terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pezão Esquece Mais Uma Vez da Educação.

Nas entrevistas pós eleito, mas uma vez a educação é esquecida após a eleição, embora a mesma tenha sido citada incansavelmente por todos os candidatos. Me refiro a uma Educação de qualidade e valorizada, com profissionais bem pagos, com dedicação exclusiva a determinada escola, ao contrário de hoje onde são mal pagos ¹ e obrigados a se deslocarem em mais de uma escola, raramente próximas para cumprirem a sua carga horária.

Enquanto os docentes se preocupam com o binômio ensino/aprendizagem, o governo do estado do RJ não se importa com isso, e sim com índices que são mascarados, objetivando melhorar o IDEB ², e impondo aos docentes e alunos da rede estadual o currículo mínimo. Uma educação séria exige currículo máximo, e pelo menos dois (2) tempos semanais de Filosofia e Sociologia, ao contrário de hoje que é um (1) tempo semanal, pelo menos quatro tempos semanais de Física como era a alguns anos atrás e como é nos bons colégios da rede privada, ao contrário da rede estadual do RJ que são dois tempos semanais, isso quando tem professor.

Evidentemente que a Saúde e a Segurança são importantes, mas a Educação também, o é, pois é a base de tudo, e como Pitágoras disse "Eduquem-se as crianças e não será necessário punir os adultos".

Repense governador, afinal o governo Cabral/Pezão se caracterizou por não negociar seriamente com a categoria, impondo-nos goela abaixo seus objetivos, descartando as nossas pautas de reivindicações, agindo de forma ditatorial. Não cumpre as Leis da Data Base, a de 1/3 da carga horária para as atividades extra classes, não respeitando os servidores que em Greve exigiam  negociação séria de nossa pauta de reivindicações. Pelo contrário os puniu com perda de suas origens (escolas) e antiguidade nas escolas.

¹ O piso salarial de um docente do ensino médio da rede estadual é de meros R$1.197,00 ( valor bruto) , e dois auxílios (variáveis) vergonhosos, o auxílio transporte que varia aproximadamente de R$60,00 a R$100,00 e o auxílio alimentação de R$160,00. Cabe lembrar que devido a essa falta de atratividade para a docência estadual, a mesma se tornou um emprego temporário, até que passe em outro concurso e/ou consiga um emprego com salário decente e benefícios atrativos, que infelizmente não acontece na secretaria estadual de educação do RJ. Para comprovar essa triste realidade, aproximadamente mil (1000 ) docentes nos meses de agosto e setembro/2014 deixaram as salas de aula da rede estadual do RJ, seja por pedidos de exonerações, por aposentadoria ou abandono.

² http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2014/09/sobre-o-ideb-da-rede-estadual-do-rj.html

Educação Pública no RJ: Sobre o IDEB da rede estadual do RJ.

Um retrato desse diagnóstico é o fato de que o Sepe entregou a nossa pauta de reivindicações ao então candidato Crivella em 18/10/14, já o DESgovernador até hoje não agendou um encontro para receber a mesma. A meu ver esse encontro não ocorrerá, pois ficou claro em suas entrevistas pós eleição que suas prioridades são segurança e saúde. No dia 27/10/14 ainda pela manhã questionado amigavelmente pelo Antônio Carlos na rádio globo, sobre os salários dos professores, respondeu que já ganhamos o 2º melhor salário do país e que tivemos reajuste superior a inflação. Pergunto: E as nossas perdas acumuladas?

Por isso ressalto mais uma vez: '' PRECISAMOS MAIS DO QUE NUNCA DE UM SINDICATO FORTE COM A CATEGORIA PRESENTE".

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