quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Sobre Fechamento de Escolas, Turnos e/ou Turmas pela SEEDUC.




Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ), 

EDUCAÇÃO

Rio: Pezão e Cabral fecham 197 escolas entre 2010 e 2015

Dados constam em dossiê que será apresentado pelo deputado Flavio Serafini à Comissão 

de Educação da Alerj


Entre 2010 e 2015, nos governos Cabral e Pezão, o número de escolas foi reduzido de 1505 escolas para 1308 / Centro de Mídia Independente
A rede estadual de educação vem sofrendo um encolhimento no Rio de Janeiro. Entre
2010 e 2015, nos governos de Sérgio Cabral e de Luiz Fernando Pezão, o número de escolas foi reduzido de 1505 para 1308. Isso é o que mostra o Dossiê contra o processo 
de fechamento de escolas estaduais do Rio de Janeiro, que será apresentado essa semana pelo deputado Flávio Serafini (Psol) à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O Brasil de Fato teve acesso com exclusividade
aos dados.
As portas do Ciep Dona Maria Portugal, em Niterói, e do Ciep Marluci Salles de
Almeida, em São Gonçalo, foram fechadas. Na cidade de Trajano de Moraes, as escolas estaduais Dr. Elias e Maria Mendonça também tiveram suas atividades encerradas. No distrito de Papucaia (Cachoeiras de Macacu) haviam 3 escolas em funcionamento e agora só só há uma.
O Colégio João Rodrigues França, localizado em Natividade, no norte fluminense, passa
por esse drama atualmente. A escola construída em 1938 pode desaparecer em 2017. “Fomos comunicados, no dia 25 de outubro, que esta unidade escolar será fechada em
2017 por ordem da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC)”, denunciam os professores em uma carta enviada ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ).
Por se tratar de uma escola em horário noturno, a única da região, os docentes temem
que o fechamento afete os jovens da cidade. “Isso vai acarretar em prejuízo à educação
dos alunos. Alguns não continuarão seus estudos, pois trabalham em supermercados que fecham às 18h. Também tem aluna gestante, mãe de crianças pequenas e alunos que trabalham na agricultura, dificultando sua locomoção para outra escola”, afirmam, em
carta, os professores.
Salas de aula fechadas
O mesmo fenômeno acontece em relação ao número de matrículas escolares. Houve
redução em todos os graus de escolaridade, tanto no Ensino Fundamental (6º ao 9º),
quanto no Ensino Médio (1ª ao 3ª). No total foram cortadas 336 mil vagas, conforme
aponta o Dossiê contra o processo de fechamento de escolas.
Só o Ensino Fundamental perdeu 121 mil vagas. Em 2010 haviam 336 mil matrículas e
esse número caiu para 215 mil em 2015. No Ensino Médio a queda registrada foi de 49
mil vagas. Em 2010 eram 477 mil e em 2015 caíram para 427 mil matrículas. Os dados
são do Censo Escolar, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
No entanto, essa redução de escolas e matrículas contrasta com o aumento da população fluminense acima de 10 anos que cresceu nesse período, com quase 200 mil pessoas a
mais, de acordo com dados do IBGE de 2016.
Além disso, o governo do estado ameaça fechar mais turmas de alunos esse ano. Pelo menos 117 escolas serão afetadas com fechamentos de salas de aulas, segundo dados do dossiê.
Durante os últimos meses, integrantes do mandato de Flávio Serafini visitaram escolas
para verificar denúncias em várias cidades do estado. Segundo o deputado, o fechamento
de turmas e escolas foi feito de forma unilateral pelos governos do PMDB, sem consultar
a população, a comunidade escolar e nem mesmo aos parlamentares. “Não podemos naturalizar que o ajuste fiscal seja feito em cima da educação das nossas crianças. Esse caminho foi desenvolvido sem nenhum diálogo com a comunidade escolar”, aponta
Serafini.
Durante o processo de investigação e visita nos colégios, o parlamentar conclui que o fechamento de turmas e de escolas resultou em evasão escolar. “Fechar escolas é um
crime contra o nosso futuro. A Secretaria de Educação fala em otimizar as escolas e municipalizar a oferta de vagas para o Ensino Fundamental. Mas os municípios não estão preparados para abrigar essa demanda. O que houve foi uma redução efetiva na oferta de vagas públicas. Milhares de crianças e jovens foram empurrados para fora da escola”,
afirma Serafini. Segundo o deputado, essas informações levantadas no dossiê foram encaminhadas ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
A situação que era difícil piorou em 2016, de acordo com Dorotéa Santana, coordenadora do Sepe-RJ. “Nos últimos anos a gente vinha recebendo denúncias de professores que relataram o fechamento de turmas, em escolas estaduais. Mas, esse ano os fechamentos de turmas aumentaram muito”, ressalta a sindicalista. "O Sindicato dos Professores está recebendo denúncias de educadores que estão sendo removidos das escolas, sobretudo professores que atuam no interior e em cidades da Baixada Fluminense. Promotores do Ministério Público também está acompanhando essa situação de fechamento de escolas
no Rio de Janeiro", complementa.
Profissionais da educação também relatam estado de calamidade em escolas da rede estadual. “Faltam porteiros, merendeiras, faxineiros, manutenção da estrutura e até mesmo materiais didáticos. Isso está acontecendo em praticamente todas as escolas e aqui onde
dou aula também”, descreve o professor de Sociologia, Cláudio Lacerda, docente do Ciep Ulisses Guimarães, localizado no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. O
professor não se conforma com a situação atual do ensino público no estado. “Essa
situação é absurda. Essa crise foi provocada pela má administração dos governos do
PMDB e pela roubalheira nesses últimos anos. Agora querem que a gente pague essa conta”, argumenta.
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A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) esclarece que o planejamento de vagas de matrículas é uma ação rotineira e permanente que acontece todos os anos. Eventuais absorções de alunos, alterações de turnos e municipalização de unidades para prefeituras executarem o Ensino Fundamental, que é de sua responsabilidade conforme determina a 
LDB da Educação, já vem ocorrendo rotineiramente nos últimos anos.
A Seeduc informa, ainda, que o número de vagas ofertadas em 2017 para renovação e também novas matrículas é superior ao número de vagas ocupadas no ano de  2016 e 
que não faltarão vagas, tendo em vista que o Estado utiliza pouco mais de 40% da capacidade instalada de sua infraestrutura.
Importante ressaltar  que antes de tomar qualquer medida, estudos são promovidos pela Secretaria, junto às Diretorias Regionais, equipes técnicas de profissionais de carreira da Secretaria de Estado de Educação e escolas, visando analisar a situação de cada unidade de ensino, levando-se em consideração a oferta e demanda de cada região, observando-se o quantitativo de alunos, cursos e modalidades oferecidos, turnos de funcionamento, número de salas de aula e o número de salas de aula ociosas, bem como seus dados geográficos.
Edição: Vivian Virissimo

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Colégios estaduais começam a reduzir as turmas para o ano 

letivo de 2017 na Baixada

Ciep 172 que terá turmas canceladas
Ciep 172 que terá turmas canceladas Foto: Rafael Moraes / Extra
Cíntia Cruz
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O ano letivo de 2017 foi colocado em xeque para centenas de estudantes da rede estadual na Baixada. Os
colégios estão extinguindo turmas e alunos dos ensinos Fundamental e Médio podem ficar sem paradeiro. No
Colégio Estadual Rubens Farrula, serão nove turmas a menos no ano que vem. Com isso, a unidade deixará de
atender cerca de 300 jovens.
Apesar de os pais ainda não terem sido comunicados oficialmente, muitos já estão apreensivos com a decisão. A
recreadora Cláudia Borba, de 37 anos, mãe de um aluno do 6º ano, esteve na escola ontem buscando informações sobre o destino do seu filho:
— Soube disso ontem à noite e vim logo saber o que vai acontecer com a turma do meu filho. Eles explicaram que
a matrícula dele foi renovada, mas quem vier do 5º ano para o 6º vai encontrar dificuldade. As turmas do 6º ano
vão ser as mais afetadas. Vamos ter que fazer um abaixo-assinado.





Professores do Rubens Farrula criticam a medida
Professores do Rubens Farrula criticam a medida Foto: Rafael Moraes / Extra

O professor de Língua Portuguesa Marco Antônio Fuly teme que a rede municipal de ensino não consiga atender
todos os alunos que terão turmas extintas.
— O município sobrecarregado não tem estrutura para absorver essa demanda. Vai ser um caos. Essa é a nossa
angústia. Queria entender qual é a real intenção de um processo como esse — questiona o educador.
No fim do primeiro semestre, duas turmas da Educação de Jovens e Adultos já haviam sido extintas no colégio.
— Nosso receio é que essa extinção de turmas seja o início de um processo de fechamento de uma escola de 70
anos. Além disso, muitos professores vão ser devolvidos — lamenta o professor de História Thiago Fernandes.
No Ciep 172 Nelson Rodrigues, em Nova Iguaçu, nove turmas também serão fechadas. O 1º ano do Ensino Médio
da tarde está entre elas.
— Já está difícil encontrar escola. Se fechar, como vai ficar? Já deveríamos estar sabendo porque quanto mais
tarde a matrícula pelo site, menores as chances de encontrar a escola que a gente quer — explicou Alessandra
Alves, de 32 anos, mãe de um aluno do 6º ano.
Outros quatro colégios da região vão passar pelo mesmo processo. Em Nova Iguaçu, as unidades estaduais
Natividade Patrício Antunes, Arruda Negreiros, Professor Amazor Vieira Borges vão fechar turmas à noite. Em
Belford Roxo, o Ciep 116 (Vila Maia) vai extinguir um turno inteiro, segundo professores da rede.





Cláudia foi à escola do filho após saber do fechamento das turmas
Cláudia foi à escola do filho após saber do fechamento das turmas 
Foto: Rafael Moraes / Extra

Resposta da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) na íntegra:
A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) ressalta que o planejamento de vagas de matrículas é uma ação
rotineira e permanente que acontece todos os anos. Eventuais absorções de alunos, alterações de turnos e
municipalização de unidades para prefeituras executarem o Ensino Fundamental, que é de sua responsabilidade
conforme determina a Lei das Diretrizes e Bases da Educação, já vem ocorrendo rotineiramente nos últimos anos
e não tem como motivador a obtenção de “economia”.
A Seeduc informa, ainda, que o número de vagas ofertadas em 2017 para renovação e também novas matrículas,
inclusive para o Ensino Fundamental, é superior ao número de vagas ocupadas no ano de 2016 e que não faltarão
vagas, tendo em vista que o Estado utiliza pouco mais de 40% da capacidade instalada de sua infraestrutura.
Importante ressaltar que antes de tomar qualquer medida, estudos são promovidos pela Secretaria, junto às
Diretorias Regionais, equipes técnicas de profissionais de carreira da Secretaria de Estado de Educação e escolas, visando analisar a situação de cada unidade de ensino, levando-se em consideração a oferta e demanda de cada região,
observando-se o quantitativo de alunos, cursos e modalidades oferecidos, turnos de funcionamento, número de
salas de aula e o número de salas de aula ociosas, bem como seus dados geográficos.
A Seeduc destaca que o Colégio Estadual Rubens Farrula, em São João de Meriti, não será fechado. Inclusive, o
quantitativo de alunos atendidos em 2017 será superior ao deste ano. Em 2016, eram 927 alunos, do 6º ao 9º ano
do Ensino Fundamental, distribuídos 32 turmas; no próximo ano, serão 959, em 25 turmas. No Ensino Médio (1ª,
2ª e 3ª séries), eram 630 alunos, em 17 turmas; em 2017, serão 703, distribuídos em 16 turmas. Portanto, o que
aconteceu foi a reorganização e o ajuste de fluxo, aumentando o número de vagas e otimizando estruturas como
anualmente é feito nesta época de matrícula.
Em relação ao Ciep 172 – Nelson Rodrigues, em Nova Iguaçu, a Seeduc esclarece que não haverá fechamento de
turmas e, sim, otimização, sem ultrapassar o número de alunos em cada sala. A medida já fazia parte do
planejamento interno da própria unidade escolar e começará em 2017.
Sobre o Colégio Estadual Natividade Patrícia Antunes, em Nova Iguaçu, duas turmas do período da tarde devem
ser encaminhadas para o turno da manhã, na mesma escola. Já os alunos do Ensino Médio da Educação de
Jovens e Adultos (EJA), que funciona no turno da manhã, serão encaminhados ao turno noturno. Quanto ao C.E
Arruda Negreiros, em Nova Iguaçu, apenas uma turma da 2ª série do Ensino Médio será otimizada, formando uma
única turma, sem ultrapassar o número de alunos.
Sobre o C.E Professor Amazor Vieira Borges, em Nova Iguaçu, apenas os alunos do turno da noite serão absorvidos pelo Ciep 119 – Austin, localizado a 750 metros da unidade. Quanto ao Ciep 116 – Vila Maia, em Belford Roxo, quatro turmas dos anos finais do Ensino Fundamental do período da tarde serão encaminhadas para o turno da manhã, na mesma escola.

Fontehttp://extra.globo.com/noticias/rio/colegios-estaduais-comecam-reduzir-as-turmas-para-ano-letivo-de-2017-na-

baixada-20643209.html?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar

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Rio, 30/11/16

Audiência na Alerj debate fechamento de escolas estaduais do Rio

Por mais de quatro horas, professores, estudantes e deputados debateram fechamento de 

escolas da rede e readequação de turnos e turmas

Por mais de quatro horas, professores, estudantes e deputados debateram com o secretário de Estado de Educação do Rio de Janeiro, Wagner Victer, o fechamento de escolas da rede e readequação de turnos e turmas.
A audiência de hoje (30) foi chamada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (Alerj), depois da casa receber a denúncia de que o governo do estado teria a intenção de fechar 16 escolas, sendo duas delas rurais, além de fechar turno ou turmas em mais sete.
O secretário disse que a oferta de matrícula para 2017 aumentou e negou que escolas serão fechadas. “Todo ano se faz um planejamento com adequação de turmas no sentido de pegar algumas escolas que tem uma participação pequena, municipalizar e ampliar a oferta de ensino”.
A professora de história do Colégio Estadual Dr. Souza Soares, em Niterói, Simone Duarte, disse que representantes da Coordenadoria Regional da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) foram à escola e informaram que a unidade de ensino seria extinta e os alunos realocados no Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Djanira, que fica em outro bairro, distante 3 quilômetros.
De acordo com Simone, além dos alunos terem que pegar dois ônibus para chegar à outra escola e professores serem obrigados a trabalhar nos locais onde existirem vagas, sem a possibilidade real de escolha, o governo não leva em conta a ideia de comunidade que uma escola representa e atende.
“O problema é a ideia de pertencimento. A escola atende a comunidade há 102 anos, é centenária, só nesse prédio a gente está há 48 anos. A comunidade tem a escola como referência. Os alunos estão lá fora, os pais dos alunos, que também foram alunos da escola, estão lá fora. Não houve essa comunicação, não houve consulta popular nem à comunidade. O governo quer ignorar também a ideia da diferença entre as comunidades. O que se oferece aos alunos é uma escola que fica em uma outra comunidade, isso traz para o aluno e para a família esse sentimento de insegurança e medo”, disse.
Em um discurso emocionado, a estudante Elaine Melchiades, de 16 anos, do Ciep 123 Glauber Rocha, de Nova Friburgo, disse que no dia 18 foram informados de que a unidade passaria para a gestão do município e os estudantes do ensino médio seriam transferidos para o Colégio Vicente de Moraes.
Ela diz que falta democracia no processo, pois os principais afetados pelas mudanças, que são os estudantes, não foram consultados e estão sendo tratados apenas como números.
“Eu vim aqui hoje em nome do Ciep Glauber Rocha e de todos os estudantes que estão lutando contra o fechamento de escola, fechamento de turma, municipalização, dizer que nós não somos apenas números. Nós somos pessoas, somos ideias! Se a democracia tem que ser feita, que ela seja feita corretamente. Principalmente com as pessoas que vão usufruir disso que estão nos oferecendo. Querem fazer reforma. Quem vai usufruir da reforma? Não sou eu? Então eu quero ouvir como é essa reforma, o que você quer fazer, como vai ser? Eu quero saber, porque é pra mim”, disse a estudante sob muitos aplausos.

Mediação

Ao final da audiência, ouve um momento de tensão, pois professores e estudantes não ficaram satisfeitos com a fala do secretário, que saiu sem falar com a imprensa.
O presidente da Comissão de Educação, deputado Comte Bittencourt, disse que o colegiado vai tentar “intermediar essa crise”.
“É um apelo de alguns locais, em função da falta de diálogo em algumas coordenadorias, nesse movimento de encerramento de oferta, de transferência de uma unidade para outra. São consequências que a comunidade sofre e que sem diálogo fica muito difícil de ser feito. Em alguns casos, o secretário reconheceu o erro no encaminhamento da comunicação. Tentou explicar, mas há um conjunto grande de movimentos, não foi possível pontuar todos. Ele vai nos encaminhar um documento de cada unidade, explicando o porque desse processo”.
Integrante da comissão, o deputado Flávio Seraffini informou que vai entrar com uma representação no Ministério Público para pedir a suspensão do processo de fechamento de unidades escolares.
“A Seeduc está fechando dezenas de escolas, de turnos de escolas, destituindo educação de jovens e adultos, fechando algumas unidades escolares em algumas regiões, com impactos na oferta de matrículas. Foi cobrado que esse processo fosse suspenso, para que nós conseguíssemos rever, especialmente os locais mais críticos. Infelizmente, a posição da Seeduc foi de pouca flexibilidade”.

Secretaria

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informa que está promovendo estudos junto às diretorias regionais para analisar a situação de cada escola, “antes de tomar qualquer medida”, e que está levando em consideração a oferta e demanda de cada região.
“Além de observar o quantitativo de alunos, cursos e modalidades oferecidos, turnos de funcionamento, número de salas de aula e o número de salas de aula ociosas, bem como seus dados georreferenciais da localização e distância entre as unidades de ensino estudadas, a fim de não causar prejuízos à comunidade escolar”, diz a nota.
A secretaria informa que, se necessária, a transferência para outro colégio será feita sempre para a escola mais próxima, “para que os alunos tenham a oportunidade de continuar no mesmo bairro”.
Quem não quiser renovar a matrícula, poderá se inscrever pelo Sistema Matrícula Fácil e indicar a escola de sua preferência. A inscrição vai até o dia 22 de dezembro.
“Eventuais absorções de alunos, alterações de turnos e municipalização de unidades para prefeituras executarem o Ensino Fundamental, que é de sua responsabilidade conforme determina a Lei das Diretrizes e Bases da Educação, já vem ocorrendo rotineiramente nos últimos anos”, informa a secretaria.
Fonte : http://exame.abril.com.br/brasil/audiencia-na-alerj-debate-fechamento-de-escolas-estaduais-do-rio/
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Em 30/11/16  Postei no Facebook : 
Ocorreu audiência na Alerj com a convocação do secretário de educação estadual do RJ , Wagner Victer pela comissão de educação da Alerj para prestar esclarecimento sobre fechamento de escolas, turnos e / ou turmas.

> IMPERDÍVEL é fala da aluna Elaine na audiência no link :

http://www.marcelofreixo.com.br/2016/11/30/estudantes-exigem-fim-do-fechamento-de-escolas-e-dialogo-com-a-comunidade/



> Fala final do secretario :

https://www.youtube.com/watch?v=iHqTIJuENDc&feature=share

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Obs. : Vejam no link abaixo a entrevista dada pelo Victer à rádio CBN RJ sobre o assunto fechamento de escolas, turnos e/ou turmas na manhã de 28/11/16.

http://cbn.globoradio.globo.com/programas/cbn-rio/2016/11/28/ESCOLAS-NAO-SERAO-FECHADAS-NO-RIO-AFIRMA-SECRETARIO.htm




Segundo o secretário estadual de Educação, Wagner Victer, nenhuma escola do estado será fechada. Secretário admitiu, porém, que começará processo de transferência de alunos.
CBN.GLOBORADIO.GLOBO.COM


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                                IMPORTANTE


Ajudem-nos a Coletar Dados sobre o Fechamento de Escolas, Turnos e Turmas da REDE ESTADUAL do tal planejamento da Seeduc para 2017.

Preencha o formulário:
https://docs.google.com/forms/d/1rfltQb1K56zu8dAJSSD489pw_-2Jpi-QZUAmqYr-TdU/edit?pli=1

( Elaboração: Profª Denize Alvarenga Azevedo​ )




Este formulário será utilizado como banco de dados para a luta contra o FECHAMENTO DE ESCOLAS, TURNOS OU TURMAS DA REDE ESTADUAL
DOCS.GOOGLE.COM

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Em 2019 : 

20.000 alunos no início do ano letivo estão fora das escolas estaduais e culpam o sistema matrícula fácil.
Amanda Moreira postou no grupo PROFESSORES UNIDOS - Fórum Permanente em 19/02/18.
20 mil alunos da Rede estadual do RJ estão sem vagas.
20 mil alunos da Rede estadual do RJ estão sem vagas.
20 mil alunos da Rede estadual do RJ estão sem vagas.

É preciso repetir isso tantas vezes quantas forem necessárias, pois às vezes parece que perdemos nossa capacidade de indignação.

Em 10 anos (2008 a 2017) foram 363 ESCOLAS FECHADAS. Com tanta escola, turnos e turmas fechadas, óbvio que um dia iria faltar vagas. Uma hora a bomba iria estourar! Fechar uma escola já seria um crime. Fechar centenas é um delito em massa! Uma irresponsabilidade sem tamanho. É acabar com sonhos, é tirar o mínimo de perspectiva para a juventude pobre.

Essa situação atual é um processo que vem se construindo nos últimos anos. É o resultado do sucateamento que o PMDB realizou na Rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. E esse secretário fez parte disso, pois esteve nos governos anteriores.

Ao mesmo tempo em que a rede pública estadual foi asfixiada e a quantidade de escolas foi drasticamente diminuída, as gestões do PMDB privatizaram a educação das formas mais estapafúrdias. Primeiro tentaram o Programa Autonomia da Fundação Roberto Marinho, depois as escolas com PPP (com parcerias que vão desde o Grupo Pão de Açúcar até o Instituto Xuxa Meneguel), mais recentemente houve o crescimento avassalador das parcerias com o Instituto Ayrton Senna (totalizando mais de 70 escolas, até 2018). E hoje, a solução que o secretário apresenta para resolver o problema da falta de vagas nas escolas públicas é comprar escolas particulares falidas, alugar salas, comprar vagas em colégios privados e construir prédios verticais. Nada mais do que a radicalização de um processo de privatização que se arrasta por mais de uma década.

Isso o governo estadual sabe fazer: causar danos insanáveis à população mais pobre enquanto salva os tubarões do ensino privado. As escolas precisam ser públicas, financiadas com recursos públicos, e estar próximas às residências dos alunos. Educação é uma obrigação do Estado! Nem um jovem fora da escola!

*Tabela extraída da minha tese de doutorado (SILVA, 2018).


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Estado do Rio fechou 1.147 turmas de ensino médio entre 2016 e 2018

O número de turmas de ensino médio na rede estadual vem, progressivamente, encolhendo no estado. Em três anos, são 1.147 a menos — sendo 661 diurnas. Só a capital, que ainda tem 11 mil estudantes na fila de espera, teve, em 2018, 312 turmas a menos, se comparado com o número de 2016. Diretores de escolas acreditam que este processo tem ocorrido para reduzir a quantidade necessária de professores na rede. De fato, o número de profissionais da educação caiu quase 10 mil nesse mesmo período.
A quantidade de alunos também diminuiu, mas numa proporção bem menor. Enquanto o número de turmas foi reduzido em 7,5%, o de estudantes caiu 3,3%. Isso significa que a média de alunos por turma cresceu levemente, passando de 29,1 para 30,5 no turno diurno e de 28,5 para 29,2 no noturno. Mais em:
https://extra.globo.com/noticias/educacao/estado-do-rio-fechou-1147-turmas-de-ensino-medio-entre-2016-2018-23471921.html?fbclid=IwAR08wiE3iufZNT-H81s4GEX280cSO9LV1gcQ-LQtUvbpx9j8O-gl31reyz8&utm_campaign=compartilhar&utm_medium=Social&utm_source=Facebook

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Concluindo: O fato é que em 2013, Cabral já estava fechando escolas. Na greve de 2013, a gente cansou de denunciar o fechamento de escolas. Fizemos alegorias de mão, caixões com o nome das escolas fechadas, tentando sensibilizar a população, mas todo mundo só tinha olhos para a Copa e para as Olimpíadas.

Passeata dos Profissionais da Rede Estadual de Educação do RJ, com Ato Unificado com os Profissionais Rede Municipal de Educação do RJ, desde a Candelária até a ALERJ, onde aconteceu a Assembleia da Rede Estadual de Educação do RJ, em 20/09/2013. Cantávamos:
#AGREVECONTINUA!!! #CABRALACULPAÉSUA!!! (PARTY TWO)
Roteiro: Candelária, Avenida Rio Branco, Rua Almirante Barroso, Avenida Presidente Antonio Carlos, Rua Primeiro de Março, ALERJ. 





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