segunda-feira, 13 de abril de 2015

A Meritocracia na Educação e a Farsa dos Índices de Avaliação.

http://historiantebrasil.blogspot.com.br/2013/12/a-meritocracia-na-educacao-e-farsa-dos.html

A meritocracia na educação e a farsa dos índices de avaliação.




Profª Aline Martins
Redação d'O Historiante

Diante das crises econômicas que se instalaram a partir da década de 1970 ao redor do mundo, a saída dos governos tem sido aprofundar as políticas neoliberais, que foram difundidas no início do século XX e reapareceram com mais vigor na década de 1980 com o presidente Reagan (EUA) e a primeira-ministra da Inglaterra Margareth Thatcher. De acordo com a teoria neoliberal, o Estado deve ter participação mínima nas políticas sociais (moradia, saúde, saneamento, educação, previdência social, etc) sendo esta responsabilidade repassada a sociedade e empresas privadas, reproduzindo assim o capital. O Estado passaria então a funcionar como uma empresa privada, cujos objetivos devem ser: gastar pouco, ter responsabilidade fiscal, ser eficiente, etc. E a solução para isso é retirar direitos e privatizar estatais. A partir da década de 1990, surge a “Terceira Via”, que nada mais é do que a redefinição do neoliberalismo, onde o papel do Estado passa a ser o de mero “gerenciador” dos direitos sociais, ocorrendo assim a descentralização administrativa e a participação da sociedade civil em substituição às ações do Estado. Entram em cena as parcerias público privadas, ONGs, OSs, etc.

E o que a educação tem a ver com isso? A educação pública e as demais áreas sociais começaram a ser submetidas a este modelo. Além do avanço das parcerias público privadas, ONGs e OSs, as políticas públicas para a educação passam a se referenciar cada vez mais num modelo de gestão baseado em pressupostos da iniciativa privada: produtividade, eficiência, mérito, avaliações de desempenho, bonificações, etc.

Em 1995 foi lançado em Washington (EUA), com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Programa da Promoção da Reforma Educativa na América Latina (PREAL). Esta proposta de reforma mobilizou um amplo setor do empresariado em torno da agenda educacional. Participaram dele, desde o início: as fundações Vitae, Odebrecht, Clemente Mariani, o Instituto Heberty Levy, o Pacto de Minas pela educação e o UNICEF. O Plano REAL surgiu na esteira das reformas neoliberais, já redefinidas pela Terceira Via. Em 1998 foi a vez do Consenso de Washington, organizado pelo Banco Mundial, BIRD, BID,UNESCO, USAID, UNICEF, que traçou medidas de ajuste para os países da América Latina.

O interesse desses organismos internacionais e dessas grandes empresas está no fato de a escola ter um papel estratégico de adaptação e perpetuação de valores que legitimam um modelo de sociabilidade que se adapta aos seus objetivos: Uma escola a serviço das demandas do capital, onde além de fornecer força de trabalho barata ela atenda às necessidades de produção/reprodução do sistema produtivo. A gestão do então Presidente Fernando Collor de Mello demarca a entrada das políticas neoliberais no Brasil, o que irá se aprofundar nos governos posteriores. Os governos começaram a tomar empréstimos desses organismos, porém a linha de crédito era condicionada a uma série de ajustes que seguem dois princípios básicos:

1- Oferecer uma educação mínima e instrumental que transforma nossos alunos em força de trabalho barata;
2- Abertura de um novo e competitivo espaço de lucros para o empresariado a custas de verbas públicas, através da entrada de instituições privadas nas escolas e creches. Transformando, assim, o espaço escolar, em um robusto mercado de pacotes e projetos pedagógicos.

Com a preocupação em reduzir custos uma série de medidas passam a ser tomadas, muitas vezes por secretários de educação que nada sabem de educação, mas muito sabem de economia: Aumenta-se o número de alunos por sala; Extinguem-se as classes especiais; Surge a figura do professor polivalente, ou seja um professor apenas dá aulas de diversas disciplinas sem ter formação para tal; Dá-se a quase extinção de funcionários; A substituição de aumento salarial por plano de carreira por bonificações de desempenho (14º salário).
Ocorre a perda da identidade do trabalho docente, o ataque à autonomia pedagógica, os materiais: cadernos/apostilas e avaliações são produzidos sem a participação dos professores, “simplificando” a função pedagógica que, cada vez mais, vai sendo ministrada por leigos, trainees, oficineiros, estagiários, amigos da escola, etc. Para completar surgem os tutores e “supervisores” que irão verificar e avaliar o que está sendo ministrado pelos profissionais cobrando que as “metas” impostas sejam alcançadas. As direções viram meros “gestores empresariais”. A elaboração coletiva é substituída pela atuação individual, ocorre uma competição, para ver quem consegue ser “premiado”. Há uma forte pressão para a extinção dos sindicatos e os profissionais da educação ao não se organizarem, ficam divididos e alienados, tornando-se mais fácil aplicar essa política.O assédio moral cresce.
Os currículos são reestruturados. No Ensino médio, por exemplo, o MEC já prepara um pacote propondo a redução do currículo das disciplinas “obrigatórias” e a criação das áreas de conhecimento. Estas mudanças significam um retrocesso pedagógico. E os governos atuais, lamentavelmente, deram continuidade a essas orientações, seguindo a agenda empresarial do compromisso “Todos pela Educação”, lançado em 2006 no Museu do Ipiranga (SP). Esta agenda selou um pacto entre o Estado e o Empresariado, tendo sido patrocinada por entidades que hoje interferem diretamente na organização do modelo de educação ofertado nas redes públicas: Grupo Pão de Açúcar, Fundação Itau Social, Fundação Bradesco, Instituto Gerdau, Fundação Roberto Marinho, Fundação Educar D Paschoal, Instituto Itau Cultural, Faça Parte Instituto Brasil Voluntário, Instituto Ayrton Senna, Cia Suzano, Banco ABN-Real, Banco Santander, Fundação Xuxa Meneguel (mais recente), entre outros.
Os governantes brasileiros, orientados pelos “reformistas corporativos” (assim chamados, para se diferenciar dos reformadores, realmente preocupados com uma educação de qualidade), consideraram que o problema do nosso sistema educacional era uma “crise de eficiência, eficácia e produtividade”. Ou seja, não pode haver “desculpas” para a existência de escolas com notas baixas em testes de múltipla escolha. Todas as crianças, independente de pobreza, problemas de aprendizagem ou outras condições, podem (e devem) atingir determinada proficiência e caso eles não consigam, alguém deve ser responsabilizado. Este alguém invariavelmente é o professor. Como solução, o país precisava lançar mão do método da “qualidade Total”. Dentro de uma perspectiva meritocrática (as posições hierárquicas seriam conquistadas, em tese, com base no merecimento e esforço pessoais) buscou-se criar mecanismos de “controle de qualidade”, através do estabelecimento de metas, índices e constantes avaliações de alunos/profissionais. As avaliações e indicadores de desempenho multiplicaram-se no país: ENADE, ENEM, SAEB, IDEB, Prova Brasil, SARESP, SAERJ, IDERIO, etc.
Essas avaliações externas, seguindo a perspectiva meritocrática, são utilizadas para “premiar ou punir” professores e funcionários de acordo com o resultado das provas, estabelecendo uma lógica de remuneração variável. Uma avaliação classificatória que pretende estabelecer salários diferentes de acordo com a produtividade de cada escola, ou ainda, remover os “profissionais ruins” que não auxiliam na melhora do resultado dos testes dos alunos. Esse sistema já deu errado em vários lugares como EUA, Chile, São Paulo, Rio de Janeiro, entre outros, porém continua a ser utilizado no Brasil.
A própria ex-secretária adjunta de Educação dos EUA, Diane Ravitch, que ajudou a implementar os programas educacionais de governo No Child Left Behind e Accountability, que tinham como proposta usar práticas corporativas, baseadas em metas, testes padronizados, responsabilização do professor pelo desempenho do aluno e fechamento de escolas mal avaliadas, para melhorar a educação nos EUA mudou de ideia, após 20 anos, quanto a estas políticas para a educação. De uma das principais defensoras da reforma educacional americana, passou à crítica, como pode ser verificado em uma entrevista (Clique aqui para ver a entrevista)

Ela publicou em 2010 o livro “The Death and Life of the Great American School System” (a morte e a vida do grande sistema escolar americano – tradução livre) em que diz que o sistema em vigor nos EUA está formando apenas alunos treinados para fazer uma avaliação.Vários episódios de "Os Simpsons" já trataram dessa questão colocada por Diana. (Confira aqui um dos episódios )

Um diagnóstico dos problemas da educação pública não deve ser evitado, porém estes tipos de avaliações não servem para isso. Os resultados do processos educativos dependem de muitas variáveis que não estão sob o controle dos profissionais da educação. Da forma como os sistemas de metas e desempenho estão organizados, eles não garantem a todos acesso a uma educação de qualidade.

Não podemos esquecer da responsabilidade dos líderes municipais ou de autoridades eleitas que decidem questões cruciais como financiamento, tamanho da classe e distribuição de recursos e como a educação pública brasileira sofre, há décadas, com o descuido de sucessivos governos, que pecam tanto pela falta de investimentos no setor (em melhorias estruturais, em valorização profissional ou em assistência estudantil), quanto pela falta de planejamento pedagógico e social de longo prazo. E principalmente, não podemos esquecer que o acesso a uma educação pública de qualidade é um dos diretos mais básicos garantidos pela Constituição, ou deveria ser. 

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Os Limites da Meritocracia ( Por Hélio Gurovitz )

O livro "Lost in the meritocracy" ( Perdido na meritocracia) do americano Walter Kirn, ainda sem tradução, mostra o equívoco de basear a educação exclusivamente na classificação dos estudantes por meio de notas, grifes, insígnias ou degraus que conduzem a lugar nenhum. No livro o personagem se descreve como um filho natural da meritocracia ( sistema que avalia alunos, professores e escolas em provas, depois premia quem se sai melhor). Nesse sistema meritocrático aprender é secundário, ser promovido é o principal.

Meritocracia tem sido adotado como mantra por todos aqueles que defendem a reforma no sistema brasileiro, sobretudo por fundações e institutos mantidos pelo capital privado. A meritocracia não dará conta de transpor o fosso social ou de romper nossa singularidade cultural, que resiste a aceitar o valor do conhecimento. Alguém já viu algum vídeo de algum ex-presidente falando sobre os últimos livros que lera ou os últimos desafios da matemática? Para um aluno aprender, o mais importante são os exemplos, atitudes, valores. Os sistemas meritocráticos não se preocupam com isso, pois são inspirados em técnicas de avaliação empresarial, só atuam sobre o que é mensurável; transformam o talento numa espécie de moeda, acumulada aos milhões.

Só que, em educação, é verdade que dá para medir muita coisa, menos o que importa.

Fonte : Revista Época nº 882 - Síntese da coluna do autor citado- pág.68.

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Meritocracia existe? No artigo "Meritocracia hereditária", a revista The Economist reuniu estudos feitos nos Estados Unidos sobre a ideia de que a meritocracia...
https://www.youtube.com/watch?v=be6ZiM_cTF8&feature=share


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Revista Super Interessante : Meritocracia Contribui Pra

Desigualdade.

"As pessoas acumulam capital humano, termo usado por economistas para denominar o conjunto de capacidades, competências e atributos de personalidade que favorecem a produção de trabalho. Para isso, contam com três recursos: os privados, os públicos e seus próprios talentos — daí a importância da educação. Como os recursos públicos e, principalmente, os privados não são os mesmos para todos, ao observar somente o final da corrida, o sistema privilegia poucos."

- Prof. Antonio Luiz Canelhas Junior -



Novo livro de economista norte-americano põe a meritocracia em xeque e destaca que sistema deixa as pessoas menos generosas
REVISTAGALILEU.GLOBO.COM

http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/06/como-meritocracia-contribui-para-desigualdade.html


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Observações da Educação Pública.




quarta-feira, 27 de agosto de 2014


Meritocracia.

A meritocracia aplicada na secretaria de educação do RJ no governo Cabral/Pezão é calcado no Plano de metas, menina dos olhos desse governo.

Podemos afirmar que a meritocracia não propiciou ganho educacional  aos alunos. Ocorrendo na verdade  fechamento de dezenas de escolas, super lotação de turmas com as tais otimizações de turmas durante todo o ano letivo.  
Esse DESgoverno criou também o novo eja ( onde todos os módulos não contemplam todas as disciplinas do ensino médio regular ). 
As otimizações e o 'neja' fez com que centenas de colegas tivessem  perdidas as suas alocações. 

A Seeduc até o final de 2013 manteve o projeto autonomia da Fundação Roberto Marinho ( onde um docente com licenciatura em determinada disciplina , nesse projeto era o responsável por lecionar todas as disciplinas , ou seja ,ocupou vagas de pelo menos 5 colegas ). A meu ver colegas professores que se sujeitaram a isso foram cúmplices do DESgoverno nesse estelionato educacional.

A meritocracia existente beneficiará as mesmas escolas que já ganhavam o teto do nova escola. 
A Meritocracia aplicada inicialmente nos EUA e Inglatera , como um íistema de bonificação não garantiu resultados positivos no longo prazo, porque como disse acima beneficiava sempre as mesmas escolas e, por isso foi revisto. Essas escolas que já tem um melhor resultado, geralmente são localizadas em melhores regiões sócio econômicas vão sempre receber mais bônus, gerando um ciclo vicioso
Tópico: Incoerência da Seeduc-RJ.
- Em out./2011 comissões das metropolitanas estiveram nas escolas , para reuniões com os docentes, objetivando fazer com que o índice de aprovação das escolas melhorassem, consequentemente das metropolitanas e da Seeduc, o que propiciaria melhora do IDEB , que seria divulgado no próximo ano.

Cabe ressaltar que essa visitinha deve ter encontrado respaldo em colegas que adoram ficar bem com as direções ( os famosos puxa-saco ).

Muitos diretores das escolas costumam propor aos professores  que deem pontos aos alunos que comparecerem para fazer os 'Saerjinhos', independentemente dos acertos, erros, chutes ou não.

Através das comunidades virtuais foram veiculadas postagens que diretores recomendaram que fossem dados 3,0 pontos para os que fizeram essas avaliações, independentemente do resultado obtido.

Pergunto : Onde se encaixa a meritocracia com essas propostas indecentes ?
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Adicionado por Omar Costa  em 8 julho 2012 no LUTA PELA EDUCAÇÃO.Sérgio Cabral assassino da educação, do funcionalismo público, e do povo pobre!
Educação submetida a um plano de metas baseado na meritocracia, que já não dera resultados positivos em países como os EUA , Inglaterra e aqui mesmo no RJ com o fracassado Nova Escola, sabíamos ( os professores ) que seria um fracasso.Em Out/2010 após a reeleição já alertávamos através da Carta Aberta -Educ. Estadual do RJ, divulgada e disponível desde então em www.peticaopublica.com.br/?pi=EDUC2011 , como tirar a educação do penúltimo lugar do Ideb, mas aí veio o secretario de educação , um economista que acha que educação é despesa e não investimento, que aluno é mercadoria e lança um plano de metas como já dito baseado na meritocracia. E agora esse governo em parceria com as organizações Roberto Marinho ( Globo ) ,implanta a revelia da classe educacional o projeto autonomia , que contraria a Lei de Diretrizes Básicas da Educação -LDB, pois na mesma está bem claro que determinada disciplina só deve ser lecionada por professor com Licenciatura Plena na área especifica e, isso não ocorre nesse maléfico projeto, que em artigo nesse fórum intitulei como 'Projeto Autonomia=Fábrica de Analfabetos Funcionais'. E tudo isso o governo faz com a conivência do MEC, que mais uma vez não sabe, não viu e não ouviu falar. Em resumo é o caos nesse DESgoverno Cabral.…
Adicionado por Omar Costa  em 3 junho 2012 no LUTA PELA EDUCAÇÃO.



3 comentários:

  1. O QUE OS EUA TÊM A NOS ENSINAR.

    O Blog http://bugrilo.criarumblog.com/ conta como o sistema americano de ensino faliu depois que o governo a adotou a meritocracia e testes padronizados (como SAERJ, SAEB, etc). Uma resenha do livro está no blog citado. Todo educador sério que se preocupa com os rumos da educação em nosso estado deve conferir e comentar. O crime que o atual governador junto com seu secretário economista travestido de educador estão fazendo contra as futuras gerações irá custar um preço muito caro para nossa sociedade.

    Fonte: Postagem de Sérgio Murilo Leal no facebook.
  2. O livro da professora norte-americana Diane Ravitch, “Vida e morte do grande Sistema Escolar Americano”, aborda a falência da meritocracia Ravitch foi secretária assistente de educação nos governos Bush (pai) e Clinton, além de líder do movimento para a criação de um currículo nacional , ela era uma defensora da meritocracia e dos testes padronizados (os provões) nas escolas de seu país, mas após trabalhar no governo, reviu radicalmente sua visão. O livro mostra como os testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a Educação. O livro faz “Um apelo passional pela preservação e renovação da educação pública. O livro Vida e Morte do Grande Sistema Escolar Americano é uma mudança radical de perspectiva, escrito por uma das mais conhecidas especialistas em educação dos EUA.

    “Diane Ravitch examina a sua carreira na reforma educacional e repudia posições que ela anteriormente defendeu firmemente. Baseando-se em 40 anos de pesquisa e experiência, Ravitch critica as ideias mais populares de hoje para reestruturar as escolas, incluindo privatização, testes padronizados, responsabilização punitiva e multiplicação irresponsável de escolas autônomas. Ela demonstra conclusivamente por que o modelo empresarial não é uma forma apropriada de melhorar as escolas. Usando exemplos de grandes cidades como Nova York, Philadelphia, Chicago, Denver e San Diego, Ravitch evidencia que a educação de hoje está em perigo.

    “Ravitch inclui propostas claras para melhorar as escolas americanas:

    – deixe as decisões sobre as escolas para os educadores, não para os políticos ou empresários;

    – construa um currículo verdadeiramente nacional que estabeleça o que as crianças em cada série deveriam estar aprendendo;

    – espere que as escolas autônomas eduquem as crianças que precisam de mais ajuda, não que concorram com as escolas públicas;

    – pague um salário justo aos professores pelo seu trabalho, não um “salário por mérito” baseado em pontuações de testes profundamente falhos e não confiáveis;

    – encoraje o envolvimento familiar na educação logo a partir dos primeiros anos.

    “Vida e Morte do Grande Sistema Escolar Americano oferece mais do que apenas uma análise da situação atual do sistema educacional americano. É uma leitura fundamental para qualquer um interessado no futuro da educação americana.

    Diane Ravitch é professora e pesquisadora de educação na Universidade de Nova York e membro associado do Instituto Brookings. De 1991 a 1993, ela foi secretária-assistente de educação e conselheira do secretário de educação Lamar Alexander na administração do presidente George H. W. Bush. O presidente Clinton apontou-a para a Junta Nacional de Assessoramento Governamental, que supervisiona as testagens federais. Ela é autora e editora de mais de 20 livros, incluindo The Language Police e Left Back, e seus artigos apareceram em numerosas revistas e jornais. Nativa de Houston, Ravitch graduou-se nas escolas públicas de Houston, Wellesley College e Universidade de Colúmbia. Ela vive no Brooklyn, Nova York.”

    Fonte: http://www.seperj.org.br/ver_noticia.php?cod_noticia=2648
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  3. Os Limites da Meritocracia ( Por Hélio Gurovitz )

    O livro "Lost in the meritocracy" ( Perdido na meritocracia) do americano Walter Kirn, ainda sem tradução, mostra o equívoco de basear a educação exclusivamente na classificação dos estudantes por meio de notas, grifes, insígnias ou degraus que conduzem a lugar nenhum. No livro o personagem se descreve como um filho natural da meritocracia ( sistema que avalia alunos, professores e escolas em provas, depois premia quem se sai melhor). Nesse sistema meritocrático aprender é secundário, ser promovido é o principal.

    Meritocracia tem sido adotado como mantra por todos aqueles que defendem a reforma no sistema brasileiro, sobretudo por fundações e institutos mantidos pelo capital privado. A meritocracia não dará conta de transpor o fosso social ou de romper nossa singularidade cultural, que resiste a aceitar o valor do conhecimento. Alguém já viu algum vídeo de algum ex-presidente falando sobre os últimos livros que lera ou os últimos desafios da matemática? Para um aluno aprender, o mais importante são os exemplos, atitudes, valores. Os sistemas meritocráticos não se preocupam com isso, pois são inspirados em técnicas de avaliação empresarial, só atuam sobre o que é mensurável; transformam o talento numa espécie de moeda, acumulada aos milhões.

    Só que, em educação, é verdade que dá para medir muita coisa, menos o que importa.

    Fonte : Revista Época nº 882 de 4/5/15 - Síntese da coluna do autor citado- pág.68.

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Professor desmonta falácia da

meritocracia e explica o que é ter 

privilégios.




 
 



Certa vez, vi um professor de ensino médio fazer um exercício simples para ensinar a seus alunos como funciona o privilégio e a mobilidade social. Ele começou dando a cada aluno um pedaço de rascunho e pediu que todos fizessem uma bolinha de papel.
Mais em : 


Então, ele apontou para a lixeira que estava na parte da frente da sala de aula.
Ele disse: “A brincadeira é simples: vocês representam a população do país. E todo mundo tem a chance de ficar rico”.
“Para isso, tudo o que vocês precisam fazer é acertar sua bolinha de papel na lixeira. Mas vocês não podem sair dos seus lugares.”
Os alunos do fundo da sala imediatamente reclamaram, notando que os alunos das fileiras da frente tinham muito mais chances de conseguir acertar a lixeira.
Todos tentaram e — conforme o esperado — a maioria dos alunos que estavam nas fileiras da frente conseguiu acertar a lixeira. No entanto, da parte de trás da sala, poucas pessoas acertaram.
O professor concluiu a lição dizendo: “Quanto mais perto você estava da lixeira, maiores eram as suas chances. O privilégio é assim. Notaram que os únicos que reclamaram da injustiça estavam no fundo da sala?”.
“Por outro lado, as pessoas que estavam na frente nem sempre notavam o seu privilégio. Tudo o que podiam ver eram os 3 metros entre elas e seu objetivo.”
“A tarefa de vocês é estar ciente dos seus próprios privilégios. E utilizar esse privilégio específico que estão tendo agora, chamado ‘educação’, para fazer o seu melhor para atingir grandes feitos e defender aqueles que estão nas fileiras de trás.”
Fonte
http://pensadoranonimo.com.br/professor-desmonta-falacia-da-meritocracia-e-explica-o-que-e-ter-privilegios/

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Sobre Se Bonificações a Docentes garante uma Educação melhor?

Leiam e opinem.

https://novaescola.org.br/conteudo/12235/dar-bonus-a-professores-garante-uma-educacao-melhor?utm_source=facebook&utm_medium=ads&utm_campaign=CONV_MENTIRANAEDUCACAO&utm_content=CONV_MENTIRANAEDUCACAO_EDUCACAO-BIBLIO_BR_PO_DK-MO_AND-IOS_PO_TG_T004_A_23-55_OCPM&utm_term=CONV_MENTIRANAEDUCACAO_EDUCACAO-BIBLIO_BR_PO_DK-MO_AND-IOS_PO_TG_T004_A_23-55_OCPM_PPL_BONUSQ_HOR-QUAD-0S-14082018

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Um comentário:

  1. Mais em :
    http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2014/08/meritocracia.html

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