quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Sobre lançamento de Notas no DESconexão na rede estadual de Educação.

Em 25/09/2014 postei:

EU NÃO LANÇO NOTAS NO CONEXÃO, pois isso já foi deliberado e aprovado em assembleia. Atenção Rede Estadual :

Nota sobre a orientação de não lançamento de notas no Conexão Educação.:
O SEPE mantém a orientação de não lançar a nota no Conexão Educação :

"As Coordenadorias Metropolitanas continuam pressionando os professores a lançarem notas pelo Conexão Educação, embora a SEEDUC negue que esteja incentivando ou tenha dado ordens diretas para que tais medidas fossem levadas a cabo pelas direções das Metros".

O Sepe reafirma à categoria que a orientação é a de que o professor não lance a nota no programa, pois digitar as notas no Conexão NÃO É FUNÇÃO DO PROFESSOR!
Dessa forma, não podemos aceitar esta dupla função, a de professor e de secretaria que deveria ser o responsável pelo lançamento das notas no Conexão.
Recentemente, como prova desse verdadeiro assédio, a Metro VII convocou professores de São João de Meriti, determinando que eles justificasem “o não cumprimento das resoluções e portarias da Seeduc” a respeito do lançamento das notas no programa. Nesta convocação, o coordenador da Metro VII informa o conteúdo das resoluções e comunica também que, caso os professores não cumpram as resoluções – ou seja, não apliquem o Conexão -, “será devidamente registrado e informado à Secretaria, caso a justificativa não seja considerada plausível e justificável, ficando os servidores cientes das sanções que possam vir a sofrer”. A conclusão do documento da Metro VII, como podemos ler, por si só é merecedora da mais alta rejeição por parte do Sepe e da categoria – trata-se de uma ameaça aos professores convocados, o que demonstra um total descumprimento do estatuto do servidor por parte da chefia; de maneira alguma um chefe pode utilizar seu cargo para fazer ameaças aos servidores.
É uma prática arbitrária e truculenta, que não pode ocorrer no serviço público e muito menos na Educação.

Lembrando o que a Metro aparentemente, não sabe: o lançamento das notas no Conexão não é obrigatório por parte dos professores, isso foi dito inclusive pelo próprio secretário Risolia, em várias reuniões com a diretoria do sindicato.

Sepe entrou na Justiça contra o Conexão.

O Sepe entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Rio contra a implementação do programa (Processo nº 0266856-08.2010.8.19.0001).

> A ação tem dois argumentos principais:

1º) A dupla função que o Conexão obriga o profissional a fazer, causando diversos problemas inclusive de saúde aos profissionais, com a enorme sobrecarga de trabalho;

2º) A falta de condições de trabalho nas escolas (internet lenta ou inexistente; turmas superlotadas, falta de computadores ou computadores obsoletos nas unidades etc);

> Além disso podemos afirmar que um professor tem ao menos cinco motivos para não lançar as notas:

1º) Não concorda com o programa;

2º) Não concorda em assinar o termo de responsabilidade do Conexão – afinal, como assinar um termo em que os lançamentos não são de total responsabilidade do professor? Isso porque o programa está aberto a outras pessoas na escola;

3º) O professor que entrou depois de 2007 ainda não recebeu o laptop do estado; já aquele que recebeu antes dessa data tem um computador obsoleto, que não suporta o programa;

4º) A instabilidade técnica do programa;

5º) A enorme sobrecarga que o programa causa aos professores. Por exemplo: um professor Doc.I de Sociologia de 40 horas, com 30 turmas e que só tem um tempo de aula, assim como o de Filosofia, terão que lançar a nota de cerca de 1200 alunos por bimestre. Isso sem contar com a aplicação e correção de três instrumentos (exercícios e provas) no bimestre. Ou seja, para dar conta, o professor tem que trabalhar em casa para lançar essas notas, que já estão no diário de classe.

Em cima dessa discussão proposta pelo Sepe na ação judicial, no dia 14/12, o juiz da 7ª Vara de Fazenda Pública, onde corre o processo, Eduardo Antonio Klausner, concedeu o seguinte despacho, indagando à Seeduc:

“Comprove a parte ré (Secretaria) ter capacitado os professores e fornecido o material necessário, se for o caso, para o cumprimento do ato administrativo objeto da presente demanda. Caso não seja necessário material especial, ou o mesmo já esteja disponível em unidade na qual o docente é lotado, também esclareça e prove a parte ré.”

Este despacho demonstra que estamos no bom caminho, dentro do Judiciário, para conseguirmos barrar mais este ataque do governo. O despacho também mostra a necessidade da categoria enviar ao Sepe o máximo de exemplos dos problemas que vem tendo com o Conexão – para isso pedimos aos profissionais que enviem e-mails, narrando estes problemas, com a devida identificação (nome completo, local de trabalho, matrícula) e detalhamento do que ocorreu. Por exemplo: a instabilidade do sistema, a superlotação das salas ou a falta de uma rede de internet decente na escola.

Cabe à categoria resistir. Não se trata, como o governo volta e meia afirma, de os profissionais serem contra todos os projetos do executivo. Na verdade, lutamos contra um projeto maior da Seeduc, em que o Conexão é apenas mais uma engrenagem; um projeto maior que visa atacar a escola publica, em apoio direto ao ensino privado; um projeto que tem como uma das bases a política meritocrática, que o Conexão se insere especialmente. Contra esse projeto maior os profissionais vão se bater, seja com ações no Judiciário, como estamos fazendo, seja principalmente na mobilização da comunidade escolar.
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Postei em 18/05/15 no facebook :
Sobre o Conexão.

Em audiência com diretores do SEPE, realizada em 12/05/15, na SEEDUC, a subsecretária de Ensino, Patrícia Tinoco, afirmou que 92% dos professores da rede lançam as notas no Conexão e que, embora não haja uma obrigatoriedade neste preenchimento, o professor que se recusa a fazê-lo pode não receber a premiação com a qual sua escola venha a ser contemplada. De qualquer forma, as direções de escola devem respeitar o posicionamento dos professores que se negam a lançar as notas no Conexão.

Perguntada sobre o cumprimento da lei que garante 1/3 da carga horária do professor para planejamento, ela disse que só o próprio governador pode responder sobre esse assunto.

O SEPE questionou a grade curricular de Filosofia e Sociologia, de apenas uma aula semanal, pois a categoria reivindica que nenhuma disciplina tenha menos de 2 tempos semanais. A subsecretária relatou que 39 unidades do Ensino Médio Inovador, mais 67 unidades convencionais já têm a carga horária dessas disciplinas ampliadas e a SEEDUC aguarda a definição da linha política do MEC para que essa ampliação atinja toda a rede.

Sobre a obrigatoriedade do comparecimento no sábado letivo, Patrícia Tinoco salientou que a SEEDUC não adota práticas punitivas (?) e espera que as direções exerçam uma política de convencimento e não de ameaças. A subsecretária se comprometeu a enviar uma circular, orientando as direções a abonarem eventuais faltas, no sábado letivo.

Da mesma forma, sobre o terceiro dia para planejamento, Patrícia Tinoco também enviará circular às direções para que organizem, da melhor forma possível, esse momento de planejamento, contando com a articulação dos coordenadores pedagógicos. Segundo a subsecretária, a ideia não é punir professor. Cabe à direção e aos coordenadores pedagógicos acomodarem possíveis dificuldades dos profissionais, de acordo com a realidade da escola.

Só para lembrar: Pezão/Cabral: cadê o meu FUNDEB?

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Em 19/12/ 2018 postei :  ABSURDO da Seeduc.
O lançamento de dados no conexão da educação estadual do RJ está sendo usado INDEVIDAMENTE pela Metro IV ( provavelmente nas outras também) como critério de Desempate na alocação do docente no quadro de horários, conforme consta na Resolução Seeduc nº 5.531 de 20/07/17 em seu Art.10, Paragrafo 9, item 'd'. O fato é que a própria Seeduc anteriormente por várias vezes disse que o docente não seria punido, e isso é uma punição e o Sepe e a categoria não se posicionaram contra isso constar na resolução, mas NUNCA é tarde, que a direção do Sepe se posicione imediatamente sobre isso, já que com a mudança da grade para 2018, muitos serão prejudicados com isso. Outro fato é que devido a mudança da grade curricular muitos docentes de 16h não conseguem completar os 12 tempos, ficando o restante por orientação das metropolitanas em stand by, e isso ( essa orientação) não consta na tal Resolução.
Prof. Omar Costa.

§ 9º - Para atendimento ao disposto neste artigo serão utilizados como critérios de desempate as seguintes situações:
a) total de faltas não abonadas no ano letivo anterior;
b) total de códigos de impontualidade no ano letivo anterior;
c) total de afastamentos temporários no ano letivo anterior;
d) lançamento de notas no Sistema Conexão Educação dentro do prazo estipulado.







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7 comentários:

  1. CONEXÃO X Diário de papel.

    "Penso o seguinte: Nós temos que fazer o diário, certo?
    Se ele vai ser digital ou em papel, não importa. Não dá é para fazer os dois. Se temos a evolução tecnológica, teoricamente deveria ser para simplificar, agilizar, facilitar e não para complicar, atrasar, dificultar. Concorda?
    Se a proposta da SEEDUC é de que seja digital, o programa tem que funcionar direito!!
    Particularmente sou a favor de inovações, desde que que funcionem. Se for para atrapalhar... Lembrei-me do filme Tempos Modernos (Chaplin) quando tentam empurrar uma máquina que alimentava o trabalhador para que não parasse de produzir? (rsrs)... Nem sempre a tecnologia funciona como os patrões gostariam."

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    1. Parece que o caso foi mal resolvido. O que aconteceu foi que anteriormente, pensava-se em fazer a chamada na sala de aula e de forma informatizada, com a intenção de que fosse eliminado o diário. Essa nova forma "inovadora" de realizar tal ação foi orientada pela antiga secretária, Tereza Porto, onde cada professor, teria, inclusive, um computador em cada sala. É claro que quem lida com área burocrática não entende nada de área pedagógica e é por isso que nosso ensino vive dando cabeçadas. Conclusão: os computadores foram furtados, secretário mudado e a única coisa que ficou de tudo isso foi um trabalho a mais de inserir as notas no conexão sem conseguir excluir o diário. Resultado disso tudo: o governador anterior, Sérgio Cabral deu golpe de mestre reduzindo os custos da sua folha de pagamento inserindo o trabalho que outrora havia pessoas para fazê-lo. No final disso tudo, além do diário, nos cobram inserção de notas no sistema. Sempre soube que esse tipo de trabaho cabe à secretaria e não a nós, professores.

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  2. Em 24/04/15 às 18:57 postei no facebook :
    SEM Mini MODEM, Boicote ao Lançamento no desCONEXÃO.

    Comentando a resposta dada ( postada no tópico : sobre a funcionalidade do Mini MODEM 3G da Seeduc ): Na grande maioria das escolas da rede esses projetos tecnológicos de fato não existem na prática. No Ciep 244 Oswaldo Aranha ( Metro IV) na sala dos professores há um (1) computador inoperante a muito tempo, na direção existem dois que nem sempre estão disponíveis, devido a burocracia da Seeduc/Metro sobre a direção. Acredito que nas outras escolas não seja diferente.

    Portanto a justificativa apresentada pela Central de Relacionamento da Seeduc NÃO PROCEDE. Que banda larga oferecida, se na grande maioria das escolas o wi fi não é liberado. O fato é que o mini modem facilitava o acesso a internet para grande maioria dos docentes que não dispõem em casa de uma banda larga. VERGONHOSO esse fato no país intitulado Pátria Educadora. Pelo exposto sugiro aos colegas que até então lançavam no conexão, que o boicotem agora no próximo lançamento cujo prazo expira em 07/05/15.

    Mostrem sua indignação com mais esse descaso com a categoria e com a educação. REAJAM !!!

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  3. Omar e todos:
    O SEPE PRECISA ARGUMENTAR QUE É ILEGAL. O lançamento de notas no Conexão é serviço de secretaria! Não faz parte das atribuições do docente na Lei Federal, a LDB, QUE REGE DECRETOS E RESOLUÇÕES, que estão ILEGAIS, portanto. O Art. 13 da LDB MOSTRA que o assunto em questão não é função docente. Esse argumento é superior aos demais e não entendo porque não foi ainda usado. Suponho que a justiça precise ser informada, e parece que ainda não foi.
    Peço a todos que leiam o artigo mencionado.
    Eu já fiz a reclamação em protocolo no MPE, também reclamei da ilegalidade das movimentações, e do meu caso também. Reclamei do contexto político de perseguição. CASO A JUSTIÇA DO ESTADO FAÇA VISTA GROSSA DAS ILEGALIDADES, O SUPREMO NÃO PODERÁ FAZER.

    - Luciana Pereira de Andrade -
    21-980992069 Nextel, 21-976132134 Claro.

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  4. Em audiência com diretores do SEPE, realizada em 12/05/15, na SEEDUC, a subsecretária de Ensino, Patrícia Tinoco, afirmou que 92% dos professores da rede lançam as notas no Conexão e que, embora não haja uma obrigatoriedade neste preenchimento, o professor que se recusa a fazê-lo pode não receber a premiação com a qual sua escola venha a ser contemplada. De qualquer forma, as direções de escola devem respeitar o posicionamento dos professores que se negam a lançar as notas no Conexão.
    Perguntada sobre o cumprimento da lei que garante 1/3 da carga horária do professor para planejamento, ela disse que só o próprio governador pode responder sobre esse assunto.
    O SEPE questionou a grade curricular de Filosofia e Sociologia, de apenas uma aula semanal, pois a categoria reivindica que nenhuma disciplina tenha menos de 2 tempos semanais. A subsecretária relatou que 39 unidades do Ensino Médio Inovador, mais 67 unidades convencionais já têm a carga horária dessas disciplinas ampliadas e a SEEDUC aguarda a definição da linha política do MEC para que essa ampliação atinja toda a rede.
    Sobre a obrigatoriedade do comparecimento no sábado letivo, Patrícia Tinoco salientou que a SEEDUC não adota práticas punitivas (?) e espera que as direções exerçam uma política de convencimento e não de ameaças. A subsecretária se comprometeu a enviar uma circular, orientando as direções a abonarem eventuais faltas, no sábado letivo.
    Da mesma forma, sobre o terceiro dia para planejamento, Patrícia Tinoco também enviará circular às direções para que organizem, da melhor forma possível, esse momento de planejamento, contando com a articulação dos coordenadores pedagógicos. Segundo a subsecretária, a ideia não é punir professor. Cabe à direção e aos coordenadores pedagógicos acomodarem possíveis dificuldades dos profissionais, de acordo com a realidade da escola.

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  5. Nada contra um sistema realmente operacional, mas o conexão pelo que ouço dos colegas que o utilizam, é uma tristeza, e outra coisa a Seeduc faz inspeções são nos diários, portanto aí é que devemos nos focar, além do que o conexão é um sistema em que não somente o docente mexe, ou seja, permite alterações de terceiros. Logo não é confiável.

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  6. Concordo se temos a inovação poderiamos ser abolidos do diário tradicional

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