domingo, 5 de julho de 2015

Brasil não atinge quatro de cinco metas pela educação.


Metade conclui ensino médio na rede pública de SP sem saber regra de três

Apu Gomes - 18.ago.2011/Folhapress
ORG XMIT: AGEN1108191258132712 SO PAULO, SP, BRASIL, 19-08-2011, 07h00: GOVERNO LOTA SALAS DE AULAS. Alunos da 5 serie em aula de Portugues na Escola Estadual Washington Alves Natel, no Parque Residencial Cocaia, na zona sul de Sao Paulo, escola superlotada, com uma media de 45 alunos por sala de aula. Escolas Estaduais de Sao Paulo possuem mais alunos em sala de aula que o recomendado MEC. (Foto: Apu Gomes/Folhapress, Cotidiano ) *** EXCLUSIVO***
Alunos têm aula de português em sala de aula lotada, na zona sul de São Paulo em 2011
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Apesar de o Idesp, indicador oficial da rede paulista, ter subido no ensino médio em 2016, quase metade dos alunos terminam essa etapa sem aprender nem o básico em matemática.
São estudantes que saem da escola sem conseguir resolver, por exemplo, problemas que envolvam proporcionalidade e regra de três.
A proporção de alunos nesta situação de dificuldades extrema aumentou. Passou de 44% dos alunos, em 2015, para 48% em 2016.
Somente 0,3% dos alunos do 3º ano do médio apresentaram na avaliação do ano passado uma proficiência considerada "avançada". É o mesmo patamar do ano anterior.
A própria Secretaria de Educação faz a divisão entre quatro níveis. Abaixo do básico, básico, adequado e avançado. A pasta considera que, a partir do "básico", os alunos já aprenderam o que é chamado de "suficiente".
Os níveis são divididos a partir das notas da escala de proficiências da avaliação oficial, o Saresp, que aumenta progressivamente desde os iniciais do ensino fundamental até o médio.
Na comparação com português, a proporção de alunos no nível "abaixo do básico" é sempre maior em matemática. Nos anos iniciais (5º ano do fundamental), são 16% nessas condições. Quantidade menor que em 2015 (quando eram 19% nesse nível).
Nos anos finais (9º ano), 28% dos estudantes não aprenderam o básico. Os dados nessa etapa também mostram piora na comparação com o ano anterior, quando 24% estavam nesse nível.
AULAS
Para a pesquisadora Katia Smole, consultora em ensino de matemática, os alunos não têm dificuldade de aprender matemática. Os problemas estão na estrutura de aulas.
"Para trabalhar boas aulas, é necessário saber o que ensinar e como é que o aluno aprende. Há problemas nessas duas partes", diz ela.
Ela ressalta que os professores não podem ser responsabilizados sozinhos. "Com os dados, estamos avaliando todo o sistema, e o sistema tem grande responsabilidades."
Os resultados de português do ensino médio tiveram avanço, apesar de indicadores ainda fracos. São 31% dos alunos abaixo do básico nessa disciplina. Percentual alto, mas menor do que em 2015, quando havia 34%.
Há 0,8% no avançado -contra 0,4% em 2015. 




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País avançou na ampliação do gasto e de matrículas, mas aprendizado segue insatisfatório
por









No 9º ano, o percentual de alunos com aprendizado adequado em 2013 foi 16,4% em matemática - Paula Giolito / Agência O Globo


BRASÍLIA - Das cinco metas estipuladas pelo movimento Todos Pela Educação (TPE), quatro não foram cumpridas pelo Brasil. É o que mostra um relatório da ONG, que será lançado hoje e aponta dificuldades principalmente nos objetivos relacionados à qualidade. O documento mostra alguns dos principais desafios que o país ainda precisa enfrentar na área educacional, como incluir cerca de 2,8 milhões de crianças de 4 a 17 anos na educação básica, garantir aos alunos aprendizado adequado e combater os motivos que fazem com que apenas 54% dos jovens concluam o ensino médio na idade certa.
Os objetivos são para o ano de 2022, mas há metas parciais, monitoradas anualmente.
A meta 1, que prevê que toda criança e jovem de 4 a 17 anos esteja na escola, o país está próximo de seu objetivo: o Brasil registrou em 2013 93,6% da população de 4 a 17 anos matriculada na educação básica. A meta para o mesmo ano era de 95,4%.
A meta 2 (“toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos”) não foi avaliada pois os indicadores de 2013 sobre a qualidade da alfabetização das crianças nos primeiros anos do ensino fundamental ainda não foram divulgados. Levantamento de 2012, entretanto, deixou o país bem longe do objetivo.

O TPE também aponta que o Brasil tem dificuldades em cumprir as metas 3 e 4. Em 2013, somente 9,3% dos alunos do 3º ano do ensino médio aprenderam o considerado adequado pelo movimento em matemática, e 27,2% em português, valores abaixo das metas intermediárias definidas pela instituição para o ano, que eram, respectivamente, de 28,3% e 39%.
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No 9º ano do educação fundamental, o percentual de alunos com aprendizado adequado em 2013 foi 16,4% em matemática e de 28,7% em língua portuguesa. As metas intermediárias para essa etapa eram de, respectivamente, 37,1% e 42,9%. Já o 5º ano apresentou 39,5% de alunos com aprendizado adequado em matemática, e 45,1% em língua portuguesa. As metas intermediárias eram, respectivamente, de 42,3% e de 47,9%.
  A meta 4 não foi atingida porque pouco mais da metade dos jovens, 54,3%, conseguiu concluir em 2013 a etapa final da educação básica na idade considerada adequada. No ensino fundamental, a conclusão até os 16 anos foi alcançada por 71,7% dos jovens. As metas definidas pelo movimento para 2013 eram de, respectivamente, 63,7% e 84%.
a meta 5, que estipula ampliação do investimento em educação e boa gestão dos recursos, foi parcialmente alcançada: em 2013, o investimento público direto na área foi de 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados de investimento específico em educação básica, hoje no patamar de 4,7%, mostram uma tendência de crescimento desde 2000, quando era de somente 3,2%. Até 2022, a meta é chegar a 5% nesse setor. No entanto, ainda há dificuldades com execução e gestão do orçamento. Pesquisa que será divulgada hoje mostra que há problemas, por exemplo, na cotação e contratação de fornecedores com utilização dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola.

Outra pesquisa inédita, que será divulgada hoje e aponta para avanços no setor, mostra que o acréscimo de um ano no ensino fundamental garantiu maior aprendizado. Estudo promovido pelo TPE indica que de 11% a 14% do incremento observado na proficiência média dos alunos do 5º ano do ensino fundamental na Prova Brasil é atribuível à ampliação de oito para nove anos na duração do ensino fundamental.

Editado em : http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil-nao-atinge-quatro-de-cinco-metas-pela-educacao-16630728#ixzz3f26n68ew


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Eu, Omar Costa, professor de Matemática e Física em Atividade no ensino médio da rede pública estadual do Rio de Janeiro, não me surpreendo com isso, afinal NADA de efetivo tem sido feito para melhorar o desempenho da educação.
A fala Brasil Pátria educadora é pura lorota, pois muito precisa ser feito, e isso governadores e prefeitos NÃO Fazem. Abaixo cito algumas das inúmeras providências que precisam serem executadas pelo governo estadual do RJ :

> Seleção pelo menos de Português e Matemática para acesso ao ensino médio regular da rede estadual, pois ao longo de vários anos a grande maioria dos alunos  recebidos são de analfabetos funcionais e não sabem realizar nem mesmo as quatro (4) operações da Matemática.  Isso se faz necessário para que as prefeituras e escolas privadas encarem o binômio ensino / aprendizagem com seriedade no ensino fundamental.

> Outro fator importantíssimo é a valorização dos docentes, com salários e benefícios atrativos, o que há muito não ocorre. Como isso não acontece, diariamente vários colegas pedem exoneração da rede, e com isso em pleno fim do 1º semestre há uma carência real de professores de Matemática, Física , Química, Biologia, etc... nas salas de aulas das escolas da rede estadual do RJ.

> A falta de estrutura física e recursos básicos nas escolas para o exercício das atividades da docência.

LAMENTÁVEL !!!

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 Em 6 de julho de 2015 : A Farsa da Preocupação c/ a Educação pública estadual do RJ.

As direções das escolas subordinados à secretaria estadual de educação - SEEDUC não se preocupam de fato com o binômio Ensino / Aprendizagem,haja visto:

> A pressão ( forçação de barra ) exercida sobre os professores para que o índice de aprovação nas escolas seja elevado, com o intuito de melhorar o IDEB da escola e do estado, visando o ranking Nacional.
Cabe informar também à sociedade que a elevação do IDEB do RJ deve-se a questão do fluxo (aprovação forçada). Outro elemento que elevou esse índice foi a proibição por parte da Seeduc de não permitir a matrícula de alunos com mais de 20 anos de idade no regular noturno jogando-os para o nova eja ( educação de jovens e adultos ) ou deixando- os sem a opção de estudar. Essa política autoritária e ilegal contribuiu significativamente para elevar o Ideb, pois ajudou a corrigir a distorção idade /série na marra.
Mais em: http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2014/09/sobre-o-ideb-da-rede-estadual-do-rj.html

> Aos alunos que porventura tenham ficado em dependência, o empenho para que sejam aprovados é simplesmente VERGONHOSO. Vejam :
Na reunião pedagógica de 22/05/15 no Ciep 244 Oswaldo Aranha, constatei que a farsa da Seeduc em tratar a dependência continua, mas agora de forma oficial, pois segundo a Portaria 419/13 bastará que o aluno dependente obtenha em apenas um (*) bimestre nota superior ou igual a 5,0 (1) , e estará liberado da dependência. Isso é um ABSURDO, pois se o aluno é dependente, foi porque na série anterior não obteve ao longo de quatro (4) bimestres não obteve os 20,0 pontos necessários a sua aprovação.
A Seeduc com esse procedimento mostra o seu total descaso com a VERDADEIRA aprendizagem dos alunos, pois está na verdade incentivando que alunos escolham duas disciplinas para dependência.

VERGONHOSO!

(*) Dependência: é entregue ao aluno uma apostila para consulta e retorno do aluno no dia da de aplicação da prova que terá a seguinte pontuação: 4,0 ( Resumo da apostila ) + 1,0 ( Pontualidade ou Saerjinho )+ 5,0 ( Prova). Vejam a orientação:


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 Jornal O Dia  em 11/07/15 :

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Rio melhora acesso ao ensino público, porém, ainda falta educação de qualidade

Conclusão é do Relatório da Unesco, que avaliou desafios da Educação em 200 países em 15 anos

Maria Luisa Barros
Rio - De cada cem crianças do estado do Rio, 99 estão na escola. Já entre os adolescentes fluminenses que abandonaram as salas de aula antes de concluir o Ensino Médio, 495.816 formam a geração nem-nem (nem estudam nem trabalham). O funil da educação pública que deixa milhares pelo caminho não é exclusivo do estado. Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, da Unesco (órgão das Nações Unidas para a educação), mostra que, em uma década e meia, países emergentes como o Brasil conseguiram universalizar o acesso ao ensino público, porém, ainda não garantiram educação de qualidade.




Foto:  Divulgação


A iniciativa avaliou o progresso escolar em 200 países desde 2000, quando foram estabelecidas as metas do milênio durante o Fórum Mundial de Educação em Dakar, Senegal. 
Em muitos pontos da agenda, o estado saiu na frente. Enquanto os países latinos reduziram em 26% o número de analfabetos, o Rio fez muito mais: a queda chegou a 66%. Na comparação com a média global, as escolas fluminenses elevaram de 96,5% (2000) para 99% (2015) o atendimento aos estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Nas demais nações em desenvolvimento, o índice foi menor: aumentou de 71% para 85%.
SEM ATRATIVOS
No caso do Rio, no entanto, faltou tornar este ensino atraente para evitar a evasão em massa. Nesse ponto, o estado está lado a lado com o resto do mundo. Nos países de renda baixa e média, um terço dos adolescentes não termina o Ensino Fundamental. O índice é o mesmo nas escolas públicas do Rio.
Assim como em outras nações emergentes, também faltam professores qualificados na rede pública do Rio. Entre os docentes que lecionam para crianças do 1º ao 5º ano, apenas 54,6% possuíam diploma universitário. Nas creches, a quantidade de mestres graduados é ainda menor: 38,8%. A falta de preparo se reflete no aprendizado. E mais uma vez, o Rio acompanha o resultado dos países pobres em que menos da metade das crianças aprende o que deveria em Matemática.
“O conteúdo parece desconectado. A escola precisa absorver novas tecnologias”, diz a presidente da União Brasileira dos Estudantes (Ubes), Bárbara Melo. De acordo com o relatório, a educação é afetada por atrasos e déficit de professores, greves e conflitos armados. Uma cartilha que, infelizmente, o Rio vem seguindo há bastante tempo.

Fonte: http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-07-11/rio-melhora-acesso-ao-ensino-publico-porem-ainda-falta-educacao-de-qualidade.html



Meu comentário : O acesso ao Ensino Médio regular da rede estadual do RJ é amplo geral e irrestrito, mas carece de qualidade da Aprendizagem dos conhecimentos básicos do ensino fundamental, pois a grande maioria dos alunos que chegam no 1º ano do ensino médio regular nas escolas estaduais do RJ são analfabetos funcionais e não sabem realizar nem mesmo as quatro operações. LAMENTÁVEL!!!


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Maioria dos alunos brasileiros não sabe fazer conta nem entende o que lê

Bruna Souza Cruz e Ana Carla Bermúdez
Do UOL, em São Paulo
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  • Fernando Moraes/Folhapress
Dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) 2015, divulgados nesta terça-feira (6), indicam que o desempenho dos estudantes brasileiros em matemática e ciências piorou em comparação aos dados de 2012. Quando o assunto é a capacidade de leitura, os resultados seguem preocupantes, já que a média não mudou desde então-- quando a pontuação já era considerada ruim.
Em matemática, de acordo com o relatório, 70,3% dos estudantes brasileiros ficaram abaixo do nível 2 de desempenho na avaliação --patamar mínimo estabelecido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) como necessário para que o estudante exerça plenamente sua cidadania. Na prática, os alunos não conseguem responder as questões da disciplina com clareza e não conseguem identificar ou executar procedimentos rotineiros de acordo com instruções diretas em situações claras. 
A média nacional nessa disciplina foi de 377 pontos, muito abaixo da média da OCDE (490). Para dar uma ideia, as regiões que tiveram as maiores médias foram Cingapura (564), Hong Kong --China (548) e Macau-- China (544). Em 2012, a média nacional na mesma disciplina foi de 389. Com isso, o país registrou recuo em seu desempenho.
Segundo a publicação, a habilidade em matemática é definida como a capacidade individual de formular, empregar e interpretar a matemática em uma série de contextos. Isso inclui o raciocínio matemático e o uso de conceitos, procedimentos, dados e ferramentas para descrever, explicar e prever fenômenos. Há seis níveis de proficiência na disciplina.

Metade dos alunos brasileiros continuam com dificuldades de interpretação

Os dados do Pisa 2015 também apontam que 51% dos estudantes não possuem o patamar que a OCDE estabelece como necessário para que se possa exercer plenamente sua cidadania, considerando sua capacidade de leitura. Eles não ultrapassaram o nível 2 dentro da escala de avaliação.
Com isso, é possível afirmar que os jovens brasileiros têm dificuldades em lidar com textos e documentos oficiais, como notas públicas e notícias. Além disso, têm problemas para interpretar informações e integrar contextos.
A pontuação do Brasil foi de 407, enquanto os países da OCDE tiveram uma média de 493. A média brasileira foi a mesma de três anos atrás, na última edição do Pisa.

Metade dos alunos brasileiros continuam com dificuldades de interpretação

Os dados do Pisa 2015 também apontam que 51% dos estudantes não possuem o patamar que a OCDE estabelece como necessário para que se possa exercer plenamente sua cidadania, considerando sua capacidade de leitura. Eles não ultrapassaram o nível 2 dentro da escala de avaliação.
Com isso, é possível afirmar que os jovens brasileiros têm dificuldades em lidar com textos e documentos oficiais, como notas públicas e notícias. Além disso, têm problemas para interpretar informações e integrar contextos.
A pontuação do Brasil foi de 407, enquanto os países da OCDE tiveram uma média de 493. A média brasileira foi a mesma de três anos atrás, na última edição do Pisa.
Na outra ponta, os jovens brasileiros têm mais facilidade em lidar com textos pessoais, como e-mail, mensagens instantâneas, blogs, cartas pessoais e textos informativos. Eles também são bons em localizar e recuperar informação dentro de um texto quando necessário.
Com sua pontuação, o Brasil teve o desempenho inferior ao de regiões como Cingapura –que ficou em 1º lugar, com 535 pontos, Canadá (com 527) e Hong Kong (China, com 527).
O desempenho geral dos estudantes brasileiros em leitura está abaixo da média da OCDE desde o início das avaliações da disciplina, em 2000 --conforme mostra o gráfico acima.

Desempenho em ciências segue estagnado

Em ciências, quando são avaliadas a capacidade de lidar com conceitos, teorias, procedimentos e práticas associadas à investigação científica, o Brasil contabilizou média de 401 pontos, valor também inferior ao dos estudantes dos países membros da OCDE (493). Em relação ao Pisa anterior (2012), a média (402) não mostrou grande diferença. O país seguiu estagnado, já que a variação foi de apenas 1 ponto.
Ao comparar com a série histórica, nota-se que os brasileiros apresentaram um crescimento médio de 390 para 405 pontos entre os anos de 2006 e 2009. Mesmo assim, o desempenho dos alunos também já se mostrava ruim.
Dentro da escala de avaliação do ano passado, 56,6% dos jovens brasileiros tiveram desempenho abaixo do nível 2, ou seja, eles não são capazes, por exemplo, de identificar uma explicação científica, interpretar dados e identificar a questão abordada em um projeto experimental simples de complexidade mediana.

Escolas públicas federais ficam à frente das escolas particulares

Na separação dos resultados do Pisa 2015 por rede de ensino, a rede pública federal obteve o melhor desempenho, ficando alguns pontos à frente da média obtida pelos alunos de escolas particulares.

Na área de ciências, a média alcançada pelos alunos das escolas federais foi de 517 pontos, contra uma média de 487 pontos dos alunos de colégios particulares. Em leitura, os desempenhos médios foram de 528 e 493, respectivamente, para os mesmos casos. Já em matemática, enquanto a média obtida pelos alunos da rede de ensino particular foi de 463 pontos, os alunos da rede federal alcançam, em média, 488 pontos.

O desempenho dos alunos da rede pública federal também superou a média nacional em cada uma das três áreas avaliadas --401 pontos em ciências, 407 pontos em leitura e 377 pontos em matemática.

Escala de proficiência

O estudo de 2015 avaliou 23.141 alunos brasileiros (de 841 escolas), com idades entre 15 anos e 16 anos matriculados a partir do sétimo ano. O desempenho dos estudantes foi analisado com base em sete escalas, que vão de 6, a mais alta, até 1b, a mais baixa.

O que é o Pisa?

O Pisa busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade tanto de países membro da OCDE quanto de países parceiros. Ele é corrigido pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). O método é utilizado também na correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): quanto mais distante o resultado ficar da média estipulada, melhor (ou pior) será a nota.
A avaliação já foi aplicada nos anos de 2000, 2003, 2006, 2009 e 2012. A cada ano é dada uma ênfase para uma disciplina: neste ano, foi a vez de ciências.
Dentre os países membros da OCDE, estão Alemanha, Grécia, Chile, Coreia do Sul, México, Holanda e Polônia, dentre outros. Dentre os países parceiros, estão Argentina, Brasil, China, Peru, Qatar e Sérvia.

Link : https://educacao.uol.com.br/noticias/2016/12/06/maioria-dos-alunos-brasileiros-nao-sabe-fazer-conta-nem-entende-o-que-le.htm



 

Um comentário:

  1. Professores e escolas que não ensinam
    ( Por Wilson de Oliveira em 29/10/2013 )

    Professores e escolas que não ensinam. Aqui no Brasil os alunos não são ensinados, são adestrados! E isto vem se arrastando há décadas, desde que as instituições de ensino passaram a se preocupar em preparar seus alunos apenas para o vestibular e o ENEM e não para vida, como deveria ser.

    Há muito que virou certeza no imaginário do brasileiro que só cursando faculdade é possível ter-se uma melhor qualidade de vida e sucesso profissional. Dessa forma, ingressar numa faculdade, de preferência pública, acabou virando o objetivo de quase todos os alunos que almejam alcançar algo em sua existência.

    Assim, deixou-se de investir na capacidade de raciocinar dos alunos ou desenvolver-lhes suas devidas aptidões, para um verdadeiro fast food educacional, visando meramente resolver questões de provas. O aprender a pensar tornou-se um objetivo menor.

    Acusa-se os governos militares pela destruição do ensino público de qualidade, mas há quase três décadas eles não estão mais no poder e nada melhorou, muito pelo contrário. A mediocridade do ensino, seja público ou privado, aumenta a cada ano, com as bênçãos dos atuais governos civis, em sua essência corruptos, financeira e ideologicamente.

    Sei que muitos professores lutam para que isto mude, mas o sistema que lhes é imposto não permite. Dessa forma, eles “ensinam” sabendo que não estão ensinando, e os alunos “aprendem” acreditando que estão aprendendo. O que nós temos são salas de aula vazias de ensino e aprendizagem de qualidade. É um processo nefasto, que impede que nossos jovens tenham uma plena percepção do mundo e não os deixe preparados para a vida futura. Estamos formando pessoas vazias de saberes, que sabem apenas o essencial para cumprirem medíocres atividades laborais, sem ter a ciência do porquê de suas atividades. É como jogar uma bolinha para um cão pegar: ele pega e traz para dono, mas não sai disso. Repete a mesma atividade, que se torna mecânica, mas que não o faz deixar de ser o que é.

    Lamento muito que muitos professores estejam acomodados neste formato que aí está. Não é raro aquele professor que, antecedendo uma prova, ministra aos alunos um questionário de vinte perguntas, das quais cinco ou dez cairão na prova.

    Logicamente que nem toda instituição de ensino no Brasil é assim. Em algumas raríssimas exceções, os professores podem de fato ensinar e os alunos aprender, verdadeiramente, a pensar. Quando será que no Brasil teremos estas ótimas escolas para todos os nossos alunos? Quando?

    *Wilson de Oliveira é mineiro de Cataguases e divide sua vida entre Minas Gerais e Rio de Janeiro.

    http://www.debatesculturais.com.br/professores-e-escolas-que-nao-ensinam/

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