapa teria oito anos, se não teve reprovação ou não deixou os estudos. Os resultados divulgados nesta quinta são de avaliações aplicadas em 2014 e o MEC cancelou a avaliação de 2015. Segundo a pasta, o cancelamento se deu por motivos pedagógicos. E especialistas chamaram a atenção para certo abandono do Pnaic.
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Escola de qualidade para todos: conheça os desafios da educação brasileira12 fotos

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POUCOS NO ENSINO SUPERIOR - Apenas 11,27% da população brasileira com 25 anos ou mais tem o ensino superior completo, segundo o Censo de 2010. A pesquisa do IBGE mostrou também entre os jovens de 15 a 24 anos, 31,1% da população branca frequentava a universidade. Os índices são menores quando consideradas as populações de pardos e pretos, 13,4% e 12,8%, respectivamenteVEJA MAIS >Imagem: Leandro Moraes/UOL





O comp@nheiro, Prof. Luiz Carlos comentou : O IDEB É UMA FRAUDE.
Toda vez que Estados e Municípios comemoram os resultados do IDEB ( Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) tem que se desconfiar, pois o mesmo não avalia a qualidade da educação do Brasil ou o aprendizado do aluno. Um dos seus critério de avaliação leva em conta taxa de rendimento escolar (aprovação), a maioria dos Estados e municípios adota aprovação automática da 1º a 5º ano do ensino fundamental. Em alguns casos como o Estado do Rio de Janeiro tem se imposto a meta de porcentagem de alunos a serem reprovados, em muitas escolas não se pode reprovar nem 3% dos alunos da escola, mesmo que 50% sejam analfabetos.
A prova Brasil tem sido a principal "prova" dessa fraude, pois somente 9,3% dos alunos do ensino médio dominam plenamente operações matemáticas e 27,2% dominam plenamente leitura e escrita (língua portuguesa). Se observarmos esses números nos anos iniciais do ensino fundamental (1º a 5º ano) os números são mais altos 39,5% com aprendizado adequado em matemática e 45,1% com aprendizado em língua portuguesa. Se comparado os anos iniciais com os anos do ensino média, se comprova uma queda no nível de aprendizado do aluno quando o correto deveria ser crescimento. Lembrando que nos anos iniciais se adota a aprovação automática, o aluno é aprovado sabendo ou não ler escrever.
Os Estados e Municípios não tem interesse na qualidade da educação para eles o mais interessante é maquiar números, mesmo que seja prejudicial ao aluno, para disfarça sua total omissão com a educação pública como falta de estrutural material ( Material didático e de higiene, estrutura predial em péssimo estado), humana ( faltam professores e funcionários), e passar a imagem de estarem investido em educação quando na verdade não estão. Outro fator é a falta de autonomia pedagógica dos professores que ficam subjugados ao um projeto de metas que nunca se importou em beneficiar o aluno. OS RESULTADOS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL NÃO PASSAM DE UMA GRANDE FRAUDE.


Fonte : http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/09/17/pnaic-1-a-cada-5-alunos-de-8-anos-nao-esta-alfabetizado.htm?cmpid=fb-uolnot



Mais sobre o IDEB em :

> http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2014/12/tudo-pelas-aprovacoes-na-seeduc.html

>  http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2014/10/milagres-estatisticos-na-educacao-do-rj.html

> http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2015/01/o-ensino-publico-no-brasil-ruim.html


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Rio, 06/12/16



Maioria dos alunos brasileiros não sabe fazer conta nem entende o que lê

Bruna Souza Cruz e Ana Carla Bermúdez
Do UOL, em São Paulo

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  • Fernando Moraes/Folhapress
Dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) 2015, divulgados nesta terça-feira (6), indicam que o desempenho dos estudantes brasileiros em matemática e ciências piorou em comparação aos dados de 2012. Quando o assunto é a capacidade de leitura, os resultados seguem preocupantes, já que a média não mudou desde então-- quando a pontuação já era considerada ruim.
Em matemática, de acordo com o relatório, 70,3% dos estudantes brasileiros ficaram abaixo do nível 2 de desempenho na avaliação --patamar mínimo estabelecido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) como necessário para que o estudante exerça plenamente sua cidadania. Na prática, os alunos não conseguem responder as questões da disciplina com clareza e não conseguem identificar ou executar procedimentos rotineiros de acordo com instruções diretas em situações claras. 

A média nacional nessa disciplina foi de 377 pontos, muito abaixo da média da OCDE (490). Para dar uma ideia, as regiões que tiveram as maiores médias foram Cingapura (564), Hong Kong --China (548) e Macau-- China (544). Em 2012, a média nacional na mesma disciplina foi de 389. Com isso, o país registrou recuo em seu desempenho.
Segundo a publicação, a habilidade em matemática é definida como a capacidade individual de formular, empregar e interpretar a matemática em uma série de contextos. Isso inclui o raciocínio matemático e o uso de conceitos, procedimentos, dados e ferramentas para descrever, explicar e prever fenômenos. Há seis níveis de proficiência na disciplina.

Metade dos alunos brasileiros continuam com dificuldades de interpretação

Os dados do Pisa 2015 também apontam que 51% dos estudantes não possuem o patamar que a OCDE estabelece como necessário para que se possa exercer plenamente sua cidadania, considerando sua capacidade de leitura. Eles não ultrapassaram o nível 2 dentro da escala de avaliação.
Com isso, é possível afirmar que os jovens brasileiros têm dificuldades em lidar com textos e documentos oficiais, como notas públicas e notícias. Além disso, têm problemas para interpretar informações e integrar contextos.
A pontuação do Brasil foi de 407, enquanto os países da OCDE tiveram uma média de 493. A média brasileira foi a mesma de três anos atrás, na última edição do Pisa.

Na outra ponta, os jovens brasileiros têm mais facilidade em lidar com textos pessoais, como e-mail, mensagens instantâneas, blogs, cartas pessoais e textos informativos. Eles também são bons em localizar e recuperar informação dentro de um texto quando necessário.
Com sua pontuação, o Brasil teve o desempenho inferior ao de regiões como Cingapura –que ficou em 1º lugar, com 535 pontos, Canadá (com 527) e Hong Kong (China, com 527).
O desempenho geral dos estudantes brasileiros em leitura está abaixo da média da OCDE desde o início das avaliações da disciplina, em 2000 --conforme mostra o gráfico acima.

Desempenho em ciências segue estagnado

Em ciências, quando são avaliadas a capacidade de lidar com conceitos, teorias, procedimentos e práticas associadas à investigação científica, o Brasil contabilizou média de 401 pontos, valor também inferior ao dos estudantes dos países membros da OCDE (493). Em relação ao Pisa anterior (2012), a média (402) não mostrou grande diferença. O país seguiu estagnado, já que a variação foi de apenas 1 ponto.

Ao comparar com a série histórica, nota-se que os brasileiros apresentaram um crescimento médio de 390 para 405 pontos entre os anos de 2006 e 2009. Mesmo assim, o desempenho dos alunos também já se mostrava ruim.
Dentro da escala de avaliação do ano passado, 56,6% dos jovens brasileiros tiveram desempenho abaixo do nível 2, ou seja, eles não são capazes, por exemplo, de identificar uma explicação científica, interpretar dados e identificar a questão abordada em um projeto experimental simples de complexidade mediana.

Escolas públicas federais ficam à frente das escolas particulares

Na separação dos resultados do Pisa 2015 por rede de ensino, a rede pública federal obteve o melhor desempenho, ficando alguns pontos à frente da média obtida pelos alunos de escolas particulares.

Na área de ciências, a média alcançada pelos alunos das escolas federais foi de 517 pontos, contra uma média de 487 pontos dos alunos de colégios particulares. Em leitura, os desempenhos médios foram de 528 e 493, respectivamente, para os mesmos casos. Já em matemática, enquanto a média obtida pelos alunos da rede de ensino particular foi de 463 pontos, os alunos da rede federal alcançam, em média, 488 pontos.

O desempenho dos alunos da rede pública federal também superou a média nacional em cada uma das três áreas avaliadas --401 pontos em ciências, 407 pontos em leitura e 377 pontos em matemática.

Escala de proficiência

O estudo de 2015 avaliou 23.141 alunos brasileiros (de 841 escolas), com idades entre 15 anos e 16 anos matriculados a partir do sétimo ano. O desempenho dos estudantes foi analisado com base em sete escalas, que vão de 6, a mais alta, até 1b, a mais baixa.

O que é o Pisa?

O Pisa busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade tanto de países membro da OCDE quanto de países parceiros. Ele é corrigido pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). O método é utilizado também na correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): quanto mais distante o resultado ficar da média estipulada, melhor (ou pior) será a nota.
A avaliação já foi aplicada nos anos de 2000, 2003, 2006, 2009 e 2012. A cada ano é dada uma ênfase para uma disciplina: neste ano, foi a vez de ciências.
Dentre os países membros da OCDE, estão Alemanha, Grécia, Chile, Coreia do Sul, México, Holanda e Polônia, dentre outros. Dentre os países parceiros, estão Argentina, Brasil, China, Peru, Qatar e Sérvia.
Fonte: 
http://educacao.uol.com.br/noticias/2016/12/06/maioria-dos-alunos-brasileiros-nao-sabe-fazer-conta-nem-entende-o-que-le.htm



Obs. : Sobre essa reportagem o comp@nheiro, Prof. Luiz Carlos comentou :


NÓS PROFESSORES SEMPRE AVISAMOS SOBRE ESSE PROBLEMA.
Nós professores sempre avisamos que os resultados do IDEB que afirmavam a qualidade do ensino público, e que mídia e o governo estadual propagam ao povo sempre foram falsos. As escolas públicas brasileiras são muito profundos. Esses problemas estão relacionados: salários baixos e defasados o que leva poucas pessoas a interessarem áreas ligadas a educação, o Brasil tem um deficit altíssimos de professores em muitas escolas faltam professores de áreas importantes como matemática, física, sociologia, Língua portuguesa; A má utilização verbas da educação que não são utilizadas de forma correta, que incluem verbas federais e estaduais muitas destas desviadas por prefeitos e governadores corruptos; as péssimas condições de trabalho que são impostas ao professor como a falta de material didático, para um trabalho de qualidade, a decadentes estrutura das escolas públicas, pois temos a inexistência de laboratórios informática, bibliotecas, quadras poli-esportivas e salas áudio visuais para uma melhor prática educacional. O que nos leva a questionar como avançaríamos na educação quando não temos estrutura em todos os aspectos.
A imposição de metas de aprovação (aprovação automática) de alunos sem condições para progredir nas séries seguintes, no Estado e nos municípios do Rio de Janeiro. Aos professores é imposto pelo Estado limitar em 30% de alunos a serem reprovados, em algumas escolas a meta é de 5% mesmo que os alunos não saibam ler e escrever, ou fazer operações de matemática. O Estado do Rio de Janeiro para alcançar o 4º lugar no IDEBl, valorizou quantitatividade e não qualitatividade, o que na prática foi fraudar resultados da educação pública do Estado.


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Mais em : 

Ensino brasileiro fica estagnado entre os piores do mundo, mostra Pisa

Aprendizado no país em leitura, matemática e ciência está na lanterna de 70 economias. 

http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/ensino-brasileiro-fica-estagnado-entre-os-piores-do-mundo-mostra-pisa-20595631

















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